Gentileza por que fugiste
Mataram a gentileza;
Corromperam o natal;
Subornaram a ideologia;
Falaram mal dos bons vizinhos, disseram que eles só queriam aparecer.
Fizeram pouco das pessoas educadas;
Ridicularizaram os homens de boa fé;
Espancaram a primavera;
Pisaram em meu coração.
Fui à busca da educação, estava caduca e com transtorno bipolar.
Perguntei as minhas lágrimas por que chorava? Reponderam: Estamos cansadas de tudo e resolvemos nos suicidar, saltando de tua íris para o fim de nossa existência.
Torturaram os cânticos natalinos;
Puseram foco na pomba da paz, que voou em chamas e sem rumo buscando o firmamento que não há mais.
Debocharam dos tratados de paz;
Mataram dentro do cinema, enquanto se passava um filme que falava de paz - A gentileza dos homens, aqui jaz.
Há gentileza nos homens? Não sei se nos cabe mais.
Caráter morto;
Amabilidade obsoleta;
Respeito em poucos homens;
Civilização dos incivilizados;
Respingos de sorrisos inocentes não nos tocam mais, não alcançam nosso âmago.
Só restou o desejo de se, timidamente, falar: feliz natal a todos os seres racionais com momentos irracionais.
Marcos Martins.
OBs.: por causa de um salgadinho, nesse fim de semana, um cara quase apanha no cinema, pensando nisso resolvi fazer esse poema, nessa data mágica que é o natal.