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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Poema 21



Poema 21
(Marcos Henrique)


Acordado. Estou;
Dormindo. Estou;
Vivo. Eu vou;
Morto. Há dor.

Alegria. Perdi logo cedo;
Inocência. Pedir logo ao descobri que um dia iria dormir num longo sono, sem ar, sem água, sem nada. Sem nada de novo, só velhos amigos, são anjos dormindo no jardim do éden. Mas éden acabou não restou nem sementes, Cristo chorou. Não teve consolo, nem mesmo seu pai o consolou. Ele soluçou, suas lágrimas viraram polças D’água, que o homem pisou e transformou em lama.

E Cristo falou: Vinde a mim as criancinhas – não houve resposta – Estão todas mortas, seus pais as mataram por ciúmes de Cristo.

Somos maus, somos imprevisíveis, somos a raça desumana, sejam bem vindos ao nosso terror.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Elo de sanidade



Elo de sanidade
(Marcos Henrique)


O céu esta menos azul quando olho ao longe, e os peixes não mordem mais com força as iscas de meu anzol.

Minha coleira está folgada, mas não tenho para onde correr – de que me servem as pernas então? -

Estou velho e cansado, velho e opaco.

Onde posso descansar minha violência e retomar a decência de uma vida órfã?
Onde posso voltar a me encontrar e reconhecer esse velho rosto barbudo que esconde minhas dividas?
Onde posso voltar? Como posso voltar?

Meus dedos doem enquanto como, e nada pode ser dito para reconforta minha mandíbula suja e gasta por jogar bons conselhos ao vento.

Se ao menos eu pudesse mentir para mim, se ao menos pudesse falar como me sinto sem sentir-me castigado por isso.

Vou andando no escuro, por cima de cacos de vidros. Meu sangue forma rastros com nomes de ditadores que, não foram esquecidos no século passado.
Vou andando no escuro, por cima de frases soltas e poesias em prosas que não me engrandecem em nada.

Sou um sozinho na multidão, um homem que dorme e nunca sonha;
Sou um sozinho nessa multidão multicolor, um homem que sonha acordado com suas contradições, seus demônios, sua salvação pagã.

Caminho até o horizonte, buscando um elo de sanidade e meu poetar insano.

sábado, 22 de maio de 2010

18-07-99 h.:13:30



18-07-99 h.:13:30
(Marcos Henrique)


Faça parte de mim;
Me sinta, não finja que é ruim;
Perceba dentro de mim quem é você.

Quem são os estranhos que pedem por nós. Quem somos quando estamos sós.

Verdade não mente. Mentira não fuja;
Verdade não bata. Justiça não Julga? Ou só o que lhe convém.

Faça parte de mim, mas não me adoeça, se cure, não jure que se curou, não finja que é ruim. Não te forço a estar comigo, a falar comigo, andar comigo, a viver como eu vivo, porém te peço para tentar fazer parte de mim, que é você mesmo.

Se não entendes, não tem condeno, mas se confias em mim, faça parte de você; eu.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Poema 5



Poema 5
(Marcos Henrique)



Na escuridão não vejo nada;
Na claridade não vejo nada. Sou sensitivo, percebo o perigo e sinto o amor, que às vezes da medo de se entregar, de olhos fechados tenho mais chances de não me magoar.

Sou sensitivo, percebo o perigo de tudo o que a no ar rarefeito que entope meu peito e comprime minha tola linha tênue do raciocinar.

No fim do escuro tem um posso sem fundo, coberto do nada, tão frio quanto à alma de quem vai atirar.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Último Desespero


Último Desespero
(Marcos Henrique)



O medo me tira a fome, me tira a força;
Quando como, não consigo manter o alimento dentro de mim.

O medo me tira a vida, me tira todos os sonhos;
Tira todo o ar; o ar, ele sai e não mais volta.

O medo é meu maior pesadelo e meu único confidente.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Poemas 60


Poemas 60
(Marcos Henrique)



Sete linhas;
Perfeição;
Simetria;
Paixão;
Tolerância;
Compaixão;
Igualdade;
Moralidade.

Ah! Justiça;
Fidelidade;
Bondade;
Carne.

Sete vidas;
Sete é um número;
Sete, vamos ser;
Sete só em sonho;
Sete quem vai ser.

Sete, suba em sua cruz quem quiser ser.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Eu



Eu
(Marcos Henrique)


%&#@!WGGBVFVDVGFHH;
%$%svffgthhhggngGFGFGGF;
!!@WEDVFJU+)+_}:OLKK<; $#$R#$^REGBGNJKYILYK, TRT#$%^%%TRYTY^YYTH,&^&^%&%YTHFDFD<, uURUURHRHRHRH. $#$RWFGBGDBGNFGNGN; #@#$#%$^#T%; $#@REWFGTHYRJY. Sou tão abstrato.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Verdades de um esquizofrênico são


Verdades de um esquizofrênico são
(Marcos Henrique)

Oi.
Quem é?
Sou eu.
Quem é você?
Sou eu.

Que repete tantas coisas;
Sou eu;
Que revela seu interior.
Sou eu?

Me responde se tanto faz – ser bom ou trevas. – Sou eu.
Quem é seguro realmente de se?

Oi
Já foi
Sou eu?
Há Deus – sou eu – Deus se foi sem dizer adeus. Sou eu.

Como atormentar o inesperado? Sou eu. Que não permite, que não quer ser repreendido. Sou eu. Quem, eu?

Você se quer
Se fala
Se suporte sozinho.

Dentro de você existi alguém perdido, sozinho e com fome, vestindo trapos, com medo da noite, sem lugar para ir, mas assim mesmo vá.

Sou eu, eu sou medo. Você.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Poema 18



Poema 18
(Marcos Henrique)



Terra da magia, não me nega tua herança.
São só palavras falsas, mas crises verdadeiras.

Sonhos, sons, silêncio – Dúvida passageira. –

Força que já falta – vida hospedeira. –

Morte. Não conheço;
Vida. Não vivi.
Medo. Quem não teme?
Hora de dormir.

Várias frases se combinam. Se expressão por mim.
Quem eu sou – quem me vir – se despeça – pensa em mim. –

Tosse não me cala, mas me faz dormir;
Sono. Não consigo;
Dúvida. Já senti;
Tema. Só tem um;
Boca. Só a minha;
Dor. Já senti;
Saudade, todo o dia da magia que perdi.
– Inocência –

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Vazio



Uma música minha do tempo em que tinha uma banda de Rock

Vazio
(Marcos Henrique)


Quem eu sou?
O bem ou o mal?
O ontem ou o agora?
Quem sabe eu fui. Não sei as horas.

Às vezes eu me sinto tão vazio, mas quando estou cheio, penso que vou explodir.

Não sei me relacionar com os outros, vivo só, no meu mundo que não me trai, não me questiona, sou tudo nele.

Sou o bem, sou o mal, sou o a justiça, sou o carrasco, sou o machado, sou a cabeça que rola para dentro da cesta.

Sou negro, sou branco, sou velho, sou jovem, sou virgem, sou pecado, sou a fome da alma, sou o espírito sem rumo, sou menino, sou tudo isso menos eu mesmo.

Quem eu sou?
Sou vazio.