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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sei que

Fumar pode F com sua vida

Sei que


Eu sei que você sabe que eu também sei, me desculpe, às drogas não me fizeram bem;

Os dias passam rápido, os tesouros terminam aqui, sem nunca terem sido enterrados;

Deus me ajuda para ser forte como nunca me senti, o passado me sacode, o horror me morde. Quero te ter em meus braços finos e fortes, quero poder te acolher, você me olha e me desmonta como tudo que sabe. Você me fez.

O horizonte é tão longo que não da para tocar e o céu fica no meio onde posso me olhar;

As paredes estão frias e a casa a se olhar com lembranças repentinas de uma vida que não há;

Eu sei que você sabe que eu também sei, eu sei que você sabe o que eu não sei;

Eu sei! Eu sei! Eu sei!!! Não, não sei.


Marcos Henrique.

sábado, 29 de outubro de 2011

Um dia ouvi Deus no rádio


Um dia ouvi Deus no rádio
(Marcos Henrique)

Um dia ouvi Deus no rádio e todos não escutaram;

Continuo andando em círculos sem poder para, sem poder parar...

Hei! Todos vocês, escutem Cristo, ele estava certo, o deserto não é lugar para se andar sozinho no escuro.

E todas essas coisas que só você mesmo para me dizer: Ser é melhor que ter.

Sou louco por dentro e o que sobra nada mais se aprova, minha mente não mais é minha. E todas essas cores. Onde ele está? Onde ele está?

Eterno tormento, pássaros que passam e se vão. Meu elo com o eterno ficou bem aqui onde não posso tocar. Todo louco tem razão e suas verdades são puras, não puritanas.

Quem definiu o que é loucura?
Quem definiu o que são as coisas?
Quem me projetou tão imperfeito?
Quem se mostra por inteiro, a não ser pela dor.


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Continuação de meu conto - Contos e Retalhos


Pedro ainda sonhava com sua bicicleta, depois de conseguir a bicicleta, virar astronauta seria muito mais fácil, assim pensa o garoto com toda sua inocência, toda noite ele rezava e como seu aniversário era no mês de dezembro reforçava suas orações, pedido a Papai Noel que desse uma ajudinha.

Os dias se passaram e os pais de Pedro não conseguiam a tão falada bicicleta. Era noite faltavam apenas algumas horas para Pedro completar 11 anos, ele nascera às 03h47 da madrugada, o relógio marcava 24h50 da madrugada, Pedro dormia no silêncio da madrugada quando de repente uma luz se formou em seu quarto, sua cama tremeu e seu corpo estremeceu. Pedro acordou meio sonolento e ouviu uma voz doce a chamá-lo.

- Pedro, Pedro! Não tenha medo, não vou te machucar – dizia a voz.

- Quem está ai? Não é o Papai Noel, nem o menino Jesus? – disse o menino – quem é você?

- Sou a fada dos dentes e quero te presentear – dizia a voz doce sem revelar sua forma.

- Foi Papai Noel ou o menino Jesus que te mandou até aqui? – Perguntou Pedro em sua inocência de menino.

- Não, não foram eles, mas sei tudo o que se passa com você – continuou a voz – Sei o que você mais deseja nesse mundo e posso te dar...

- Pode...?! – falou o garoto excitado sentando-se na cama, pois a ânsia de ganhar sua bicicleta era maior que qualquer medo do escuro ou do sobrenatural, mas o que seria sobrenatural para um garoto que acreditava em Papai Noel?

- Você deseja uma bicicleta, não é verdade?

- É sim! É Sim! Você pode me dar? – fala Pedro quase em pé na cama.

Continua...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A saga de Demétrius



Então disse Ponssius enfurecido olhando para o criado que caíra desfalecido

- Quem foi que tentou me envenenar?!

Se não fosse meu criado teria sucumbido até a morte, enterre-o com honras militares.

Ponssius era um rei bom para seu povo, famoso por sua coragem, temido por seus inimigos por sua crueldade e invejado por seu irmão Dionélio, que sonhava em deitar-se com sua esposa, filha e vê-lo morto.

- Os deuses me abençoaram mais uma vez – disse Ponssius erguendo seu cálice cheio de cidra.

Brindemos a vida e não choremos a morte de calíto, pois ele há de estar num paraíso, sem o fantasma da morte e o da velhice para lhe rodear; quanto ao meu algoz, falem a toda cidade que fuja antes que descubra quem o é, pois se puser as mãos sobre ele ira preferir estar morto...

continua...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um de meus contos (Contos e reatlhos)


Dívidas do passado

Pedro tenha 10 anos e um sonho, queria ganhar uma bicicleta, porém, seus pais não tinham condições de dar esse presente ao garoto. O pai de Pedro estava sem emprego, sua mãe trabalhava como costureira, seu salário estava todo comprometido com as responsabilidades da casa.

Pedro era um bom filho, obediente, respeitava os mais velhos, estudioso, sempre dizia a sua mãe que um dia iria se tornar astronauta, a mãe ria com o sonho do garoto, impossível em seu pensamento de se realizar, sua mãe coçava sua cabeça e dizia – se você se esforça e estudar muito, claro que vai conseguir meu filho – Pedro tinha esse sonho, mas o mais urgente era o sonho de ganhar uma bicicleta que vira em uma loja, ele iria completar 11 anos e ter uma bicicleta para poder ir ao colégio e passear com seus amigos seria o máximo para o garoto.

Pequenos bilhetinhos eram deixados em cantos estratégicos da casa, sua mãe fica sempre com os olhos marejados quando os lia, seu pai não dizia uma só palavra ficava apenas sentado numa poltrona que fora de seu pai, era uma poltrona muito velha, de cor verde, com a costura já gasta, no entanto, o pai de Pedro adorava ficar naquela poltrona velha sentado horas a fio, dizia que ali conseguia colocar as ideias no lugar, pois o cheiro da poltrona remetia a sua infância, época de fartura. Seu pai era um homem de posses que perdeu tudo devido a seu vício no jogo e foi dessa forma que o pai de Pedro veio para a cidade grande, fugido, junto com sua família devido as dividas do pai. Ou ganhavam a estrada e deixavam tudo para trás, ou seu pai morreria, devido às dividas contraídas pela a jogatina.

continua...

sábado, 22 de outubro de 2011

Bom dia a todos e a todas


Sou um escritor que tem como o lema: “Juntos somos um todo, sozinhos sou nenhum”. Sei que gramaticalmente esta frase não está 100% correta, mas se nós escritores, iniciantes, continuarmos dispersos, será muito mais difícil, praticamente impossível de sermos ouvidos, ou melhor, lidos.

Pensado nisto, comecei a desenvolver um trabalho de divulgação de todos os escritores que estou conhecendo pelo facebook ou em sites relacionados à literatura, blogs e afins. Tenho divulgado em meu blog estes escritores, mas uma andorinha só não faz verão. Além de divulgar os trabalhos dos amigos, também estou garimpando concursos literários para avisá-los, como muitos já devem ter visto o da Biblioteca Nacional que coloquei no blog. Tenho uma lista enorme de editoras brasileiras e de Portugal que ao longo dos anos pesquisei e mandei meus livros para analise. Esses endereços não são a garantia de que seremos publicados, mas pelo, menos, as editoras vão saber que existimos e quem sabe um de nós não consegue ser lançado por uma delas. Não digo que devemos esperar pelas editoras. Não, devemos continuar nos divulgando e ajudando uns aos outros amigos do mundo das letras a serem lidos e conhecidos. Quem quiser esta lista que eu tenho, pode me mandar um e-mail pedindo. Por favor, coloque no título: “Quero os endereços das editoras”. Para que eu saiba que não é vírus e assim possa mandar os endereços para vocês. São 11 páginas repletas de e-mails e endereços eletrônicos das editoras.

Faça a sua parte também, divulgue um escritor nacional.

Meu e-mail: marcosescritor@yahoo.com.br

Abraços virtuais a todos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Soneto (Marcos Henrique)



Um dia;

Um amor;


Um dia;


Um raiar em dor;


Duas vozes;


Duas dúzias;

Duas, duvidas. Um soneto;

Uma canção;


Tudo isso esqueço, tudo isso é desilusão.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

20 de Outubro dia do Poeta



Bom dia poético a todos!

O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Não as duas que ele teve
Mas só as que ele não têm

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão
Esse comboio de corda
Que se chama coração


(Fernando Pessoa)

LANÇAMENTO DO LIVRO 'O PRÍNCIPE GATO E A AMPULHETA DO TEMPO'



Noite de autógrafos do livro:

"O Príncipe Gato e a Ampulheta do Tempo" - Bento de Luca ( Marcelo Siqueira Silva e Gustavo C. Almeida Siqueira)

Data: 25/11/2011 (Sexta-feira)

Hora: 19h às 22h

Local: Saraiva Megastore - Shopping Paulista
Endereço: Rua Treze de Maio, 1947, Bela Vista - São Paulo - SP. Piso: Paraíso.

Localização:

Saraiva Megastore - Shopping Paulista
Rua Treze de Maio, 1947, Bela Vista, 01327-001
São Paulo, Brasil

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Prêmios Literários da Biblioteca Nacional - Inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Literário Fundação Biblioteca Nacional 2011. Até o dia 24 de outubro, os escritores interessados registram suas obras de acordo com a sua categoria, divididas em oito opções: Poesia, Romance, Conto, Ensaio Literário, Ensaio Social, Tradução, Projeto Gráfico e Literatura Infantil e Juvenil (segue abaixo as descrições das categorias). Cada autor só pode concorrer em uma categoria e no máximo com três títulos. Caso a obra tenha mais de um autor apenas um deles poderá fazer a inscrição.

O prêmio, realizado desde 1997 pela Fundação Biblioteca Nacional, é uma forma de reconhecer e apoiar não apenas os melhores livros brasileiros, mas sim aqueles que motivam e engrandecem a literatura nacional. Além das placas comemorativas, cada categoria premia a obra vencedora em 12.500 reais.

Para concorrer, o livro deve ser inédito (1ª edição), publicado em português e no Brasil entre 1º de setembro de 2010 e 31 de agosto de 2011. É obrigatório estar em dia com a Lei do Depósito Legal (Lei nº 10.994, de 14 de dezembro de 2004) e possuir número de ISBN (International Standard Book Number). Não existe nenhuma taxa de inscrição...

Saiba mais clicando aqui!

Enterrado com os sentidos ativos (do meu livro Clamor)

Não consigo mexer meus ombros, está tudo escuro, tão escuro...

Não posso respirar ou me levantar, o que está havendo? E todos esse vermes que me devoram e vomitam em mim.

Aqui é frio e úmido. Quanto excremento repousa em mim;

- O que eu fiz meu Deus?!
- O que eu fiz para ficar assim?!

Vejo uma luz lá longe, sinto que posso ir até lá, mas temo, temo que lúcifer esteja guardando a porta, guardando meu lugar, talvez tenham demônios esquentando meu lugar e a imundice de seus corpos irão me tocar e me devorar.

Filosofia de cemitério, maldita filosofia! Já posso enxergar, vejo um rosto tão belo, um semblante triste e ao mesmo tempo belo, quero lhe tocar mais que tudo. Quero senti-lo.

Quando clamo pelo nome de Deus ele chora sangue, sinto pena e desejo em lhe consolar. É tão mitológica a face de lúcifer, a forma que nos é ensinada. Quando o vejo só me vem pena no pensamento. Expulso de casa, agora vaga livre e ao mesmo tempo prezo, eu lhe sinto, mas percebo que não sou como ele, não minto como ele, nem faço tentações, não sou um servo fiel, mas mesmo andando, mesmo que de longe de Cristo eu o sigo.

Lúcifer me perdoe, mas não posso atravessar as portas que guardas para mim, continuo aqui, prezo, continuo aqui em meu sepulcro esquecido, te desejo do fundo de minhas víceras paz de espírito.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Novo mundo



Novo mundo



Por muito tempo estive imóvel;
Por muito tempo pensei ser o que sabia que seria;
Por muito tempo, sempre enxerguei pelo furo da caixa;
Por muito tempo eu tive pilares para me apoiar.

Meu porta retrato está despedaçado junto com as fotos do que achava ser meus conhecidos. Me senti livre depois de ter visto que no retrato não tinham mais rostos conhecidos ou se tinha não os reconhecia mais.

Por muito tempo eu ri, sonhei e pude voar ver tudo lá do alto;
Por muito tempo contei as horas para ficar com alguém;
Por muito tempo tive tempo para pensar no tempo que perdia com rostos conhecidos;
Por muito tempo eu me via no espelho.

Meu baú está mofado e não quero mais limpa-lo, o fogo é a melhor solução. Meus pertences não são mais necessários, pois não piso mais no mesmo chão.

Para que ver o passado?
Para que rememorar?
O que ficou para trás, ficou bem enterrado, num local que não tenho mais como achar.

Por um tempo eu vi sorrisos;
Por um tempo eu vi rostos que para mim não pareciam desconhecidos;
Por um tempo tomei vinho barato e fumei alguns baseados;
Por um tempo fiz parte de uma tribo.

Os anos passaram e eu passei, sobrevivi a tudo e hoje não me vejo mais com clareza no espelho e o porta retrato com todos aqueles rostos, todas aquelas faces que estão no esquecido não sabia mais o que sentia por eles, não sabia mais o que significavam para mim, pois hoje, tenho outros porta retratos, outros álbuns para preencher com novos rostos, com novas estórias, com tudo novo.

Por pouco tempo eu tive uma história que hoje se tornou lenda, e não sei se sonhei ou se a vivi.

Marcos Henrique

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Como uma folha caída no chão cheio de lama, sinto um calor indescritível em minha unha encravada; latejante, que quase consegue falar.



Como uma folha caída no chão cheio de lama, sinto um calor indescritível em minha unha encravada; latejante, que quase consegue falar


Sinto saudades de meu corpo;
Sinto saudades de pensar;
Sinto saudade de meus vícios loucos;
Sinto saudade de amar.

Quando estou perto, me sinto louco, louco de anseios para te dar, um beijo terno de meu corpo, sinto saudades de chorar.

Sinto saudades de meu corpo;
Sinto saudades de pensar;
Sinto saudade de meus vícios loucos;
Sinto saudade de amar.

Eu queimo tudo com meu fogo, eu sou um tolo por estar aqui em pé em um dia morto, eu sinto falta de gritar!!!


Marcos Henrique

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Um dia


Um dia
(Marcos Henrique)

Um dia a mais e eu me fiz menos;

Um dia a mais, nuvens borradas e falsos segredos;

Um dia a mais, tudo é o nada em vidas curtas. Vidas, nossos tolos pensamentos;

Um dia a mais. Segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sempre;

Um dia a mais, meus sonhos, sonhos pequenos;

Um dia a mais, menos fome, mais vida, menos vida, mais fome;

Um dia a mais para que eu possa ter todos, absolutamente, todos os entendimentos que não vão me servir para nada quando meu dia se fizer menos;

Um dia a mais, só um dia qualquer com versos de efeito, métrica imperfeita, esperanças renovadas e perdidas, ilusões refeitas, apenas um dia a menos.

sábado, 8 de outubro de 2011

Um pequeno conto


Tanto tempo fora de mim
(Marcos Henrique)

Passei dois dias fora de mim, vaguei por tantos lugares coloridos e cheios de vida que quando voltei ao meu corpo, não me senti mais a vontade. Para aonde fui não precisava de um corpo chato e preguiçoso para me atrasar. Não precisava comer essa comida alterada, nem beber água fresca. Fresca?

Percebi que o universo não é tão vasto, nos é que não temos mais tempo para contemplá-lo. É uma pena, pois o universo tem todas as respostas e todas as perguntas guardadas num arquivo morto, com fichas coloridas.

Do que mais senti saudades? Foi de poder me ver por inteiro, sabe nu mesmo. Senti muita falta de poder me ver nu, pois não conseguia me ver sem meu corpo, só sentia que estava lá, mas não podia me ver ou me tocar. Masturbação então era impossível, mas quem precisa se masturbar quando se tem tanta coisa para ver?

Nesses dois dias que passei fora de mim, não senti, um único dia, falta da humanidade, e o pior é que agora não me sinto mais parte da matilha, me sinto deslocado, um eremita numa casa com banheiros.

Tanto tempo fora e, ninguém sentiu falta de mim. Não os culpo, é o progresso nos roubando a vida e nos dando falsas expectativas de um futuro glorioso. Futuro?

Sempre me preocupei com meu futuro, mas depois que sai do meu corpo, não me preocupo mais com nada, porque não há mais nada para se preocupar, pois hoje, eu sei que sou eterno nesse grande universo sempre em expansão, sou a menor partícula da uma razão que não entendo, se é que existe alguma razão, mas sei que penso.

Depois de minha experiência, consigo ver todo o individualismo em que minha raça se encontra. Não, não encontrei vida inteligente lá fora, continuamos sós, entre esses mais de 6 bilhões. É, é triste mesmo, eu sei. Continuamos mais sozinhos que o universo, mais perdidos que a justiça, sem sentido algum para ter prazer com o ato de se masturbar, apenas fingindo e tomando remédios de tarja preta para conseguirmos suportar uns aos outros.

Dois dias fora de meu corpo. E tudo está bem pior do que ontem.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Todos os Olhos




Todos os Olhos
(Marcos Henrique)


Eu sou...
....o acaso, o medo, dor do parto.

Eu sou...
...o acaso, ouro de tolo, palhaço sem palco; eu sou amor.

E todos os olhos me olham sem me olhar, todos os olhos! Todos os olhos a me censurar!

Eu fui um bom garoto e o que recebo?
Eu fui o que você quis ser, eu fui o que você sempre quis ser.

Saudade de quem não sei se vem, loucura em gostar, amar! Odiar! Ter pavor! Chorar por alguém que não sei se vem.

Eu sou...
...Fraco e o forte, eu fui, eu sou;

Eu sou saudade de mim, minhas mentiras de minha rotina.

Onde eu vou estar quando você parar de me amar?
Eu sinto muito por gostar tanto de você, eu sinto muito por sangrar;
Eu sinto muito por gostar de você;
Eu gosto tanto de você, eu sangro tanto por você.

Eu gosto tanto de você! Sangro tanto por você!
Eu sangro tanto por você;
Sangro.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Conheçam o fascinante trabalho do escritor Carlos Tourinho de Abreu

Leia o Primeiro Capítulo de Tabua - Carlos Tourinho de Abreu - Escrituras Editora.


O blog do escritor:http://carlostourinhodeabreu.blogspot.com/

Prezados Amigos Leitores,

Depois de uma boa conversa com os dirigentes da Escrituras Editora, fico feliz em anunciar que eles concordaram em liberar o Capítulo 1 de Tabua, meu romance lançado em Setembro de 2011, para publicação aqui no meu Blog! Fiquei bastante satisfeito com a autorização, já que essa é uma ótima maneira de proporcionar a vocês leitores uma prévia do conteúdo do meu livro. Afinal de contas, vocês estão acostumados com o estilo dos meus artigos, mas ainda não tiveram a oportunidade de ler-me como romancista.


A sinopse, que já publiquei no post anterior, apesar de dar uma boa ideia do que se passa na obra como um todo, nunca é suficiente. Nada melhor do que começar a ler uma história e ter o direito de decidir se quer ou não seguir em frente. Assim fazemos nas livrarias, não é mesmo? Ademais, normalmente o primeiro capítulo é apto a oferecer-nos aquele gostinho mais acurado do que estará por vir no decorrer da história.

Clique aqui!

Por isso, meus caros amigos leitores, em consideração a vocês, que me acompanham desde o início lendo semanalmente esse modesto blog de artigos, fiz questão de divulgar o Capítulo 1 do meu romance, pois assim vocês podem decidir com mais propriedade se lhes interessa ou não saber um pouco mais sobre a saga de Guina, um sertanejo forte que apesar de todos os reveses da vida, nunca perdeu a capacidade de sonhar.

Espero de coração que gostem!

Uma boa leitura!

Carlos Tourinho de Abreu

Caso queiram adquirir o livro esse é o blog do escritor:http://carlostourinhodeabreu.blogspot.com/

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Meu eu inerte



Meu eu inerte
(Marcos Henrique)


Minha irá vai me consumir.

Vou matar a poesia;
Vou matar meu falar;

Todos riem e eu choro nessa noite sem alegrias. Todos temem o fim, mas almejam agarrá-lo com as duas mãos em seus subconscientes. O fim é só o começo da vida quando me vou, quando me vou!

Feridas abertas e velhas cicatrizes já tão conhecidas, a última ceia e o gosto do arroto ainda se faz soluçar.


O pai que nunca tive me batia de mais. Quem matou a poesia?
Quem matou meu pensar?

Temos dor e tripas, temos tripas e fezes que lutam para se libertar. Se escrever me deixa livre, sou mais livre que Deus ou o diabo que vivem por suas próprias regras.

O último milênio e tudo é tão igual, comida sobre a mesa, mesa sem casa, casa sem paredes, paredes, prisão, mente vazia, cu, boca, solidão.

Fui eterno até ontem... Lá no alto tudo é tão cinza. Passos rápidos, rostos limpos e nada é igual à ontem.

Sempre pensem que liberdade fosse difícil de conseguir, mas é só pular sem olhar para baixo. Minhas asas vão aguentar? Quem sabe?


Sou um conquistador do acaso do mundo sem mundo, sem pés, sem chão, sem nada. Minhas lágrimas derretem meu rosto e tudo fica como a dois mil anos atrás, inerte em meu peito que dança um tango com instrumentos desafinados.

Escrever correto me entedia, eu me entedio de mim, sou tão insatisfeito de mim que jogo fora a mim e sem mim vivo melhor, vivo como homem livre. Vivo,vivo.