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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

4º parte de Menadel



Proscrito foi a estória que eu criei para se tornar HQ, aqui está o roteiro que foi usado para a criação dos desenhos (vou colocar ao longo das semanas trechos da primeira estória, caso queiram conhecer os desenhos bastar ir no blog: http://menadelproscrito.blogspot.com/

4º PARTE:



Menadel entra numa cafeteria, usando sua forma humana e começa a comer, quando chega uma mulher, ela se chama Mary, foi enviada por Lúcifer para falar com Menadel, ele come de cabeça baixa quando ela chega.

- Posso sentar? – pergunta Mary.

- A outros lugares – fala Menadel, ainda de cabeça baixa, demonstrando pouco interesse.

- Por isso foi expulso, não tem bons modos – fala Mary.

- O que ele quer? – pergunta Menadel.

Mary senta-se, pede um prato e começa a comer, Menadel espera-a falar; nada, então, ele levanta a cabeça e fala:

- Você veio aqui para comer? – pergunta Menadel.

- Não, mas de que adianta estar viva e não poder comer – responde a mulher com a boca cheia.

Menadel olha para ela e pede a conta.

- Ele quer trégua, quer fazer uma aliança – fala Mary.

Quando Menadel se prepara para levantar, Mary continua.

- A criança é muito especial, sua mãe foi estupra por dez demônios, ela é filha dos dez, Abadel deu de seu sangue para ela beber ela é muito, muito especial, pode ver através de você, sabe quem é anjo e demônio, seus olhos não serve, mas; ela enxerga com o coração.

- Demônios não podem ter filhos, nem se estiverem possuindo o corpo de algum humano, como você me explica isso? - pergunta Menadel.

- Eles eram como você, só possuem uma asa – responde Mary.

- O que Lúcifer quer especificamente comigo – pergunta Menadel demonstrando preocupação.

- A criança não pode morrer – responde Mary.

- Porque ele mesmo não faz o serviço? – pergunta Menadel olhando nos olhos de Mary.

- Porque o céu e o inferno podem confiar em você – responde Mary com o semblante sério.

Menadel levanta-se.

- Aonde você vai? – pergunta Mary.

- Rever um velho amigo – responde Menadel.

Eles tomam um táxi, chegam a uma casa velha de construção européia, Menadel bate na porta, que logo em seguida abre-se e um homem com cabelos brancos de barba se apresenta, o homem aparenta ter mais de 60 anos, só que ele possui um olhar jovial.
O homem olha nos olhos de Menadel com um semblante sério, por uns instantes fica uma tenção no ar que logo é quebrada com um abraço caloroso dos dois. O homem se chama Sebastian, foi salvo por Menadel há muito tempo.

- Quanto tampo Malk – fala sebastian.

- Preciso de sua ajuda – diz Menadel.

- Entre – fala sebastian.

- Não estou só – diz Menadel, que olha para Mary, que esta logo atrás dele.

Eles entram e sebastian fica olhando Mary, eles sentam-se e sebastian continua olhando Mary que se interte olhado a casa de Sebastian, lá tem vários livros na estante intermináveis e antes que Menadel fale sebastian fala com Mary:

- Qual o seu nome filha?

- Mary – responde Mary.

- Nomes tão iguais, vidas tão diferentes – retruca sebastian.

- Posso tocar suas mão? – pergunta Sebastian.

Mary olha intrigada, entretanto da as mãos para sebastian, que logo entra em estado de transe, sebastian vê toda a vida de Mary, ela chorando, o namorado indo embora ao saber de sua gravidez, ela tomando veneno, caindo morta no chão e um demônio pegando ela e desaparecendo, suas ordens no inferno, tudo sobra a garotinha, Mary vê tudo simultaneamente, larga as mãos de sebastian e começa a chorar, Menadel assiste tudo sem dar uma palavra.
Sebastian foi um padre da ordem franciscana que foi expulso por suas teorias denominadas, ante-católicas; sebastian levanta-se, pega um conhaque e de costas começa a falar.

- Malk, inicia-se outra batalha dentro da guerra que já dura, milênios – fala sebastian olha para Menadel.

- Abadel usará a criança para criar um inferno ainda mais perverso que o do seu irmão, um inferno na terra, o sangue da criança não pode ser derramando do contrario os seguidores de Abadel se materializarão na terra do maior ao menor lacaio, há um exército de 100 milhões esperando para serem libertados, você tem que salvar a criança, para poder salvar... O mundo – fala sebastian com um semblante sereno.

- Ela se chama Raquel – diz Mary se recuperando de suas lágrimas.

- Leve-a com você, talvez ainda haja esperança para sua alma – diz sebastian olha para Mary.

Sebastian da as chaves de seu carro para Menadel. Menadel e Mary entram no carro e seguem em direção de uma biblioteca é lá onde Raquel está mantida, para ser sacrificada.

- Tem certeza que a levaram para lá – pergunta Menadel.

- Sim, a biblioteca é uma fachada para rituais satânicos, a humanos envolvidos, eles se chamam democracia negra, são pessoas perigosas que farão de tudo para terem um pedaço do inferno, temos duas horas para impedir, quando o relógio soar meia noite de hoje, Raquel será oferecida em sacrifício, seu sangue abrira os portões do inferno, fazendo com que Abadel tenha domínio sobre os portões, isso não pode acontecer – fala Mary.

Mary está curiosa sobre sebastian; então, pergunta a Menadel quem é ele.

- O que sebastian fez comigo? – pergunta Mary esfregando as mãos.

- Dividiu sua culpa com ele – responde Menadel.

- Como vocês se conheceram? – pergunta Mary.

- Bom, quando sebastian foi excomungado, ele foi deixado para morrer, eu o achei, ele estava muito fraco o crucificaram de cabeça para baixo e ele estava com os pulsos cortados – Fala Menadel.

- Então ele é um suicida? – pergunta Mary.

- Não, ele foi obrigado a cortar seus pulsos e foi deixado para morrer, para que sua alma não fosse salva – responde Menadel.

- Quem fez isso com ele? – pergunta Mary ainda mais curiosa.

- O catolicismo... – responde Menadel.

- Eu não acredito nisso – fala Mary.

- Sabe, na época da inquisição se um padre aparecesse dizendo que Deus não existe e que os homens criaram Deus para justificar suas maldades, ele não seria bem quisto, seria? – diz Menadel.

- Mas como ele pode estar vivo todo esse tempo? – pergunta Mary.

- Eu dei um pouco de meu sangue a ele – reponde Menadel, olhando fixo para estrada.

Por uns instantes se faz silêncio; que logo é quebrado por Mary.

- É verdade que você viu Cristo? – pergunta Mary ansiosa por uma resposta.

- É... – responde Menadel, secamente.

- E como ele era? – pergunta mais uma vez Mary.

Menadel olha para Mary por uns estantes, desvia o rosto voltando os olhos para estrada e responde a pergunta da mulher.

- Como eu ou você, só que diferente – responde Menadel.

Nesse exato momento gritos são ouvidos, vindos do céu.

- O que foi isso? – pergunta Mary.

- Acho que não estamos sós – responde Menadel.

Dois Demônios alados rasgam os céus com suas lanças, estão logo atrás do carro, um deles desce num vôo rasante e arranha o teto do carro o outro joga a lança que pega no capo do carro no banco traseiro no lado de Manadel, o mesmo demônio para alguns metros à frente do carro e saca seu machado por traz das costas, fica em posição de luta pronto para atingir o carro. Menadel olha para Mary...

- Pule! – grita Menadel.

Menadel e Mary pulam do carro e o demônio atinge o mesmo com um golpe certeiro, bem no meio do motor do carro; tamanha é a violência do golpe que vara o carro tocando a lamina do machado no asfalto.
Mary cai rolando no chão e Menadel pula imponente da um giro no ar e cai com uma das mãos no chão, de joelho; sua outra mão já está no punhal, Menadel levanta e vai correndo em direção do demônio os dois lutam com voracidade. Mary levanta-se tem seus próprios problemas, vem em sua direção um demônio alado, com sua lança em posição de combate, Mary desvia do demônio, saca de seu punhal (que se encontra em suas costas), numa fração de segundos e corta uma de suas asas, o demônio perde altura e cai, Menadel nesse momento está desviando das machadadas que o demônio lhe proferi, Mary corre chuta a cabeça do demônio, que ela mesma derrubou, de seus sapatos saem lâminas que perfuram o crânio do demônio o matando, Mary corre e pula nas costa do demônio que está lutando com Menadel e corta sua garganta, Menadel aproveita e enfia seu punhal no coração do mesmo.

- Nada mal para uma suicida – fala Menadel.

- Vamos; banido – retruca Mary, respondendo a altura o sarcasmo de Menadel.

Eles começam a correr pela estrada.

- Não vamos chegar a tempo – fala Mary.

- Olhe ali tem um bar com motos – diz Menadel.

É um bar de motoqueiros, eles começam a escolher uma moto, um motoqueiro percebe e logo chama os outros que saem do bar.

- Hei cara! Cai fora! – grita um motoqueiro.

- Que bom que você chegou, assim posso usar sua moto – responde Menadel.

- Você vai usar minhas botas na tua cara, seu imbecil! – fala o motoqueiro.

Menadel olha nos olhos do motoqueiro com um semblante hostil.

- Bom, se você não me der suas chaves; minha amiga aqui vai ficar muito chateada e terá que quebrar tua cara e a de teus amigos – diz Menadel apontando o polegar para Mary que o olha sem acreditar que ele disse aquilo.

Todos o motoqueiros riem, são numa faixa de dez, Menadel olha para Mary e diz...

- Só não os mate – fala Menadel com um ar de riso.

Mary vai andando em direção dos motoqueiros e começa a atingi-los, são golpes no peito, nos rosto, nas genitálias, vai derrubando um por um, até chegar perto do que eles querem as chaves.

- Se me der às chaves, não quebro seu nariz – fala Mary com um olhar sereno.

O motoqueiro lhe da as chaves tremendo.

- Obrigada – diz Mary com um sorriso no rosto.

Mary pega as chaves e da um morro no rosto do motoqueiro que cai, com as mãos no rosto.

- Você disse que não ia me bater – fala o motoqueiro se contorcendo de dor.

- Eu menti – responde Mary dando as costas para o motoqueiro.

Mary chega bem perto de Manadel, quase toca seus lábios nos dele, o olha de baixo para cima mostrando um ar de superioridade e sensualidade.

- Agora, eu dirijo – fala Mary.

Eles sobem na moto e vão, em direção da biblioteca, Mary começa uma conversa com Menadel em cima da moto.

- Sabe, falam muito de você no inferno, o temem e o admiram – fala Mary.

- Está tentando me unir a você – pergunta Menadel.

- Não, só estou dizendo que seu irmão o respeita – responde Mary.

- O inferno é um bom lugar para se morar? – pergunta Menadel com um certo cinismo.

- Não... – responde Mary triste.

- Você pode ma ajudar? – pergunta Mary.

- Sinto muito – responde Menadel.

- Mas você é um anjo e anjos falam com Deus – diz Mary.

- Ele não fala comigo, faz muito tempo – fala Menadel com uma melancolia no falar.

- Então é verdade, tudo o que contam de você no inferno, tenho pena de você – fala Mary demonstrando sinceridade em sua foz.

Menadel entristece o olhar e não fala mais nada.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

3º parte de Menadel



3º PARTE:


Menadel torna a se, ao derrubar seu cálice de vinho no chão, ele ouve uma voz é a voz de Lázaro, aquele que foi ressuscitado por Cristo, Lázaro serve de porta voz entre os céus e Menadel, Lázaro o informa tudo.

- É, foi uma pena ela ter morrido tão jovem – diz Lázaro segurando o capacete de Joana D’arque.

- É... – responde Menadel pensativo.

- Tão jovem e virgem... – fala Lázaro com uma certa ironia.

- Jovem sim, mas seria uma injuria morrer virgem – diz Menadel com um sorriso no rosto.

- Miguel ficou uma fera, quase desce para cortar sua outra asa – fala Lázaro.

Os dois começam a sorrir.

- Você a amava – pergunta Lázaro.

- Nunca conheci mulher igual a ela, como ele está? – pergunta Menadel.

- Sabes que não posso dizer – responde Lázaro.

Menadel balança a cabeça em sinal de entendimento.

- Quais são as novas meu amigo? Quer um pouco de vinho? – pergunta Menadel.

- Seria ótimo; se eu tivesse paladar – responde Lázaro.

- Ele sabe que você está aqui? – pergunta Menadel se referindo a Deus.

- Deus sabe tudo meu amigo, tudo... – fala Lázaro com um olhar preocupado.

Menadel levanta-se e pergunta a Lázaro:

- E; então, o que lhe traz a minha humilde casa? – pergunta Menadel que enche seu copo com vinho.

- Eu vi o que você fez hoje – diz Lázaro apreensivo.

- Só espero que você não me olhe no banho – fala Menadel sorrindo.

Lázaro não sorri.

- Parece que está acontecendo algo no inferno – comenta Lázaro.

- É; o que eles querem com a garotinha? – pergunta Menadel.

- A mãe dela fazia parte de uma seita satânica, tentou fugir e acabou mal, ela foi estuprada por dez demônios Menadel e tomou sangue proibido – fala Lázaro.

Menadel o olha com espanto, demônios não pode ter filhos.

- E a mulher morta no beco, quem era? – pergunta Menadel.

- Não era a mãe, era só uma guardiã da garota, também fazia parte do culto, tentou sair e morreu – responde Lázaro.

- A mãe morreu no parto e a garotinha é a chave – fala Lázaro.

- Chave? Para que? – pergunta Menadel.

- Para abrir as portas do inferno – responde Lázaro.

- Mas isso é impossível! – fala Menadel desconcertado.

- Logo que você foi expulso, Lúcifer montou um exército, havia muito descontentamento nos céus, por causa de sua expulsão Menadel, muitos passaram para o outro lado, querubins, serafins, arcanjos, muitos odiavam os humanos, mulheres humanas foram estupradas por demônios, uma batalha foi travada nos céus, os demônios perderam a batalha mais a guerra continua, agora em outro campo de batalha; aqui – responde Lázaro.

- E a garotinha onde entra? – pergunta Menadel.

- Há uma profecia satânica que diz que se o sangue de uma criança especial for derramado em solo sagrado, os portões do inferno poderão ser comandados por um de seus generais, caso Lúcifer seja destruído, outro poderá tomar seu lugar – respondeu Lázaro.

- E, Abadel; pelo que eu saiba, ele é o braço direito que eu cortei de Lúcifer – diz Menadel.

- Quem então seria melhor para traí-lo? – responde Lázaro.

Menadel o olha e balança a cabeça.

- Sabe de quem era o sangue que a mulher tomou? – pergunta Lázaro.

- Abadel – responde Menadel.

- O general Abadel acha que com o passar dos séculos Seu irmão amoleceu, então; quer destituí-lo do cargo de manda-chuva – fala Lázaro.

- Bom, se ele quer destruir Lúcifer, me poupa o trabalho – fala Menadel.

- Só que ele não quer o inferno de teu irmão, ele quer criar seu próprio inferno, destruir Lúcifer, os humanos e o paraíso – diz Lázaro.

Menadel olha para Lázaro espantado.

- Boa sorte meu amigo – diz Lázaro.

Ao terminar de falar Lázaro desaparece. Menadel fica intrigado vesti-se e vai até um cemitério de padres, ao chegar fica de frente a uma catacumba, fecha os olhos e começa a balbuciar umas palavras, de repente uma voz nas trevas.

- O que você quer? – pergunta Judas o mesmo que trairá a Cristo.

- Sua cumplicidade – responde Menadel.

Um ser repugnante sai das trevas, ele tem os lábios rachados é corcunda em seu pescoço há uma queimadura, pelo fato dele ter se enforcado, tem cabelos ralo, pouco cabelo por sinal, suas unhas são nojentas, tem dentes afiados e uma calda com a ponta em forma de v, só que partida, chove um pouco; trovões e raios cruzam os céus, Judas sai cismado da escuridão; olha para os lados e senti o cheiro de Menadel.

- Para onde levaram a garota? – pergunta Menadel.

- Garota, que garota? – retruca Judas.

- O que você quer? - pergunta Menadel.

- Você gosta de me castigas – fala Judas.

- É o mínimo que posso fazer – fala Menadel rindo, que joga um chocolate para Judas.

- Agora me diga o que eu quero ouvir – diz Menadel.

- Eu não sei – responde Judas tentando abrir o bombom.

- Está mentindo - fala Menadel irritado.

- Eu juro que não sei, só sei que as coisas estão mais agitadas que o de costume – fala Judas comendo o bombom.

- Como assim? – pergunta Menadel.

- Ele está preocupado, ele está com medo – diz Judas lambendo os dedos.

- Isso não faz sentido – fala Menadel demonstrando desconfiança.

- Ouvi dizer que ele vai mandar alguém falar com você, não confie, fique sempre alerta; mas, ouça tudo, pelo bem da terra – fala Judas arregalando os olhos.

Judas entra nas sombras e desaparece.

sábado, 25 de outubro de 2008

2º parte de Menadel o proscrito de Deus



Proscrito foi a estória que eu criei para se tornar HQ, aqui está o roteiro que foi usado para a criação dos desenhos (vou colocar ao longo das semanas trechos da primeira estória, caso queiram conhecer os desenhos bastar ir no blog: http://menadelproscrito.blogspot.com/

2º PARTE:


Menadel volta para casa, ele pode mudar sua aparência para uma aparência humana é assim que ele se esconde do mundo, por vários séculos. Menadel mora só, num apartamento que é protegido contra demônios por dizeres sagrados em sânscrito: “E dos portões do éden, se via um mundo violado; por homens e Malk’s decaídos; ninguém, se não os servos de Deus entrarão pelas portas do éden, onde as espadas da justiça reinam”.
Ao longo dos séculos Menadel, juntou relíquias, sendo; assim considerado um dos maiores colecionadores do mundo é considerado excêntrico por não deixar ninguém entrar em sua casa, vive só; em meio a suas lembranças sofridas e sua coleção de anjos de porcelana (Menadel é loco por anjos de porcelana), sua sala é recheada de peças, livros, espadas, quadros, lembranças e etc...
Ele adora vinho, fez uma espécie de dega em um de seus quartos, vinhos milenares são guardados por ele, ele tem uma sala enorme e só um quarto para descansar, nada de tv, som, em sua sala só a uma poltrona e uma mesinha onde ele coloca seu vinho e reflete sobre sua vida.
Menadel chega em casa vai direto para seu quarto, onde fica o banheiro, tira sua roupa e começa a tomar banho, sua cabeça ainda sangra um pouco. Menadel é metade anjo, metade homem, ao ter uma de suas asas cortadas, passou a sentir dor, mais que a dor dos homens, sangra e apesar de ter vários séculos nas costas, pode ser morto se tiver seu coração perfurado por balas ou uma das espadas dos anjos ou demônios; ou ainda, ter sua cabeça decapitada; sua cura é mais rápida que a dos homens em minutos pode se curar, dependendo do grau da lesão.

No chuveiro, Menadel começa a chorar e a se lamentar.

- Até quando!? Até quando não falaras comigo!? – Menadel fala aos prantos.

Sua forma de anjo vem átona, ele toca em seu abdômen, onde sente uma de suas cicatrizes, Menadel tem duas cicatrizes uma no abdômen direito e a outra fica onde outrora fora sua asa, ele cai ao chão e chora. Recomposto Menadel coloca seu roupão, vai para sua sala com um copo de vinho, senta-se e começa a se lembrar de como perdeu sua asa.
Caim está cuidando de suas ovelhas, quando olha para os céus e vê uma bola de fogo rasgando o céu e ao cair ao chão uma grande explosão e um grande estrondo; são ouvidos, Caim vai, em direção do local da queda; suas ovelhas fugiram desgarradas, quando chega a uma grande cratera a poeira se dispersa e para sua surpresa dentro da cratera há um anjo nu, só com uma asa; é Menadel, que começa a falar em sânscrito atordoado pela queda.

- A língua dos anjos; Deus seja louvado! – diz Caim ajoelhando-se.

Caim leva Menadel para sua casa, cuida de suas feridas e o alimenta, Menadel passa sete dias e sete noites ardendo em febre, ele sente todo seu corpo queimar.

- Onde estou? – pergunta Menadel.

- Está em casa – responde Caim, que está com um pano quente colocando na testa de Menadel para baixar a febre.

- Aqui não é minha casa – fala Menadel.

- Agora o é... – retruca Caim.

- Deus mandou-me cuidar de você, até que esteja pronto – fala Caim.

- Deus não me ama... – responde Menadel com um semblante triste.

- Se não oh ama-se; o teria deixado viver? – responde Caim.

- Porque meu corpo doe tanto? – pergunta Menadel.

- Descanse Menadel, você agora é metade homem, você sangra – responde Caim.

Menadel adormece e começa a sonhar com tudo o que aconteceu para ele ser expulso do céu.
Os céus estão na cor de sangue, uma luta feroz é travada entre dois anjos, são eles Menadel e seu irmão Lúcifer, Menadel e Lúcifer foram criados para guardar as portas dos céus, Lúcifer fica no lado direito do trono de Deus e Menadel no lado esquerdo, Lúcifer tem seus cabelos loiro olhos azuis é o mais belo anjo dos céus, Menadel seu irmão tem os cabelos negros e olhos azuis, ambos seguram as espadas da justiça, Lúcifer com a mão direita e Menadel com a mão esquerda, eles são os maiores anjos nos céus; mas, Lúcifer trai Deus e Menadel é incumbido de destruí-lo.

- Não destronarás meu Deus, Lúcifer! – Grita Menadel.

- Deus! Ele não se importa com suas criaturas celestiais, eu só abrir os olhos da mulher – diz Lúcifer.

- Você ousa blasfemar contra o senhor teu Deus – Menadel fala brandindo sua espada contra a de Lúcifer.

Eles voam loucamente pelos céus proferindo golpes e mais golpes violentos, fazendo sair fogo de suas espadas.

- Venha comigo irmão e juntos criaremos nosso próprio paraíso! – fala Lúcifer defendendo-se dos golpes de Menadel.

- Só Deus, Lúcifer; pode criar, você só fará uma copia mal feita – responde Menadel.

- Você sempre teve inveja de mim Malk! – diz Lúcifer.

- Eu sempre te amei irmão; sempre te admirei – responde Menadel.

Menadel da um golpe rápido decepa a mão de Lúcifer e corta seu peito num golpe reverso, Lúcifer cai gritando e segurando o braço cortado, Menadel vem e pisa na cabeça de Lúcifer.
Lúcifer está caído, Menadel ergue sua espada e olha nos olhos do irmão, ao ver o semblante de Lúcifer Menadel se compadece, Lúcifer está com um olhar fraternal.

- Ajude-me irmão... – suplica Lúcifer.

- Deixe-me fugir irmão – insiste Lúcifer.

Menadel enche seus olhos de compaixão, larga sua espada fica de joelhos de costas para Lúcifer.

- Não posso! Não posso matar meu irmão! – grita Menadel.

Menadel clama a Deus.

- O que me incumbistes de fazer, não poderei selar! – clama Menadel com o rosto no chão.

Aproveitando-se disso Lúcifer levanta-se, pega a espada de Menadel e corta-lhe a asa esquerda, Manadel se ergue e nesse momento tem suas costas perfuradas, chegando a varar até seu abdômen no lado direito, Menadel cai de frente para Lúcifer.

- Seus lacaios são fracos! Farei um exercito mil vezes maior que o teu, atormentarei teus humanos, as trevas são meu lar e de meu trono verei tu sucumbires! – grita Lúcifer.

Menadel está caído no chão e sangrando o sangue dos anjos nunca tinha sido derramando antes no céu, o sangue dos anjos é na cor azul, Lúcifer segura pelos cabelos de Menadel e diz:

- Este lacaio que te serve, será o primeiro a sentir minha cólera – continua a gritar Lúcifer.

Quando Lúcifer se prepara para matar Menadel, Miguel; o anjo guerreiro vem em seu socorro, arremessa sua lança que vara o ombro de Lúcifer, este foge e é ajudado por outros anjos renegados. Miguel chega até Menadel o olha e chora por ele.

- Ajude-me Miguel – fala Menadel quase que num sussurro.

Miguel o olha com compaixão, fecha os olhos por uns instantes e fala:

- Não vim aqui para te ajudar, vim para te condenar, não fizestes o que te foi ordenado, por isso serás banido dos céus e se sobreviveres, terás que rodar os quatro cantos do mundo, até que as profecias sejam cumpridas, viveras junto dos homens; mas não serás um deles por completo; teu sangue será vermelho sentiras fome como os homens sentem, tuas dores serão em dobro a dos homens, serás imortal, até que tenhas o coração perfurado ou a cabeça decapitada de teu corpo.
Te, será negada a voz de Deus, não serás lembrando nas escrituras que estão por vir, anônimo no mundo, até que se cumpra tudo, mas lembre-se, quando o sangue do nazareno tocar o chão, empunharas a arma que o matou e protegerás os homens, até que tenhas graças aos olhos de Deus novamente. – falou Miguel, com uma voz serena.

- Vai Menadel; proscrito de Deus... – fala Miguel com um semblante triste.


(continua...)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Menadel o anjo banido



Proscrito foi a estória que eu criei para se tornar HQ, aqui está o roteiro que foi usado para a criação dos desenhos (vou colocar ao longo das semanas trechos da primeira estória, caso queiram conhecer os desenhos bastar ir no blog: http://menadelproscrito.blogspot.com/

Proscritos


Gênesis dos anjos



... E Deus fez o homem sua imagem e semelhança no sexto dia...


... No oitavo dia estava Deus a passear e admirar toda sua criação, tomado de comoção Deus chorou e de suas lágrimas nasceram os anjos, para que guardassem o éden, os céus...

...E protegessem os homens...

Não digas em teu coração: Quem subira ao céu?
Ou: Quem descerá ao abismo?
Rom.10: 6-7

1º PARTE:


Chove muito, à noite é toda trevas, um cheiro de pecado paira no ar incensando toda à noite, neblinas recheadas de maldade circulam livremente entrando e saindo de becos sujos de repente! Num beco sombrio e fétido...

- Quem é você? – pergunta um ser meio homem, meio besta, é um demônio da dinastia de Lucius, um dos doze guardiões do inferno.

O demônio está caído no chão, ferido e quase sem forças para falar, mas em seus olhos é refletida a imagem da redenção, Menadel é seu nome, um anjo que foi banido do céu por desobedecer, por não ter cumprido sua ordem, por não ter matado, seu irmão.
Menadel abre sua única asa, lança seu, sobretudo para trás, pega seu punhal que foi forjado a partir da lança do destino e o coloca junto ao pescoço do demônio que reflete seu rosto desfigurado e cheio de caroços.

- Eu?! Eu sou mais velho que o cristianismo – diz Menadel apertando com a lamina a garganta do demônio.

- Você tem uma chance de continuar respirando – fala Menadel com a boca junto ao ouvido do demônio, que se urina todo.

- Não me mate!! Não me mate!! – diz o demônio sussurrando de pavor.

- Então me conte o que vocês querem com a garota? – Menadel pergunta.

- Não posso, ele vê tud-oo, ele sabe tu-ddo!! – responde o demônio chorando sangue.

Menadel pressiona ainda mais seu punhal contra a garganta do demônio que começa a sangrar.

- Diga a Lucius que eu mandei lembranças – fala Menadel franzindo a testa.

- Ele não sabe de nada!! – responde o demônio.

Essa afirmação deixa Menadel surpreso que olha para o demônio e pergunta:

- Vou te perguntar mais uma vez, se não me satisfizer com sua resposta... – Fala Menadel.

- O que está acontecendo? – pergunta Menadel demonstrando ainda mais raiva.

- Abadel! Só posso lhe dizer isso – fala o demônio que só em pronunciar o nome de Abadel fica desconcertado.

- Diga a Zembi que quem te mandou de volta para o inferno foi Menadel – diz Menadel.

O demônio começa a se debater e a gritar com um semblante de terror.

- Não! Por favor! Você não entende! Ela abrira o portal - grita o demônio em pranto.

- Para que? Diga! – pergunta Menadel demonstrando curiosidade.

- Ele vai me destruir! Ele vai me matar! – grita o demônio esperneando.

- Você já está morto verme... – diz Menadel sussurrando em seu ouvido.

Nesse exato momento, Menadel corta a garganta do demônio com tamanha força que o decapita, tocando a lamina do punhal contra o recipiente de lixo que se encontra entre eles.

Menadel se pergunta - o que estará acontecendo no mundo dos mortos, se Lucius não o mandou, a quem ele serve?

Menadel levanta-se e começa a relembrar o que tinha acontecido minutos antes. Ele está pulando por sobre prédios quando escuta um único grito, logo ele segue para a direção do som e vê uma mulher sendo esfaqueada por cinco homens e um sexto que segura uma garotinha, Menadel vai ao socorro da mulher, ele percebe que os homens estão possuídos por demônios, são tatuados com símbolos do exército de Lucius e Zembi, dois dos doze generais que guardam as portas do inferno.
Menadel pula na frente dos demônios e cai com uma das mãos no chão e um joelho dobrado de cabeça baixa; ele fala aos demônios:

- A noite está ótima para se atingir a redenção – Menadel.

- Dane-se lacaio! – grita um dos demônios.

Os demônios largam o corpo da mulher que cai sem vida e vão, em direção de Menadel, nesse momento Menadel saca de seu punhal e numa fração de segundos, pula por sobra eles tendo decepado a cabeça de um dos demônios, que cai no chão, eles olham-se e sacam pistolas, começando a atirar em direção de Menadel que se esquiva das balas atirando-se ao chão, puxando ao mesmo tempo da parte de traz de seu cinto, crucifixos com pontas afiadas que são jogados, cravando no peito de dois demônios, os crucifixos estão cheios da água benta e um pouco de explosivos, que detona quando entram em contado com algo sólido. Os demônios explodem e se dissolvem, ficando os corpos dos homens queimados e sem vida.
Menadel pula em cima dos dois restantes, decapitando a mão de um deles que segura a arma e num golpe rápido, rasga a barriga do mesmo, chuta o rosto do outro, caindo no chão sem sua arma.
Menadel vai, em direção do outro demônio que assistia tudo com a garota em sua posse, nesse momento, o demônio que fora golpeado por ele levanta-se e o atinge com uma barra de ferro, Menadel cai e percebe que não conseguira salvar a garota que é arrastada para dentro de um carro que surge no meio do nevoeiro.
Menadel levanta-se, meche o pescoço e começa a golpear o demônio que o atingiu na cabeça, não se sabe se Menadel está com raiva por causa de sua cabeça que sangra ou pelo fato da garota ter sido seqüestrada, são muitos golpes, um ser humano não resistiria.
O demônio não agüenta mais, levanta sua mão em tom de clemência, ele está caído, se arrasta até um recipiente de lixo onde escora seu corpo cheio de hematomas.

- Quem é você...

Menadel torna a se, vai, em direção ao corpo da mulher, tira sua bíblia, faz o sinal da cruz e reza em sânscrito que é a língua dos anjos.


(continua..)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Mais um crônica para vocês



Intolerância a tolerância


Por quê?
Jeito estranho de começar uma crônica não?
A intolerância; acho eu, em minha curta existência é um dos maiores cânceres que a humanidade pôde cultivar ao longo dos séculos, sempre nos chocamos quando assistimos algum conflito étnico, guerras tão nobres por motivos tão fúteis, se nos chocamos tanto com manifestações de intolerância no mundo porquê somos tão tolerantes com a corrupção brasileira? Eu explico, calma! Não precisa ser intolerante com esse humilde cronista.
O povo brasileiro tem a mania de ficar indignado com casos de corrupção que circulam nos principais meios de comunicação, só que me vem uma lembrança e olha que é raro lembrar de alguma coisa no país do esquecimento onde o povo elege políticos expulsos e deixam como suplentes políticos que gastam dinheiro com mensalinhos, perdão pela franqueza, mas voltando ao assunto, a pesquisa dizia que o brasileiro não gostava e se indignava com a corrupção, mas se o político fizesse algo de bom em seu mandato tolerávamos seus desvios, isso é certo eu pergunto? É certo ter a consciência de que todos roubam, por isso vou votar no “menos pior”, daqui a dois anos teremos novas eleições e se nossa consciência não mudar, se não fizermos as pessoas que pensão desse jeito mudarem, pelo menos mostrar a elas que não é bem assim, “nada de intolerância”, você não pode impor suas verdades a ninguém apenas mostrar que a formas diferentes de pensar e que o comodismo nos leva a um lugar ruim.
Acho que a única forma que a intolerância pode ser usada como um instrumento benigno é quando aplicada contra a tolerância que temos a pessoas ligadas a política que roubam mais fazem, é só uma opinião.
Por favor, meus queridos não sejam tolerantes com corruptos e corruptores, lembrem-se que eles podem até fazer alguma coisa, mas isso não os dignifica, pois roubo e o mais importante, quem desvia dinheiro público, nosso dinheiro diga-se de passagem, é um genocida em potencial, tentem lembrar que as próximas eleições estão mais perto que longe e que não adianta fazer cara feia quando aparece um político corrupto, temos que fazer mais que ficar indignados, temos que criar consciência política para nós e nosso filhos, sei que é chato falar de política, ler sobre política..., Mas se você se abster, Brasília agradece.
M.Martins.

Ano da graça 17 de novembro de 2006.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Crônicas de um cronistas desempregado



Essa crônica fiz há algum tempo quando ouve um escândalo religioso, vale a pena ler.


Que saudades dos tempos de Ananias


Depois de ver, ler, ouvir e até comentar sobre esse novo escândalo contra a fé das pessoas (se é que posso comentar esse tema tão complicado), pude perceber como as coisas mudaram com relação a pedidos para Deus, antes ofereciam carneiros, óleos em holocaustos, hoje é bem diferente mais moderno, mais atual, oferecem maquinas debitadoras de cartões de crédito. Como o povo tem se apegado loucamente, desesperadamente e porque não cegamente a deus, pois o que tenho observado é assustador, pessoas abusando da fé se baseando no artigo da bíblia (perdão pelo trocadilho), o que fala que devemos dar 10% de tudo o que ganhamos para a obra do senhor, eu pergunto que senhor? Poucos devem saber que na mesma bíblia que pede o tal dos 10% também fala que se você não tiver condições, repito, “NÃO TIVER CONDIÇÕES” pode falar com seu líder religioso e pedir um abatimento, agora pergunto por que ninguém menciona isso nas escrituras em seus sermões? Isso me faz lembrar de Brasília os nossos queridos parlamentares que querem porque querem o teto máximo para seus salários, o mínimo fica para os pobres mesmo.
Conheci um cara na época do colegial que tinha uma avó que doava quase seu salário inteiro para uma determinada religião para poder comprar um espaço no céu, só que a dita senhora ganhava muito bem diga-se de passagem, logo pensei ferrou tudo, quando morremos teremos que morar de aluguel no céu (se é que eu vou pra lá), pois a mulher terá comprado tudo.
Muitas vezes nós achamos que Deus é uma pessoa que barganha um pouco de sua atenção por dinheiro, estamos tão enganados, mas o desespero fala mais alto e nos enganamos com promessas, com palavras bonitas ditas na hora certa que nós soa tão bem, o engraçado é que Jesus seu filho andava muitas vezes a pé, no máximo de burro e o que vemos é lideres religiosos de helicópteros, carrões e etc...
É meu Deus que saudades dos tempos de Ananias, se você não sabe quem foi Ananias então eu recomendo que leiam no novo testamento atos 5: 1-2 (capitulo 5, versículo 1 até o 12) e saibam que foi esse homem, e percebam esse tempo maravilhoso da justiça divina.

M.Martins.
24/jan/2007.