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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Deixa a escova sobre a mesa e venha coçar minhas costas, pois nada mais importa; nem os títulos, nem os túmulos


Deixa a escova sobre a mesa e venha coçar minhas costas, pois nada mais importa; nem os títulos, nem os túmulos


Me larga, deixa que eu me vá, me desmanche e permita que eu seja levado como poeira;

Me larga, deixa que eu ande sem rumo, sem um lugar certo para repousar minhas chagas;

Me larga, deixa que eu use o gerúndio, não importa se vou estar fragilizando a poesia;

Me largar! Me deixa tocar as estrelas, me deixa contar as estrelas, pois sei que em uma delas há de existir vida que vá-lha a pena salvar; 

Me larga, deixa que eu seja feliz dentro de toda essa loucura que é a minha tua, nossa vida;

Me larga que eu quero sorrir, que eu quero não ter medo, não ter culpa, não ter ira, não ter nada e mesmo assim não me sentir vazio;

Me larga, deixa tudo como está, onde tudo deve ficar – dentro dos universos quânticos –.

Não importando o peso da poeira que paira;

Não importa o cheiro da poeira e do mofo;

Não importa os títulos sem sentido para quem vê por entre as brechas dos universos paralelos; para quem senti, mesmo sem tocar.

A poeira me mostra que os tempos passaram e que valeram a pena sangrar, errar, chorar.

Tentar, tentar, tentar. Desistir. Voltar a tentar.


Marcos Martins.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Mais um livro que vai nascendo. Aguardem...


(...) E então é assim, em um dia de sol você morre e tudo deixa de fazer sentido. Às horas não importam mais - porque não existem relógios no infinito -, isso é bom e ruim, pois todos os salvos adoram não ter que cumprir horários no paraíso, enquanto os menos afortunados, por terem saído das caverna com bússolas, não gostam da possibilidade do eterno. (...)