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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

4º parte de Menadel



Proscrito foi a estória que eu criei para se tornar HQ, aqui está o roteiro que foi usado para a criação dos desenhos (vou colocar ao longo das semanas trechos da primeira estória, caso queiram conhecer os desenhos bastar ir no blog: http://menadelproscrito.blogspot.com/

4º PARTE:



Menadel entra numa cafeteria, usando sua forma humana e começa a comer, quando chega uma mulher, ela se chama Mary, foi enviada por Lúcifer para falar com Menadel, ele come de cabeça baixa quando ela chega.

- Posso sentar? – pergunta Mary.

- A outros lugares – fala Menadel, ainda de cabeça baixa, demonstrando pouco interesse.

- Por isso foi expulso, não tem bons modos – fala Mary.

- O que ele quer? – pergunta Menadel.

Mary senta-se, pede um prato e começa a comer, Menadel espera-a falar; nada, então, ele levanta a cabeça e fala:

- Você veio aqui para comer? – pergunta Menadel.

- Não, mas de que adianta estar viva e não poder comer – responde a mulher com a boca cheia.

Menadel olha para ela e pede a conta.

- Ele quer trégua, quer fazer uma aliança – fala Mary.

Quando Menadel se prepara para levantar, Mary continua.

- A criança é muito especial, sua mãe foi estupra por dez demônios, ela é filha dos dez, Abadel deu de seu sangue para ela beber ela é muito, muito especial, pode ver através de você, sabe quem é anjo e demônio, seus olhos não serve, mas; ela enxerga com o coração.

- Demônios não podem ter filhos, nem se estiverem possuindo o corpo de algum humano, como você me explica isso? - pergunta Menadel.

- Eles eram como você, só possuem uma asa – responde Mary.

- O que Lúcifer quer especificamente comigo – pergunta Menadel demonstrando preocupação.

- A criança não pode morrer – responde Mary.

- Porque ele mesmo não faz o serviço? – pergunta Menadel olhando nos olhos de Mary.

- Porque o céu e o inferno podem confiar em você – responde Mary com o semblante sério.

Menadel levanta-se.

- Aonde você vai? – pergunta Mary.

- Rever um velho amigo – responde Menadel.

Eles tomam um táxi, chegam a uma casa velha de construção européia, Menadel bate na porta, que logo em seguida abre-se e um homem com cabelos brancos de barba se apresenta, o homem aparenta ter mais de 60 anos, só que ele possui um olhar jovial.
O homem olha nos olhos de Menadel com um semblante sério, por uns instantes fica uma tenção no ar que logo é quebrada com um abraço caloroso dos dois. O homem se chama Sebastian, foi salvo por Menadel há muito tempo.

- Quanto tampo Malk – fala sebastian.

- Preciso de sua ajuda – diz Menadel.

- Entre – fala sebastian.

- Não estou só – diz Menadel, que olha para Mary, que esta logo atrás dele.

Eles entram e sebastian fica olhando Mary, eles sentam-se e sebastian continua olhando Mary que se interte olhado a casa de Sebastian, lá tem vários livros na estante intermináveis e antes que Menadel fale sebastian fala com Mary:

- Qual o seu nome filha?

- Mary – responde Mary.

- Nomes tão iguais, vidas tão diferentes – retruca sebastian.

- Posso tocar suas mão? – pergunta Sebastian.

Mary olha intrigada, entretanto da as mãos para sebastian, que logo entra em estado de transe, sebastian vê toda a vida de Mary, ela chorando, o namorado indo embora ao saber de sua gravidez, ela tomando veneno, caindo morta no chão e um demônio pegando ela e desaparecendo, suas ordens no inferno, tudo sobra a garotinha, Mary vê tudo simultaneamente, larga as mãos de sebastian e começa a chorar, Menadel assiste tudo sem dar uma palavra.
Sebastian foi um padre da ordem franciscana que foi expulso por suas teorias denominadas, ante-católicas; sebastian levanta-se, pega um conhaque e de costas começa a falar.

- Malk, inicia-se outra batalha dentro da guerra que já dura, milênios – fala sebastian olha para Menadel.

- Abadel usará a criança para criar um inferno ainda mais perverso que o do seu irmão, um inferno na terra, o sangue da criança não pode ser derramando do contrario os seguidores de Abadel se materializarão na terra do maior ao menor lacaio, há um exército de 100 milhões esperando para serem libertados, você tem que salvar a criança, para poder salvar... O mundo – fala sebastian com um semblante sereno.

- Ela se chama Raquel – diz Mary se recuperando de suas lágrimas.

- Leve-a com você, talvez ainda haja esperança para sua alma – diz sebastian olha para Mary.

Sebastian da as chaves de seu carro para Menadel. Menadel e Mary entram no carro e seguem em direção de uma biblioteca é lá onde Raquel está mantida, para ser sacrificada.

- Tem certeza que a levaram para lá – pergunta Menadel.

- Sim, a biblioteca é uma fachada para rituais satânicos, a humanos envolvidos, eles se chamam democracia negra, são pessoas perigosas que farão de tudo para terem um pedaço do inferno, temos duas horas para impedir, quando o relógio soar meia noite de hoje, Raquel será oferecida em sacrifício, seu sangue abrira os portões do inferno, fazendo com que Abadel tenha domínio sobre os portões, isso não pode acontecer – fala Mary.

Mary está curiosa sobre sebastian; então, pergunta a Menadel quem é ele.

- O que sebastian fez comigo? – pergunta Mary esfregando as mãos.

- Dividiu sua culpa com ele – responde Menadel.

- Como vocês se conheceram? – pergunta Mary.

- Bom, quando sebastian foi excomungado, ele foi deixado para morrer, eu o achei, ele estava muito fraco o crucificaram de cabeça para baixo e ele estava com os pulsos cortados – Fala Menadel.

- Então ele é um suicida? – pergunta Mary.

- Não, ele foi obrigado a cortar seus pulsos e foi deixado para morrer, para que sua alma não fosse salva – responde Menadel.

- Quem fez isso com ele? – pergunta Mary ainda mais curiosa.

- O catolicismo... – responde Menadel.

- Eu não acredito nisso – fala Mary.

- Sabe, na época da inquisição se um padre aparecesse dizendo que Deus não existe e que os homens criaram Deus para justificar suas maldades, ele não seria bem quisto, seria? – diz Menadel.

- Mas como ele pode estar vivo todo esse tempo? – pergunta Mary.

- Eu dei um pouco de meu sangue a ele – reponde Menadel, olhando fixo para estrada.

Por uns instantes se faz silêncio; que logo é quebrado por Mary.

- É verdade que você viu Cristo? – pergunta Mary ansiosa por uma resposta.

- É... – responde Menadel, secamente.

- E como ele era? – pergunta mais uma vez Mary.

Menadel olha para Mary por uns estantes, desvia o rosto voltando os olhos para estrada e responde a pergunta da mulher.

- Como eu ou você, só que diferente – responde Menadel.

Nesse exato momento gritos são ouvidos, vindos do céu.

- O que foi isso? – pergunta Mary.

- Acho que não estamos sós – responde Menadel.

Dois Demônios alados rasgam os céus com suas lanças, estão logo atrás do carro, um deles desce num vôo rasante e arranha o teto do carro o outro joga a lança que pega no capo do carro no banco traseiro no lado de Manadel, o mesmo demônio para alguns metros à frente do carro e saca seu machado por traz das costas, fica em posição de luta pronto para atingir o carro. Menadel olha para Mary...

- Pule! – grita Menadel.

Menadel e Mary pulam do carro e o demônio atinge o mesmo com um golpe certeiro, bem no meio do motor do carro; tamanha é a violência do golpe que vara o carro tocando a lamina do machado no asfalto.
Mary cai rolando no chão e Menadel pula imponente da um giro no ar e cai com uma das mãos no chão, de joelho; sua outra mão já está no punhal, Menadel levanta e vai correndo em direção do demônio os dois lutam com voracidade. Mary levanta-se tem seus próprios problemas, vem em sua direção um demônio alado, com sua lança em posição de combate, Mary desvia do demônio, saca de seu punhal (que se encontra em suas costas), numa fração de segundos e corta uma de suas asas, o demônio perde altura e cai, Menadel nesse momento está desviando das machadadas que o demônio lhe proferi, Mary corre chuta a cabeça do demônio, que ela mesma derrubou, de seus sapatos saem lâminas que perfuram o crânio do demônio o matando, Mary corre e pula nas costa do demônio que está lutando com Menadel e corta sua garganta, Menadel aproveita e enfia seu punhal no coração do mesmo.

- Nada mal para uma suicida – fala Menadel.

- Vamos; banido – retruca Mary, respondendo a altura o sarcasmo de Menadel.

Eles começam a correr pela estrada.

- Não vamos chegar a tempo – fala Mary.

- Olhe ali tem um bar com motos – diz Menadel.

É um bar de motoqueiros, eles começam a escolher uma moto, um motoqueiro percebe e logo chama os outros que saem do bar.

- Hei cara! Cai fora! – grita um motoqueiro.

- Que bom que você chegou, assim posso usar sua moto – responde Menadel.

- Você vai usar minhas botas na tua cara, seu imbecil! – fala o motoqueiro.

Menadel olha nos olhos do motoqueiro com um semblante hostil.

- Bom, se você não me der suas chaves; minha amiga aqui vai ficar muito chateada e terá que quebrar tua cara e a de teus amigos – diz Menadel apontando o polegar para Mary que o olha sem acreditar que ele disse aquilo.

Todos o motoqueiros riem, são numa faixa de dez, Menadel olha para Mary e diz...

- Só não os mate – fala Menadel com um ar de riso.

Mary vai andando em direção dos motoqueiros e começa a atingi-los, são golpes no peito, nos rosto, nas genitálias, vai derrubando um por um, até chegar perto do que eles querem as chaves.

- Se me der às chaves, não quebro seu nariz – fala Mary com um olhar sereno.

O motoqueiro lhe da as chaves tremendo.

- Obrigada – diz Mary com um sorriso no rosto.

Mary pega as chaves e da um morro no rosto do motoqueiro que cai, com as mãos no rosto.

- Você disse que não ia me bater – fala o motoqueiro se contorcendo de dor.

- Eu menti – responde Mary dando as costas para o motoqueiro.

Mary chega bem perto de Manadel, quase toca seus lábios nos dele, o olha de baixo para cima mostrando um ar de superioridade e sensualidade.

- Agora, eu dirijo – fala Mary.

Eles sobem na moto e vão, em direção da biblioteca, Mary começa uma conversa com Menadel em cima da moto.

- Sabe, falam muito de você no inferno, o temem e o admiram – fala Mary.

- Está tentando me unir a você – pergunta Menadel.

- Não, só estou dizendo que seu irmão o respeita – responde Mary.

- O inferno é um bom lugar para se morar? – pergunta Menadel com um certo cinismo.

- Não... – responde Mary triste.

- Você pode ma ajudar? – pergunta Mary.

- Sinto muito – responde Menadel.

- Mas você é um anjo e anjos falam com Deus – diz Mary.

- Ele não fala comigo, faz muito tempo – fala Menadel com uma melancolia no falar.

- Então é verdade, tudo o que contam de você no inferno, tenho pena de você – fala Mary demonstrando sinceridade em sua foz.

Menadel entristece o olhar e não fala mais nada.

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