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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Para papai, mamãe e meu amigo imaginário Emanuel.


Clamor é uma palavra pura, sujeira; sou eu essa criatura impura, amor; não tenho, não trago mais comigo, dor, corpo esquecido.

Os proscritos choram, chamam, imploram, palavras são mais fortes que lanças, um coração enrijecido é mais triste que lágrimas, uma face cansada, um olhar sem pálpebras (chame do que quiser a esperança), nada além do nada no horizonte.

Só me restou forças na mão que impunha a caneta, ela é minha ligação com Deus e com o diabo, com o ódio e corações arruinados. Se estou triste me perguntam, eu digo, indago, sou triste! Sou fruto da árvore do pecado, meus pais me abandonaram, mas me deixaram um crucifixo e uma reza, para quando tudo mais for falho.

Marcos Henrique.

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