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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Uma boa leitura para começar o ano



Santuários do Vampiro - O Renascimento

De Jorge Silva


Nos subterrâneos da região central do Rio de Janeiro, há um templo religioso centenário que não faz parte do cotidiano da cidade, mas sim do roteiro de destruição da vida ali por demônios, liderados por Valérius, que deseja dominar o Brasil a partir da escravidão de membros da Igreja. A imprensa carioca não perde tempo com alguma investigação sobre demônios em atuação na Cidade Baixa (o subterrâneo do centro do Rio de Janeiro) até o momento em que câmeras de segurança flagram cenas muito estranhas à noite, na área do cais do porto, quando algumas pessoas, ou demônios alados ensaiam ataques a pedestres. O jornal sensacionalista Foco News, na representação de Alice - a jornalista sem ética -, rastreia parte dos mistérios da Cidade Baixa. Agora, há uma boa história para vender muitos jornais. Alice Costa, que sonha brilhar em colunas sociais, vê-se muito perto de ser uma celebridade a partir de escandalosas reportagens. Na redação do jornal O Estado, a jornalista Lisa Carvalho, profissional com ética, investiga uma série de crimes, supostos ataques de um serial-killer em atuação no Rio de Janeiro. Lisa não associa os assassinatos a algum demônio ou algo do gênero, nem tem motivos para acreditar em vampiros. Os assassinatos em série crescem, atingindo mais e mais mulheres indefesas, mendigos e prostitutas no Rio de Janeiro. Até a polícia não escapa dos ataques. Policiais desaparecem sem deixar rastros. Embora vampiros atuem nesse cenário, outro demônio, expulso da Igreja, e inimigo dos vampiros é responsável por vários desses crimes. A caçada está apenas no início. Em Santuários do Vampiro, o renascimento, primeiro volume de uma série, a bela Julieta surge como uma arma do Vaticano contra os demônios. Mas Ulisses, descendente de caçadores de demônios, entra no caminho de Julieta, uma possível vítima de religiosos mal intencionados.

Santuários do Vampiro - O Renascimento #1 - Jorge Silva

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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um sonho que se realiza!!!


Bom dia, boa tarde, boa noite e ótimo Natal!!!


Amigos chegou ontem a minha casa o livro prova para eu dar uma lida e ver se está tudo ok. Gostaria de compartilhar com vocês a imagem da capa, feita por um amigo meu. Em breve, mais novidades.

Abraços!


O Lado AVesso - Nornes, o Mago


Hoje faz 10 anos que tive uma puta depressão e sobrevivi. A vida me deu uma surra, mas estou de pé e pronto para a briga com Bane (vilão que quase matou o Batman), mas ele não vai quebrar minha espinha, como vez com o cavaleiro das trevas. O que aprendi com tudo isso? (porque sempre temos que aprender algo, quando algo de ruim acontece com a gente? Acho que é o lance da evolução). Bom, aprendi que você pode sobrevier se realmente lutar por você e de quebra, consegui escrever meu primeiro livro: Poemas Suicidas – Diário de um Moribundo (meu primeiro romance), que acabou sendo um presente para mim, um mórbido presente, eu sei. Mas, me vez enveredar por esse universo fascinante da escrita. E em 2012, vou conseguir realizar um sonho, vou lançar meu primeiro livro por uma editora, não o primeiro que escrevi, mas o primeiro de fantasia que escrevi. E qual o diferencial dele, você deve estar se perguntando? Eu respondo. Você já viu um curupira montado num dragão alado?

Aguarde! 2012 promete!

Abraços virtuais!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal!


“O Natal! A própria palavra enche nossos corações de alegria. Não importa quanto temamos as pressas, as listas de presentes natalícios e as felicitações que nos fiquem por fazer. Quando chega no dia de Natal, vem-nos o mesmo calor que sentíamos quando éramos meninos, o mesmo calor que envolve nosso coração e nosso lar.”

Joan Winmill Brown.

Tenham todos um maravilhoso Natal e um coração de criança!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mais tempo

Mais Tempo
(Marcos Hernique)


Os tempos que perco não me consolam;


Os dias que passo a exercitar a arte esquecida do verdadeiro poetar não me revigoram mais que, um dia sem sol.

As coisas que peço são só minhas e mais nada. Tudo o que sei é só meu e mais nada.

Por mais enigmática que possa ser minha poesia, não o é; eu garanto.

O que posso dizer de mim, se só me enxergam por fora, se não me tocam, se não sou eu que escrevo e sim o reflexo do que o mundo me ensina.

Deixo para os filósofos, os estudiosos e os desocupados que percam tempo tentando entender meu escrever falso, meu poetar fictício, porque a única verdade que existe na mais alta plenitude do poetar é que, a vida se esvai, a tinta borra e os poetas estão presos.

Não perco tempo em me explicar, mas não canso de perder tempo em viver.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Rabiscos de um possível livro que começo a escrever (ainda Sem um título definido)



"Acordar e não saber se ainda está dormindo é o pior inferno para alguém".



Capitulo I


O rádio-relógio marca 09h30 da manhã, é a primeira coisa que vejo, quando abro meus olhos, aquele rádio-relógio preto do meu lado, me olha como se me conhecesse há séculos. Não lembro de nada e, não é só de ontem, ou do ontem, ou sei lá o que, não lembro de absolutamente nada. É como se tivesse acabado de nascer neste exato momento e meu corpo doe, doe muito, meus olhos ardem, também. Apenas um nome vem a minha cabeça – Maria – sei que não é meu nome, pois toco em mim e percebo que tenho um pênis. 09h33 da manhã continuo sem saber quem eu sou, fecho os olhos, torno a abri-los, 10h01 da manhã, agora. Quanto tempo fiquei apagado e nem percebi? O que está acontecendo aqui? Penso em levantar, fico temeroso, a melhor coisa a fazer, por agora, é continuar deitado.
Começo a vasculhar, com os cantos dos olhos, procurando alguma referência, algo com que possa me identificar me situar nessa situação. Nada.
Qual o dia da semana? Que mês será? O Ano, que ano deve ser? Quantos anos tenho? Qual o meu nome? Só agora que me dou conta que não conheço minha face. Torno a procurar com meus olhos, busco algo que possa refletir meu rosto. Nada.
Será que sei falar? Que língua devo falar? Que palavra devo tentar pronunciar primeiro? Nunca imaginei que seria tão difícil tomar uma decisão tão simples. Que inferno! Será que estou nele? Não, não, aqui não é tão quente. Mas será que é quente lá no inferno?
Volto a percorrer com os olhos, procuro enxergar ao máximo o que der, vejo coisas sem muita nitidez, não sei se devo levantar a cabeça. 10h15.

- Mãe!
Continua...

domingo, 18 de dezembro de 2011

Meu conto completo "Mortos"



"A morte sempre sopra no ouvi dos vivos antes de matar o corpo..."

Era um dia lindo, crianças nascendo, noivas casando, batizados, muitos batizados e risos de alegria.

Mas como sempre existe um “Mas” em tudo, Nem tudo era perfeito.

- Não posso fazer mais nada, tudo está acabado.

O rapaz toma o maior número possível de comprimidos, engoli tudo e se deita em sua cama, com uma linda colcha cor de sangue vivo, minutos depois começa a se contorcer e a babar e, como quem tenta falar alguma coisa depois de cair com as costas ao chão, ele fica se esticando todo, olhando para o teto do quarto até seus olhos não apresentarem mais vida. Está morto. E por uns instantes tudo é escuridão absoluta e calmaria, mas na vida sempre vão existir os “Mas” e na morte também.

- Onde eu estou? - Pergunta o rapaz conseguindo sair de sua escuridão.

- Você não está nem no céu, nem no inferno – responde o ser meu homem meio animal alado.

- Quem é você? E o que eu estou fazendo aqui? – pergunta o rapaz meio perdido, olha para o horizonte infinito.

- Você não percebe o que aconteceu? – pergunta o ser.

- Eu estava no meu quarto e aí... Eu estou morto! É isso! Eu morri!? Achei que fosse falhar – diz o rapaz com um sorriso sombrio no rosto.

Ele não sabia, mas sua jornada só estava começando.

- E como foi meu enterro? Acho que não foi ninguém – falou.

- É você não tinha muitos amigos – disse o ser.

No céu, estavam travando uma longa batalha que já durava milênios, demônios tentavam invadir e destronar Deus. Os anjos estavam perdendo a batalha, então homens também tinham que lutar. Homens e anjos se misturavam, asas e lanças se misturavam dor e lágrimas se misturavam.

- O que terei que fazer? – perguntou o rapaz.

- Terás que lutar, para poder ficar livre – respondeu o ser.

- Mas, aqui eu sou livre, não sou? – Perguntou.

- Não, não é. Você foi convocado – disse o ser.

Convocado, mas eu estou morto e estou no céu, não posso ser convocado aqui – disse o rapaz com um espanto em seu rosto.

Então, o ser meio homem meio animal começou a lhe explicar as regras do caos.

- Você tirou sua própria vida, sua alma estará condena ao tormento eterno, Deus lhe está dando uma chance, se você lutar por ele, sua alma será salva, se não...

- Quer dizer que ou eu luto, ou vou para o inferno – interrompeu o rapaz.

- Não, você vai para um lugar pior que o inferno – respondeu o ser abrindo suas asas.

- E se eu morrer aqui? Não posso morrer aqui não é? – perguntou o rapaz.

- Sim, aqui se você for destruído, vira infinito, vira poeira, se junta ao nada, ao caos – respondeu o ser com um brilho no olhar.

- E como se mata o que já está morto? – perguntou o rapaz.

- Aqui nesse instante você não está vivo, você acha que esse é seu corpo, que está com essas roupas, que agora está respirando. Tudo está em sua mente.

O rapaz ficou intrigado e com medo, apertou as mãos e perguntou ao ser.

- Então quer dizer que se deceparem minha cabeça viro nada – falou o rapaz com a voz tremula.

- Sim – respondeu o ser.

E nesse momento um clarão se formou, um estrondo cortou o céu e as nuvens ficaram da cor de sangue, ouvia-se choro de crianças, mulheres gritando e gritos horríveis de agonia e tormento, o rapaz sentiu um calafrio e o medo lhe paralisou todo o corpo.

Bestas aladas rasgavam as nuvens, uma carruagem com cavalos em chamas corria por sobre as nuvens, eram guiados por uma besta metade homem, metade pássaro de olhos negros e mortos, ele erguia a mão e de súbito uma legião de demônios, com seios de mulheres e genitálias masculinas, apareceram rasgando tudo e todos que estavam em seu caminho, não poupavam nem as crianças. Os anjos voavam com lanças em direção ao exercito de demônios, raios e trovões se espalhavam num barulho ensurdecedor. O paraíso estava em guerra.

Onde o jovem se encontrava era belo, flores perfumavam o lugar, árvores enormes davam sua graça, cachoeiras com águas cristalinas, rios cheio de vida, De repente, ele olha e observa que em sua direção vem uma espécie de infantaria; cavalos com cabeças pegando fogo servem de montaria para homens sem olhos, catapultas são armadas e são lançados fetos ardendo em chamas de mulheres que abortaram.

O ser pergunta ao rapaz de que lado ele pretende ficar.

Do lado da justiça – responde o rapaz.

- Então vá para o outro lado – diz o ser.

O rapaz fica espantado e lhe vem um aperto no coração.

- De que lado você luta – pergunta o rapaz.

- Do lado do ser mais puro que Deus já vez, Lúcifer! – responde o ser.

O rapaz fica atônito, não sabe o que pensar, em toda sua vida ele imaginava que o diabo era um monstro, um ser feio aos olhos humanos.

- Vejo que você não aprendeu nada, humano tolo – diz o ser com ar de superioridade.

- Esse exército de demônios que você vê, não é de meu senhor, e sim de teu Deus, ele despreza os suicidas e fetos que são abortados, eles não servem para sua vaidade – fala o ser com ódio nos olhos.

- Não! Não pode ser...! – fala o rapaz com os olhos em pranto.

- Sim! Esses seres alados que você vê; e essa infantaria que vem em nossa direção é de teu Deus – diz o ser abrindo suas asas e demonstrando imponência.

- Prefiro que corte minha cabeça, a ficar do teu lado demônio, que Deus te perdoe as ofensas e tenha piedade de tua alma – responde o rapaz erguendo o punho fechado.

- Se é assim, não tenho outra escolha - fala o ser desembainhando sua espada.

O brilho da lamina cega por alguns segundo o rapaz.

- Vai! Faz o que tem de ser feito, eu prefiro virar o nada a te seguir. – fala o rapaz abrindo os braços, aceitando assim sua sentença.

O ser não hesita, e corta-lhe a cabeça em um só golpe, caindo assim o corpo do rapaz ao chão.

O ser profere um grito medonho e sai voando, em seguida chegam ao local dois anjos.

- Chegamos tarde, o aliciador esteve aqui antes – comenta o anjo.

- Pobre homem, não teve tempo de saber a verdade, só a verdade vos libertara. – diz o outro anjo.

Na terra, outra criança acaba de nascer.

- Da próxima vez chagaremos a tempo? – pergunta o anjo ao outro.

- Não sei, mas até lá, espero que ele tenha uma vida apreciável, essa é a terceira vez que o perdemos, não podemos falhar mais – responde.

A vida sempre sobra em nossos ouvidos palavras inaudíveis, antes de nos deixar viver.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Não, não, não



Não, não, não
(Marcos Henrique)


Não me peça para ir;
Não me peça para fica;
Não me peça para existir;
Não me peça para amar.

Hoje, é o dia em que acordo de um logo sono,
De um longo sonho inquietante, de uma louca razão.

Não me peça para compor um soneto;
Não me peça para ser o que sei que sou;
Não me peça, peça a Jarbas;
Não me diga o que é o amor.

Minha cor, minha dor, meu sangue, meu eu, nada me faz bem.
Sou o acaso, o impronunciável “Zé ninguém”;
Sou apenas mais um que sonha em ter mais um dia feliz, dentro de toda essa verdade que é a vida. Tolo, poeta tolo, fingidor da poesia. Tolo, apenas tolo.

Não me peça nada;
Não me diga mais nada;
Não ria, não chore; não me olhe, não me note;
Não mais me apavore, pois sou o que você nunca conseguiu ser. Sou o que você nunca conseguiu viver.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Fragmentos de um possível soneto falso


Fragmentos de um possível soneto falso
(Marcos Henrique)


Quero poder dizer
O que todos não dizem
O que os olho omitem
Cegueira de meu ser.

Quando meu mundo começou
Me senti vivo, mas em algum momento, não sei qual, morri
Deixei de nascer como o dia, só dor
E fui para o mais profundo de meu ser

À noite em mim, não se faz mais dia
O dia por meus dedos escorregam
Sou tão ócio e dor, pecado de quem nasce sem ter o que comemorar
Noites em claro e chuva rala que cai numa constância infernal.

Quero poder revelar tudo o que te é ocultado
Mas meu tempo me proíbe e, não sei o que dizer
Tudo o que posso revelar, olhando em teu semblante
É que tudo e nada sei nessa terra de tantos olhos, mas nenhum me vê como os teus me veem.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Ùltima Parte do conto "Mortos"



- Vai! Faz o que tem de ser feito, eu prefiro virar o nada a te seguir. – fala o rapaz abrindo os braços, aceitando assim sua sentença.

O ser não hesita, e corta-lhe a cabeça em um só golpe, caindo assim o corpo do rapaz ao chão.

O ser profere um grito medonho e sai voando, em seguida chegam ao local dois anjos.

- Chegamos tarde, o aliciador esteve aqui antes – comenta o anjo.

- Pobre homem, não teve tempo de saber a verdade, só a verdade vos libertara. – diz o outro anjo.

Na terra, outra criança acaba de nascer.

- Da próxima vez chagaremos a tempo? – pergunta o anjo ao outro.

- Não sei, mas até lá, espero que ele tenha uma vida apreciável, essa é a terceira vez que o perdemos, não podemos falhar mais – responde.

A vida sempre sobra em nossos ouvidos palavras inaudíveis, antes de nos deixar viver.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Números e vida


Números e vida
(Marcos Henrique)


1,2,3. Terminei. Só os números que não terminam nunca;

4,5,6. Terminei. Só os dias que não param de fazer-me sangrar;

301,302,306. Terminei. Meus sonhos não findam; minha ânsia não se extingue;

69,666,7. Terminei de contar, mas os números continuam rumo ao infinito, rumo ao horizonte que nunca terei. Será que se eu deixar de contar os dias, poderei viver sem expectativas, sem ânsias de querer voar.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Continuação de Mortos Parte III



Onde o jovem se encontrava era belo, flores perfumavam o lugar, árvores enormes davam sua graça, cachoeiras com águas cristalinas, rios cheio de vida, De repente, ele olha e observa que em sua direção vem uma espécie de infantaria; cavalos com cabeças pegando fogo servem de montaria para homens sem olhos, catapultas são armadas e são lançados fetos ardendo em chamas de mulheres que abortaram.

O ser pergunta ao rapaz de que lado ele pretende ficar.

Do lado da justiça – responde o rapaz.

- Então vá para o outro lado – diz o ser.

O rapaz fica espantado e lhe vem um aperto no coração.

- De que lado você luta – pergunta o rapaz.

- Do lado do ser mais puro que Deus já vez, Lúcifer! – responde o ser.

O rapaz fica atônito, não sabe o que pensar, em toda sua vida ele imaginava que o diabo era um monstro, um ser feio aos olhos humanos.

- Vejo que você não aprendeu nada, humano tolo – diz o ser com ar de superioridade.

- Esse exército de demônios que você vê, não é de meu senhor, e sim de teu Deus, ele despreza os suicidas e fetos que são abortados, eles não servem para sua vaidade – fala o ser com ódio nos olhos.

- Não! Não pode ser...! – fala o rapaz com os olhos em pranto.

- Sim! Esses seres alados que você vê; e essa infantaria que vem em nossa direção é de teu Deus – diz o ser abrindo suas asas e demonstrando imponência.

- Prefiro que corte minha cabeça, a ficar do teu lado demônio, que Deus te perdoe as ofensas e tenha piedade de tua alma – responde o rapaz erguendo o punho fechado.

- Se é assim, não tenho outra escolha - fala o ser desembainhando sua espada.

O brilho da lamina cega por alguns segundo o rapaz.

Continua...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Continuação de Mortos Parte II



No céu, estavam travando uma longa batalha que já durava milênios, demônios tentavam invadir e destronar Deus. Os anjos estavam perdendo a batalha, então homens também tinham que lutar. Homens e anjos se misturavam, asas e lanças se misturavam dor e lágrimas se misturavam.

- O que terei que fazer? – perguntou o rapaz.

- Terás que lutar, para poder ficar livre – respondeu o ser.

- Mas, aqui eu sou livre, não sou? – Perguntou.

- Não, não é. Você foi convocado – disse o ser.

Convocado, mas eu estou morto e estou no céu, não posso ser convocado aqui – disse o rapaz com um espanto em seu rosto.

Então, o ser meio homem meio animal começou a lhe explicar as regras do caos.

- Você tirou sua própria vida, sua alma estará condena ao tormento eterno, Deus lhe está dando uma chance, se você lutar por ele, sua alma será salva, se não...

- Quer dizer que ou eu luto, ou vou para o inferno – interrompeu o rapaz.

- Não, você vai para um lugar pior que o inferno – respondeu o ser abrindo suas asas.

- E se eu morrer aqui? Não posso morrer aqui não é? – perguntou o rapaz.

- Sim, aqui se você for destruído, vira infinito, vira poeira, se junta ao nada, ao caos – respondeu o ser com um brilho no olhar.

- E como se mata o que já está morto? – perguntou o rapaz.

- Aqui nesse instante você não está vivo, você acha que esse é seu corpo, que está com essas roupas, que agora está respirando. Tudo está em sua mente.

O rapaz ficou intrigado e com medo, apertou as mãos e perguntou ao ser.

- Então quer dizer que se deceparem minha cabeça viro nada – falou o rapaz com a voz tremula.

- Sim – respondeu o ser.

E nesse momento um clarão se formou, um estrondo cortou o céu e as nuvens ficaram da cor de sangue, ouvia-se choro de crianças, mulheres gritando e gritos horríveis de agonia e tormento, o rapaz sentiu um calafrio e o medo lhe paralisou todo o corpo.

Bestas aladas rasgavam as nuvens, uma carruagem com cavalos em chamas corria por sobre as nuvens, eram guiados por uma besta metade homem, metade pássaro de olhos negros e mortos, ele erguia a mão e de súbito uma legião de demônios, com seios de mulheres e genitálias masculinas, apareceram rasgando tudo e todos que estavam em seu caminho, não poupavam nem as crianças. Os anjos voavam com lanças em direção ao exercito de demônios, raios e trovões se espalhavam num barulho ensurdecedor. O paraíso estava em guerra.

continua...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Primeira parte de meu conto "Mortos"



A morte sempre sopra no ouvi dos vivos antes de matar o corpo...

Era um dia lindo, crianças nascendo, noivas casando, batizados, muitos batizados e risos de alegria.

Mas como sempre existe um “Mas” em tudo, Nem tudo era perfeito.

- Não posso fazer mais nada, tudo está acabado.

O rapaz toma o maior número possível de comprimidos, engoli tudo e se deita em sua cama, com uma linda colcha cor de sangue vivo, minutos depois começa a se contorcer e a babar e, como quem tenta falar alguma coisa depois de cair com as costas ao chão, ele fica se esticando todo, olhando para o teto do quarto até seus olhos não apresentarem mais vida. Está morto. E por uns instantes tudo é escuridão absoluta e calmaria, mas na vida sempre vão existir os “Mas” e na morte também.

- Onde eu estou? - Pergunta o rapaz conseguindo sair de sua escuridão.

- Você não está nem no céu, nem no inferno – responde o ser meu homem meio animal alado.

- Quem é você? E o que eu estou fazendo aqui? – pergunta o rapaz meio perdido, olha para o horizonte infinito.

- Você não percebe o que aconteceu? – pergunta o ser.

- Eu estava no meu quarto e aí... Eu estou morto! É isso! Eu morri!? Achei que fosse falhar – diz o rapaz com um sorriso sombrio no rosto.

Ele não sabia, mas sua jornada só estava começando.

- E como foi meu enterro? Acho que não foi ninguém – falou.

- É você não tinha muitos amigos – disse o ser.

Continua...