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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Gentileza por que fugiste




Gentileza por que fugiste





Mataram a gentileza;
Corromperam o natal;
Subornaram a ideologia;
Falaram mal dos bons vizinhos, disseram que eles só queriam aparecer.

Fizeram pouco das pessoas educadas;
Ridicularizaram os homens de boa fé;
Espancaram a primavera;
Pisaram em meu coração.

Fui à busca da educação, estava caduca e com transtorno bipolar.
Perguntei as minhas lágrimas por que chorava? Reponderam: Estamos cansadas de tudo e resolvemos nos suicidar, saltando de tua íris para o fim de nossa existência.

Torturaram os cânticos natalinos;
Puseram foco na pomba da paz, que voou em chamas e sem rumo buscando o firmamento que não há mais.

Debocharam dos tratados de paz;
Mataram dentro do cinema, enquanto se passava um filme que falava de paz - A gentileza dos homens, aqui jaz.
Há gentileza nos homens? Não sei se nos cabe mais.

Caráter morto;
Amabilidade obsoleta;
Respeito em poucos homens;
Civilização dos incivilizados;

Respingos de sorrisos inocentes não nos tocam mais, não alcançam nosso âmago. 
Só restou o desejo de se, timidamente, falar: feliz natal a todos os seres racionais com momentos irracionais.

Marcos Martins.


OBs.: por causa de um salgadinho, nesse fim de semana, um cara quase apanha no cinema, pensando nisso resolvi fazer esse poema, nessa data mágica que é o natal.    

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