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terça-feira, 29 de junho de 2010

Três linhas


Três linhas
(Marcos Henrique)


Três linhas;
Espaço em branco.

Sono
Sonho
Insônia
Dor
Horror
Gestos
Feto
Afeto
Teto coberto por fogo

Esgoto a céu fechado, sem trancas ou chaves, porta ou teto.

Céu, meu céu amarelo, com nuvens vermelhas e virgem de saias sem roupa intima por baixo.

Três linhas não deram, não eram três espaços em branco.
Meu sono, sem sonhos.
Não durmo nunca, mas insônia; me guia para ser imortal.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Conto com sua solidariedade



Conto com sua solidariedade, doem alimentos não perecíveis, "água potável", roupas, colchões e cobertores para os desabrigados das enchentes em Pernambuco.

As doações poderão ser feitas no quartel da Policia Militar, quartel de Bombeiros.


Vejam os locais de arrecadação de donativos para as vítimas das chuvas Click Aqui!

domingo, 27 de junho de 2010

Poema 08


Poema 08
(Marcos Henrique)


Quem gosta da realidade?
Me sinto mal, não quero me calar;
Talvez já tenha escrito meu atestado de óbito, e assinado com meu polegar mancado de sangue viral.

De pus vive o homem que come o homem.

O dono das almas jogou todas fora, pois, não lhe serviam mais, por não serem discretas, por não terem mais paz, por gostaram da morte, por estarem já mortas a tempo de mais.

Crucifiquem-se ou fujam da cruz. Nem tudo reluz é luz de verdade.

Mentiras, maldades, refletem tão bem.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Poema 11


Poema 11
(Marcos Henrique)


Escrever às vezes dói;
Depressão às vezes mói a nossa alma;
Melancólico heroísmo; é bem sórdido meu egoísmo.

Eu quero bem, viver, viver;
Não sei, morrer, morrer, não sei.

Além do túnel, que nunca atravessei, não sei se tem fundo;
Não sei, parem com tudo, com meu mundo, ou vomitarei veneno, desse mundo ruído, ruim.

Perco a fé na humanidade, perco a fé em meu futuro – jubileu tão obscuro –
Quebrem o muro, falem mais, façam menos, provem mais o seu veneno.
Quebrem mais, pensem menos, mintam mais, vivam menos.
Não acreditem em tudo o que falo, não entendam tudo o que escrevo, apenas sintam, apenas cheirem, apenas sorriam de verdade por fora e por dentro.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Somos um




Somos um
(Marcos Henrique)



Quero sentir teu sexo, teu corpo dentro do meu, tua boca em minha boca, teu suor se fundindo ao meu.

Teu hálito, tão gostoso, teu gozo, teu fogo. O melhor de teu tesão.

Suas mãos me acariciam. Me tocam. Te toquei, te senti em minha língua, te provei como a uma bebida, que me embriaga, me faz perder a fala. As palavras nem sempre falam tão bem quanto os olhos.

Nos sentimos muito próximos, somos dois, somos um.

sábado, 19 de junho de 2010

Poema 32


Poema 32
(Marcos Henrique)


A vida é sarcástica, debochada, ri de nós. Passamos a vida inteira tentando nos identificar, tentando ser diferente.

Temos tantos problemas iguais, tantas diferenças iguais, tantos motivos que nos motiva..., todos iguais. Achamos que nossos problemas são únicos e pensamos ser especialmente diferentes.

Quando criança, queremos ser como nossos pais;
Quando jovens, queremos ser nós mesmo – Não sabemos quem somos –;
Quando adultos, somos como nossos pais, temos família, filhos, problemas com os filhos, problemas como o dos nossos pais, damos limites como nossos pais.

No fim de tudo, somos reprises da vida que ri ao saber que, nós descobrimos que somos todos iguais em nossas amargas diferenças.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sem Alma


Sem Alma
(Marcos Henrique)



Quatro cantos;
Quatro paredes, sem portas, mas estamos dentro;
Sem chaves, quase sem fôlego;
Gritando, quase sem força;
Esperando, sem calma;
Com sono, sem alma;
Com fome, sem tripas;
Com os nervos a mil, gritando a mil;
Sem ouvidos para ouvir – o desabafo da alma –;
Conversa fiada, o grito no nada não se propaga.

Roupas rasgadas;
Menina adormecida;
Garoto entorpecido;
Maníaco fugitivo.

Suspiros, suspiros.
O tido, o tiro.

Sem ouvidos para ouvir;
Sem um corpo cara cair;
Sem alma para possuir;
Sem casa, sala, sonhos, som, vida, lama, tristeza, alegria e dor.
Sem alma.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eu


Eu
(Marcos Henrique)


Vísceras podres;
Olhos sem pálpebras;
Lar e saudade de uma casa que nunca estive.

Dos frutos que colhi só os podres me tiveram serventia, mataram minha fome, me matando a alegria.

Um sorriso que me dói ao lembrar, que sorri em demasia por demência, e hoje sei que naquela época esse mau já me acometia.

Saudade da vida, de minha alma alegre que está morta, que está decrépita numa caixa qualquer.

Palavras doces de conforto, não me servem mais, me tornou diabético, os analgésicos que engulo; não me entorpecem mais.

Sonhar e não concretizar seus sonhos é pior que morrer que apodrecer no inferno. Nos olhos de Deus, não sou mais visto, não sou mais eu.

O que sou?
Uma ovelha sem pastor?
Predador, sem presa?
Alteza, sem realeza?
Criatura, sem criador?

Já fui alma tão pura, hoje, sou escuridão, sou podre, azedo, dejeto, vômito de tuberculoso, eu sou o toque do leproso, ânsia que não passa; dia que não nasce; chuva que não vem. Eu sou só, só; eu.

Minha fé tornou-se mínima, é horrível, mas é que sou. Um sozinho entre amigos, que esconde sua dor.

Todas as palavras difíceis de serem pronunciadas são como eu, sem serventia.

O que sou?
O Que sou?

Lágrimas amargas rolam por minha face, caem no chão, inundam meu quarto, mas não me afogam; isso me atormenta ainda mais.
Pedi uma luz e a escuridão se fez presente;
Pedi ajuda. Nenhuma mão;
Pedi paz. Silêncio e ócio.

Sei o que sou, sou só, eu.

terça-feira, 15 de junho de 2010

domingo, 13 de junho de 2010

Poema 47



Poema 47
(Marcos Henrique)


Sabe, é foda levantar-se de manhã bem sendo e saber que muitos dormem até tarde para enganar a fome. Saber que tantos morrem e não sei se renascem para a vida eterna.

É foda ter esperança vaga e revolta como guia, sim é horrível se sentir impotente, não poder rodar o mundo ao contrário, mas o que é mais foda que tudo isso é ver o resumo de uma vida sem rumo.


sexta-feira, 11 de junho de 2010

Poema 48



Poema 48
(Marcos Henrique)

Minha mente está caótica, meus pensamentos são tão perdidos – Será a morte libertação de tudo? Desse mundo sujo –.

Me envergonho por ser humano, já estou sem força para pedir desculpas a Deus, não sei se ele ainda escuta, se escuta perdão pela blasfêmia.

Cruel são nossas mentes e estamos presos a elas. Sempre me pergunto: notícia boa não é notícia? Porque misturo tanto as coisas e sou tão caos?

Qual a explicação para esses poemas meio dada? Porque o dadaísmo me completa tanto?

Qual a explicação para tanta violência em minha mente. Hipocrisia me namora, mas me impede de gozar.

Viva a vida fútil e ao filmes de guerras que me trazem tanta paz.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Poema 46


Poema 46
(Marcos Henrique)


Cães malditos!
Demônios astutos!
Anjos caídos!

A toa segue minha vida, a deriva.

Mortes de estranhos, mortes tão brutais;
Mortes de cinema, mortes pela paz.

Mentiras para os civilizados! Civilização, não sei seu significado;
Amor, já senti um dia, frio sinto agora na hora de partir, então não parto, mas se partem o coração, não se bate em pedaços, nem se queima mais a chama, esfriou a bela chama.

Não me sinto satisfeito, nesse mundo de perfeitos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Poema 25


Poema 25
(Marcos Henrique)


Em noite de inspiração os versos voam sobre minha cabeça, às vezes sinto como se tivesse mais de um cérebro. Não consigo escrever tudo o que penso – às vezes nem penso –, deixo a mão me guiar.

Nesse meu mundo, tão diferente, falo de amor, paz, da incerteza do amanhã, da certeza que amanhã não vai ser feito ontem, hoje ou o estar, pois só o agora me consola com esmolas.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Poema 07



Poema 07
(Marcos Henrique)


Espero só um sinal para começar a viver de verdade;
Meus pensamentos estão confusos, minha cabeça pesa.

Peça para parar tudo, com o mundo.

Quem quer ser feliz?
Quem quer ser triste?
Quem quer ser anônimo?
Quem quer viver o que vivo? No auge da vida, mas sem vida, anônimo e se animo. Me de um bom motivo. Me motive.

Não escrevo versos falsos, são tão verdadeiros que me dói a alma. Não fujo, às vezes julgo. Palavrões – o desabafo da alma –. Meu erro de vida – ainda respira –.

Singular;
Hipotético;
Hospedeiro da razão.

Sinto a ferroada de um zangão no lado direito do meu peito, meu coração.