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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Hoje eu sou alvo



Eu sou a cria da soberania - nada pode me derrubar;
Não sou Deus - mas controlo a vida com a granada que eu vou atirar.

Eu sou um calo no sapato dos que me criaram;
Eu sou a ponta da agulha dos viciados;
Eu fui treinado, eu fui treinado! Hoje eu sou alvo!

Eu sou o efeito estufa, eu sou a culpa sem culpa;
Eu sou o efeito estufa, eu sou a culpa sem culpa
Quem é culpado, quem é culpado?!
Quem é culpado e foi condenado!

Marcos Henrique

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O tempo da sentença




O tempo passa você me faz rir;
A vida passa, mas logo foge de mim;
Eu fui sentenciado estou livre seus otários...

Não vejo nada;
Não sinto nada;
Não ouço nada!

O tempo passa você me faz rir;
A vida passa, mass logo foge de mim;
Eu fui sentenciado estou livre seus otários...

Marcos Henrique

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Suplicio!



Mande-me para o inferno de cabeça para baixo não mereço o teu respeito não mereço teu abraço.
Aqui é meu inferno no céu não há vagas, ao menos para mim no céu não há mais vagas.

Que batalha é essa?
O que é que eu sinto?
Porque me toco e não me sinto?

Sou consciente do meu destino só não sei quando ele vem, se vir para se despedir que venha, pois vou saber que estou vivo, se vir para se despedir que venha, pois vou saber que existo.

Marcos Henrique

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Trecho de meu livro Eu, meu corpo e minha poesia.

Jaboatão, ano de meus temores, mês do esquecimento.


Quase todos meus sonhos morreram, os que sobraram estão em coma profundo. Respirar me machuca tanto, me estica, me rasga de canto a canto e eu continuo sendo um simples suburbano que se intoxica fácil.

Joguei fora minha caixa de lembranças alegres pensando que o demônio fosse me ajudar, ele só piorou as coisas...

A mulher que me ama, a enxergo como uma irmã mais nova. Vejo-me como um velho decrépito que o que muda em sua rotina são os dias em que não consegue cagar.

Para que um cérebro?

Para que viver?

Como amar?

Quase todos meus sonhos morreram e esse último que tenho, quer suicidar.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Hora certa para chorar.



Não adianta mais mentir, a vida chegou ao fim, como eu queria sentir o que foi deixado para trás. É, eu sei, o sol brilhara amanhã.

Lágrimas me partem o coração, como queria sentir, sentir seu gosto...

A trilha não existe mais, estou perdido, por favor, venham no vazio e me salvem, aqui é infinito e o vento não sopra, vejo anjos caindo, vejo seus rostos tristes e me pergunto – Deus o que fizestes!? Não entendo tantas línguas, não sei o que é misericórdia e todos essas coisas que o senhor vê de seu trono lhe entristece?

Coragem, força, não podem ser tocados e às vezes nem sentidas.

Como gostaria de saber uma nova reza que me completasse, me reconforte-se.

Vejo um corredor com rostos conhecidos, meu ateísmo retorna e meu espírito chora, soluça, implora, não ouço nada, nem um respirar, uma só palavra de conforto.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Eu, meu corpo e miha poesia



Ano da graça de todos os santos.


Eu, não eu...

O bem que tu me destes era roubado, teve que ser devolvido; fui julgado por um júri corrupto em que todos me odiavam. Culpado!

Eu, não eu...

Das verdades, que verdades? De minha vida, o que é vida se, se passa atrás das grades, que verdade? Eu não sou verdade...

Eu, não eu...

Paladar perdido; meias palavras repartidas com o pão, mas que trigo? Mas que mãos? Eu ou meu egoísmo? Vida sem; razão?

Eu, não eu...

Eu não...
Eu...

E tudo fica como sempre esteve, inerte no ventre de homens estéreis que morrem ao dar a luz, que luz? Confuso, é confuso; poesia solitária e eu...

Não?

Eu!

Eu?

?

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Te sinto menos

Sofro com você cada vez mais que te sinto menos, meu coração fica cada dia menor, difícil de sentir.

Viver pode ser difícil, mas o mais difícil é sobreviver com alicerces ruindo.

Que saudade do belo, saudade do terno me toma o peito, me estripa, me arruína a vida;

Maldito ateísmo!

Maldita descrença que vem surgindo!

Maldito sou eu, bendito és tu que houve minhas blasfêmias.

As orações já acabaram, não sei o que fazer. As forças acabaram, mas eu não posso ver tua mão amiga - não sinto mais me acolher -.

Sou maldito ou digno de misericórdia?

Sou motivo de vergonha, tristeza, derrota, mas te amo mesmo quando te viro as costas, mesmo quando não sou mais menino, mesmo quando meu ateísmo me toca, mesmo quando estou cego nesse labirinto. Eu, um proscrito.


Marcos Henrique

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Desordem




Desordem


Agonia dor no peito;
Pleonasmo, gotas de sol caem em meu peito;
Risos de bebês animam meu inconformismo passageiro;
Egoístas, doces, lábios cortados, tesão, falta de desejo
.

Os cordões umbilicais servem para que? Para mim fogo, forca, desordem, desapreço.

Minha cultura é inculta, ou pura de mais para vaguear por entre pernas de loucas vadias e travestis que sonham em ter um útero para gerar mais que desejo?

Desordem me afora, me deixa louco, às vezes me acalma e posso voltar a respirar esse gás que inflama todo meu peito.

Te desejo mais, te vejo menos.

Gatos negros não temem a noite, nem a fome qu
e a noite nos provoca - insanos desejos -.

Escrever é uma arte que esqueço quando me toco e sinto que estou só, nesse grande enigma que é ser, que é o fazer.


Drenos e bonecos secos. Sei que já me peguei dessecando bonecos sem sentimento, mas o que fica? O que fica são abstrações, loucura ou sentimentos por coisas fúteis? Não sei, não sou Deus, nem deus, nem ateu,
nem judeu, nem sei se sou eu, quando sou eu.

Desordem, córtex cerebral, intuito, coração, suor, medo, medo, desejo, círculos, desordem acaricia meus seios.

Marcos Henrique.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Insegurança


Entre Deus e o diabo existem anjos e bastardos;
Entre Deus e o diabo existem anjos e bastardos que riem de nossa insegurança.

Os pensamentos se separam (a tristeza é tão frágil);
Fingimos ser tão fortes, até na hora da morte.

Entre Deus e o diabo existem anjos e bastardos;
Entre Deus e o diabo existem anjos e bastardos que riem de nossa insegurança.

Como a dúvida e a fé às vezes são tão questionáveis, o abismo me chama pra voar, é só pular que tudo fica fácil, é só pular quando você se sentir frágil.

Entre Deus e o diabo existem anjos e bastardos;
Entre Deus e o diabo existem anjos e bastardos que riem de nossa insegurança.

Não vou voar minhas asas atrofiaram, não vou esperar que a dor finja cessar. Vou me enganar com o abismo que finge me ajudar.

Marcos Henrique

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ninguém




Ninguém me diz como eu me sinto;
Ninguém me olha aqui dentro do espírito, tantos anos se passaram, meu tempo se esgotou, nada de extraordinário me acontece, por favor!

Qual a forma dos teus olhos?
Qual a face do terror?
Qual a face dos garotos?
Qual a face do pavor?

Garotos jogam cartas, em jogo suas vidas, suas dores, seus amores, seu pavor.


Ninguém me diz como eu me sinto;
Ninguém me olha aqui dentro do espírito,

Não há rosto o terror, só um rosto, só o gosto, não há gosto, qual a face do terror?

Marcos Henrique

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sábado



Minha liberdade foi tirada, a fundação contaminada, meu tempo se esgotou...

Que se foda meu domingo amanhã não vivo mais, que se foda meu domingo amanhã não minto mais!

E todos esse livro que eu nunca li, toda bobagem que é dita para mim, mas não ligo.

Que se foda meu domingo amanhã não vivo mais, que se foda meu domingo amanhã não minto mais!

Não me importo eu tenho amigos, não temo os inimigos e o pecado não me incomoda mais, minha cabeça está partida, meu juízo destruído, mais eu não ligo.

Marcos Henrique

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Minhas tripas por dentro



Viver com fome sentir dentro de mim é como um filho morto que nunca vai sair.

É difícil rir, é difícil rir, é tão fácil fingir, é tão fácil mentir.

A comida esfria na mesa, não tem ninguém para me servir, estão todos mortos de fome é tão fácil de sentir, é tão fácil de sentir ódio de quem está contra mim.

É difícil rir quando o motivo nos motiva, nos motiva a mentir;
É difícil rir quando o motivo nos motiva, nos motiva a fingir.

Marcos Henrique

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carnaval




Carnaval chegou e o juízo se perde por descer e subir de ladeiras infestadas de gente;
Carnaval chegou e o espírito de folião renasce num surto pulando de uma perna só;
Carnaval chegou e quando se for vai deixar cheiro de urina, mães solteiras e saudade das bocas que beijei nas ladeiras de Olinda.

Marcos Henrique.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Nunca vão saber que estive vivo



Enquanto todos dormem, eu luto pra ficar vivo;
Enquanto todos sofrem, eu luto pra ficar vivo.

Respiro fundo, mas não sinto, eu fecho os olhos e vomito, eu sou tão sujo e me enxergam limpo, se eu morrer agora nunca vão saber que estive vivo.

Enquanto todos dormem, eu luto pra ficar vivo;
Enquanto todos sofrem, eu luto pra ficar vivo.

Eu fecho os olhos e vomito, procuro um abrigo que sustente meu corpo ferido.

Marcos Henrique

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

É tão fácil ser triste


É difícil se viver quando não há vida para se sentir dentro de você, como é maldita a alegria que a tristeza sente. A tristeza me machuca o rosto e não me enxuga as magoas.

É fácil pensar na morte quando a vida é amena, não sou covarde, não fujo, não durmo, só finjo ter sonhos, só finjo cochilos.

A peso nos meus bolsos, mas eles estão vazios, meu fardo é um saco pesado, entretanto, me sinto vazio, estou tão cheio de toda sujeira em meu corpo, estou cheio da água podre que bebo, minha sede por justiça é tão injusta.

Meu fardo está vazio e eu me sinto tão pesado, estou limpo agora, mas a água me molha o corpo e meu rosto chora.


Marcos Henrique.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Menadel o Proscrito de Deus

Essa é a primeira estória de Menadel o Proscrito de Deus, que foi banido dos céus por não cumprir uma ordem direta de Deus: Matar seu irmão Lúcifer.
Nessa primeira estória vocês vão desvendar as origens de Menadel e saber como ele veio parar na terra, além disso, irão conhecer uma menininha que Menadel terá que salvar das forças do mal, pois a mesma tem o poder de abrir as portas do inferno e libertar todos os demônios na terra, Menadel irá conseguir salva-lá? Descubra isso e muito mais em “Proscrito”.
Aqui estão as primeiras partes da saga de nosso herói, em breve nas bancas vocês saberão toda a verdade que Menadel o Proscrito de Deus nos revelará.
M. Martins.
Autor: M. Martins
Desenhos: Fabiano Tavares

Conheça mais sobre Proscrito no blog: http://menadelproscrito.blogspot.com/

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Muro

Tive medo que meu ateísmo se desenvolvesse, tive medo da descrença de não poder me apegar em nada, coisa essa que não sinto.

Serei repreendido por tais palavras, os intelectuais nunca são, mas eu nada sou, embora o nada seja vasto, sou mínimo, sou curto. E esse meu peito duvidoso! Qual o caminho certo?

Qual porta me levara para o céu?

Qual afagara no inferno?

Eu sinto, mais às vezes passa desapercebido, se não existe culpa, o que somos?
Ira, calmaria, ímpio, gentil, estórias, contos, fé, sobras, tudo se mistura, quem administra o abstrato?

Quem tanto pergunta tem culpa tem culpa?

Quem pouco responde tem culpa?

E essa busca!

Será tolice?

Será carência?

Culpa?

Se meu ateísmo se desenvolver, piedade e clemência eu imploro, um julgamento justo e paz para uma mente atormentada, que sofre por achar que tua voz, tua fala; fica cada vez mais longe, cada vez mais fraca.

Marcos Henrique.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Para papai, mamãe e meu amigo imaginário Emanuel.


Clamor é uma palavra pura, sujeira; sou eu essa criatura impura, amor; não tenho, não trago mais comigo, dor, corpo esquecido.

Os proscritos choram, chamam, imploram, palavras são mais fortes que lanças, um coração enrijecido é mais triste que lágrimas, uma face cansada, um olhar sem pálpebras (chame do que quiser a esperança), nada além do nada no horizonte.

Só me restou forças na mão que impunha a caneta, ela é minha ligação com Deus e com o diabo, com o ódio e corações arruinados. Se estou triste me perguntam, eu digo, indago, sou triste! Sou fruto da árvore do pecado, meus pais me abandonaram, mas me deixaram um crucifixo e uma reza, para quando tudo mais for falho.

Marcos Henrique.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Meu...



Meu poetar é triste;


Meu poetar é fraco;

Meu sorriso falho, com esses dentes que precisam de um canal para
poder chegar até o fim do céu de tua boa;

Alito, sabor, ócio...

...eu sou apenas uma sombra, um vulto nesse eclipse que teima em não findar;

Marcos Henrique.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Estou no site do Pernambuco Nação Cultural



Estou expandindo meus horizontes, me cadastrei no site muito bom aqui de Pernambuco que se chama Pernambuco Nação Cultural, onde é divulgado: bandas, músicos, poetas, escritores artistas no geral, essa é minha página: http://www.nacaocultural.pe.gov.br/marcosescritor quem quiser e puder dar uma visitada. Lá além de alguns poemas e meus textos, também estão algumas músicas da época em que tinha uma banda se você quiser ouvir minha voz aveludada, dá uma passada lá.

Abraços virtuais a todos.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Mudança

Estava tão seguro de si, não me importava, me sentia guardado, um tesouro que nunca seria tocado ou violado, lá era escuro, mas para mim era um mundo claro, não sentia dor, medo ou dúvida, como era fácil, mas também era só, não sei por que lá era só e me sentia confortável.

Num belo dia calmo veio a tormenta, vi a luz que outrora me diziam ser a porta para o paraíso, mas eu já estava no paraíso, para aonde mais iria?

Um vento frio me cortou de lado a lado e mãos que na minha inocência achava ser de um anjo não de um carrasco que me batera com tamanha força que me fez chora compulsivamente, queria voltar, queria retornar ao meu mundo, meu mundo calmo e aconchegante, chorei o mais alto que pude tudo em vão; mas ao sentir aquele corpo junto ao meu, tive a sensação que voltara para meu mundo, então; pela primeira vez senti o gosto da vida por meus lábios e por minha garganta descer, para mim era tudo e eu nada sabia que minha vida acabara quando eu nascera.

Marcos Henrique.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O x da questão



O x da questão


Você é linda como um raiar do dia. A chuva cai e não molha seu rosto, você fala de mais e o quer falar não vai me magoar, fale o que quiser você é a dona da vez, tudo está onde deveria estar, roupas sujas, sala de jantar...

Pássaros voam em vôos rasantes, suicidas
Pássaros voam em vôos rasantes, eternos suicidas

O pecado anda com você e todos os dias você sorrir, não se importa em terminar o que não começou, tudo bem você é a dona da vez, o jogo da via, nada termina em quanto for dia. Seu suor me sufoca as narinas e eu morro todo dia um pouco menos.

Pássaros voam em vôos rasantes, suicidas
Pássaros voam em vôos rasantes, eternos suicidas.



Marcos Henrique.