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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

È triste ver



É triste ver os pássaros voando e ficar prezo ao chão.
A dor percorre meu corpo como sangue, só que ao invés de vida só sinto desgosto, sinto que um pedaço de meu peito falta, mas não sei onde ele possa estar, onde deixei? Onde o guardei? Meus olhos estão aqui tristes como sempre, meu tumor me acolhe me alimenta, mas não me deixa arrotar, meu peito está tão comprimido; mal posso respirar; não posso me entregar me rejeitam tanto. Quantos futuros possíveis um homem pode ter e quantos lhe trarão alegrias? Nascer pode ser pior que morrer para uma alma despreparada. A estrada é longa, minhas pernas curtas, anjos povoam o lugar e me mostram as surpresas que a vida não me dará e eu continuo aqui no nada por inteiro, mas algo me falta. Não molho as flores, não tenho controle, não sou perfeição, o lindo me é negado e minhas pernas doem tanto, o clarão que me sega(ceifar) em minha vida de escuridão, faz com que eu morra só em meu coração. Dor! Erga-me sua mão não posso tocar em seu peito, meus punhos não cicatrizaram ainda, quando piso não sinto meus passos no chão, não posso voltar minha vida; é só ida, só ida, que mal a em respirar? Penitencia! Penitencia! Penitencia! Minha dor passou...? Eu não me tornei o homem que queria ser então; continuo sendo esse homem que não escolhi para ser, vivendo, fingindo ser.


Henrique Martins.