acompanhar

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Poema 10


Poema 10
(Marcos de Almeida Calado)


Que batalha é essa?
O que é que eu sinto?
Porque me toco e não me sinto?

Tumor invisível;
Ansiedade platônica;
Vitória adiada;

Minha alma foi roubada, minha roda é quadrada. Só um sinal, só um. Só um ponto luminoso, só um pingo no meu rosto, só o nada, retratado, tão falado e tão vazio, tão frio, tão insano, tão pagão, tão religioso, tão complexo, tão vistoso.

Sou louco por não ser louco, nesse mundo de insanos.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Poema 04


Poema 04
(Marcos Henrique)



Perspectivas;

Cálculos, são só palavras.

Dúvida;
Futilidade, são só palavras.

Calor;
Tesão;
Sentimentos;
Solidão, são só palavras ditas, escritas, sentidas, vividas, malditas, fingidas. Apenas palavras.

Quem é o poeta se não está morto? Senão não é criativo, não rima seus versos. Que são só palavras.

Um chinelo é um chinelo;
Papel sujo de amarelo;
Caneta estoura e me mela, me suja a cara limpa, me faz parar de escrever, só palavras.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Poema 03


Poema 03
Marcos Henrique


Todos os dias luto contra morte, e sei que venço – por ainda respirar esse ar poluído –. Até quando vai durar a esperança em preencher uma vida tão vazia? Peço a Deus quase todas as noites, às vezes com fé e às vezes com muita fé, às vezes só peço, não por me sentir diferente – mesmo parecendo comum – ao olho nu – igual a uma lata de refrigerante –.

Não sei porque me perguntam tanto – qual a minha natureza? –.

Será que tem flores por lá? Ou será só impotência de ter pernas e não saber andar?


terça-feira, 20 de abril de 2010

Mortos (Parte Final)



O brilho da lamina cega por alguns segundo o rapaz.

Vai! Faz o que tem de ser feito, eu prefiro virar o nada a te seguir. – fala o rapaz abrindo os braços, aceitando assim sua sentença.

O ser não hesita, e corta-lhe a cabeça em um só golpe, caindo assim o corpo do rapaz ao chão.

O ser; proferi um grito medonho e sai voando, em seguida chega ao local dois anjos.

Chegamos tarde, o aliciador esteve aqui antes. – comenta o anjo para o outro.

Pobre homem, não teve tempo de saber a verdade, só a verdade vos libertara. – diz o outro anjo.

Na terra, outra criança acaba de nascer.

Da próxima vez chagaremos a tempo? – pergunta o anjo ao outro.

Não sei, mas até lá, espero que ele tenha uma vida apreciável, essa é a terceira vez que o perdemos, não podemos falhar mais. – responde o anjo.

A vida sempre sopra em nossos ouvidos, antes de nos deixar viver.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mortos parte 4



O ser pergunta ao rapaz de que lado ele pretende ficar.

Do lado da justiça – responde o rapaz.

Então vá para o outro lado – diz o ser.

O rapaz fica espantado e lhe vem um aperto no coração.

De que lado você luta – pergunta o rapaz.

Do lado do ser mais puro que Deus já vez, Lúcifer! – responde o ser.

O rapaz fica atônito, não sabe o que pensar, em toda sua vida ele imaginava que o diabo era um monstro, um ser feio aos olhos humanos.

Vejo que você não aprendeu nada humano tolo – diz o ser com ar de superioridade.

Esse exército de demônios que você vê, não é de meu senhor, e sim de teu Deus, ele despreza os suicidas e fetos que são abortados não servem para sua vaidade – fala o ser com ódio nos olhos.

Não! Não pode ser...! – fala o rapaz com os olhos em pranto.

Sim! Esses seres alados que você vê; e essa infantaria que vem em nossa direção é de teu Deus – diz o ser abrindo suas asas e demonstrando imponência.

Prefiro que corte minha cabeça, a ficar do teu lado demônio, que meu Deus te perdoe as ofensas e tenha piedade de tua alma. – responde o rapaz erguendo o punho fechado.

Se, é assim, não tenho outra escolha - fala o ser desembainhando sua espada.

sábado, 17 de abril de 2010

Parte 3 de Mortos


E como se mata o que já está morto? – perguntou o rapaz.

Aqui nesse instante você não está vivo, você acha que esse é seu corpo, que está com essas roupas, que agora você está respirando, tudo está na sua cabeça meu filho – desse o ser.

O rapaz ficou intrigado e com medo, apertou as mãos e perguntou ao ser.

Então quer dizer que se deceparem minha cabeça viro nada – falou o rapaz com a voz tremula.

Sim – respondeu o ser.

E nesse momento um clarão se formou no céu, um estrondo cortou o céu e as nuvens ficaram da cor de sangue, ouvia-se choro de crianças, mulheres gritando e gritos horríveis cortavam o céu, o rapaz sentiu um calafrio e um medo lhe paralisou todo o corpo. Bestas aladas rasgavam as nuvens, uma carruagem com cavalos pegando fogo corria por sobre as nuvens, eram guiados por uma besta metade homem, metade pássaro, ele erguia a mão e de súbito uma legião de demônios, com seios de mulheres e genitálias masculinas, apareceram rasgando tudo e todos que estavam em seu caminho, não poupavam nem as crianças, os anjos voavam com lanças em direção ao exercito de demônios, raios e trovões se espalhavam num barulho ensurdecedor.
Onde o jovem se encontrava era belo, flores perfumavam o lugar, árvores enormes davam sua graça, cachoeiras com águas cristalinas, rios cheio de vida, de repente, ele olha e observa que em sua direção vem uma espécie de infantaria; cavalos com cabeças pegando fogo servem de montaria para homens sem olhos, catapultas são armadas e são lançados fetos ardendo em fogo de mulheres que abortaram.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Mortos (continuação) parte 2



(continuação)


Ele não sabia, mas sua jornada só estava começando.

E como foi meu enterro? Acho que não foi ninguém – falou o rapaz.

É, você não tinha muitos amigos – disse o ser.

No céu, estavam travando uma longa batalha, demônios tentavam invadir e destronar Deus, os anjos estavam perdendo a batalha, então os homens também tinham que lutar; homens e anjos se misturavam, asas e lanças se misturavam.

O que terei que fazer? – perguntou o rapaz.

Terás que lutar, para poder ficar livre – respondeu o ser.

Mas, aqui eu sou livre – disse o rapaz.

Não, não é, você foi convocado meu filho – disse o ser.

Convocado, mais eu estou morto e estou no céu, não posso ser convocado aqui – disse o rapaz com um espanto claro em seu rosto.

Então o ser meio homem meio animal começa a lhe explicar tudo.

Você tirou sua própria vida, sua alma estaria condena ao tormento eterno, Deus lhe está dando uma chance, se você lutar Por ele, sua alma será salva, se não...

Quer dizer que ou eu luto, ou vou para o inferno – disse o rapaz.

Não, você vai para um lugar pior que o inferno – respondeu o ser abrindo suas asas.

E se eu morrer aqui? Não posso morrer aqui não é? – perguntou o rapaz.

Sim, aqui se você for destruído, vira infinito, vira poeira, se junta ao nada – respondeu o ser com um brilho no olhar.


(continua...)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mortos (meu primeiro conto) parte 1



A morte sempre sopra no ouvi dos vivos, antes de matar o corpo...

Era um dia lindo, crianças nascendo, noivas se casando, batizados, muitos batizados.

Nem tudo era perfeito...

Não posso fazer mais nada, tudo está acabado...

O rapaz toma o maior numero possível de comprimidos, engoli tudo e se deita em sua cama, minutos depois começa a se contorcer e a babar, e como quem tenta falar alguma coisa depois de cair com as costas ao chão, ele fica se esticando todo e olhando para o teto do quarto até seus olhos não apresentarem mais vida.
Está morto; e por uns instantes tudo é escuridão absoluta e calmaria.

Onde eu estou? Pergunta o rapaz.

Você não está nem no céu, nem no inferno – responde o ser meu homem meio animal alado.
Quem é você? E o que eu estou fazendo aqui? – pergunta o rapaz meio perdido.

Você não percebe o que aconteceu? – pergunta o ser.

Eu estava no meu quarto e aí... eu estou morto! É isso! Eu morri!? Achei que fosse falhar – diz o rapaz com um sorriso sombrio no rosto.


(continua...)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Deus e o diabo me odeiam

Esse é meu primeiro Heterônimo Cecílio Martins

Nesse meu primeiro livro de heterônimos, nasce um personagem que até então nunca busquei em meus poemas, não sei como ele surgiu, entrou em minha vida sem pedir licença e meio que me obrigou a escrever sem cessar, sentia que se não escrevesse explodiriam.

Com Cecílio Martins a poesia se apresentou de uma forma que até então para mim era desconhecida, sempre que releio este livro, sinto que foi realmente Cecílio quem o escreveu, usando apenas minha mão e deixando meu cérebro dormente e totalmente bloqueado para o tipo de poesia que costumo escrever.

Até que ponto o preconceito pode arruinar um homem, Cecílio Martins sente na pele o que muitas vezes tentamos esconder.

Prólogo


Cecílio Martins jovem de classe media alta, nasceu no dia 02 de novembro de 1912 na cidade do Recife, foi criado por seus tios após a morte da mãe por tuberculose e o suicídio do pai, de família tradicional católica, aos 12 anos de idade começou a sentir fortes atrações por garotos foi várias vezes espancado pelo tio devido o seu comportamento, chegando a freqüentar na adolescência um hospício para tentar curar sua homossexualidade, que era até então considerada loucura; foi torturado e estuprado por enfermeiros, aos 20 anos é forçado a casar com Clarice Silva, mulher essa mais linda da alta sociedade Recifense.

Trabalha no escritório de contabilidade herdado por seu tio que morre de câncer um ano depois de seu casamento; sua tia é internada num hospício louca, por achar que é a virgem Maria depois da morte do marido.

Tem um filho que nasce deformado e morre após três dias de nascido. Louco, começa a culpar Deus por sua infelicidade e no dia 29 de outubro de 1935 aos 23 anos de idade perto de completar seus 24 anos é encontrado morto, totalmente despido e com um diário em sua mão esquerda melada ainda com sangue, decapita seu pênis e o coloca por sobre a bíblia sagrada.
Dois anos depois de sua morte é encontrado num cômodo secreto de sua casa três livros escritos com sua assinatura, são eles: o primeiro é o livro de poesias intitulado “Deus e o diabo me odeiam”, o outro é o romance homossexual inacabado “Todas as bocas que desejei”, e por fim o livro de poemas “Poemas que me forçastes a fazer”.

Todos os livros com forte teor de homossexualismo e revolta por todo sofrimento emocional que ele sentia.



Deus e o diabo me odeiam.

Ainda era noite e eu me sentia dia;

Ainda era açoite e eu nem mais me sentia.

Cecílio Martins.




Ó!




Eu. Dia claro e minha alma está escura, não tem sacrários mais aqui, expulsei todos os indesejáveis dias claros, só esse que me desobedece e torna-me, trás um recado que não quero ouvir.

Meu doce azedume, minha vã vida derradeira, meu espaço mínimo, minha tortura não passageira, és escárnio de minhas vísceras.

Ó! Sorte derradeira!

Ó! Azar que se aloja aqui e jaz, aqui e sempre, em minha doce alma morta.

Recife 02 outubro de 1932.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Retalhos

Retalhos é meu mais novo trabalho, ainda estou escrevendo, o livro será duas estórias em uma, espero que gostem.


Não gosto de fazer uma literatura convencional, gosto de inovar, fazer diferente, nem que pare isso eu tenha que escrever de traz para frente.


Aos pouco darei pistas do que é Retalhos.

.sohlater ed sohcert ieracoloc socuopo soA



"Retalhos"


Eles são reais




Estava sem sono, já passa das duas da madrugada, a única coisa que ouvia nitidamente era o som do relógio da sala de minha casa, no mais era silêncio total, não um silêncio desconfortável e sim um silêncio tranqüilo. Pura calmaria.

- Quase três horas da madrugada e eu aqui sem dormir – pensei enquanto cruzava os braços, estava um pouco frio.

Toda a cidade dormia pelo menos uma boa parte dela, apenas deveriam estar acordadas pessoas que tinha que focar assim para ganhar a vida.

- Mas o que é aquilo? – pensei quando vi aquela luz no céu, não era um clarão normal e se movimentava com tanta destreza no céu – só pode ser um balão meteorológico – pensei coçando o queixo com a barba por fazer.

Muitas pessoas vêem coisas no céu, mas nunca Henrique, ele era cético com assunto que beiravam o desconhecido, era uma ateu convicto e um cético respeitado por seus amigos, pois sempre tinha respostas para mistérios que deixava seus amigos desconcertados.

- Só pode ser um balão ou um avião – pensou em vós alta, Henrique, ele não poderia acreditar no que estava vendo, logo ele, que nunca acreditou nem em Deus.

A luz foi ficando cada vez mais clara, cada vez mais perto de sua janela Henrique gostaria de correr, porém alguma coisa o impedia de fazer isso – Salve sua vida seu idiota! – não para de ecoar esse pensamente em Henrique, mas ele não podia fazer nada, nem mesmo piscar os olhos.



Olá meu nome é impronunciável





Victor era um adolescente comum até que passou por uma situação que o deixou traumatizado para o resto da vida, a morte o venho visitar numa tarde cinza.

- Quantos anos você tem? – pergunta o médico do hospital psiquiátrico com uma caneta lanterna acesa apontada para os olhos de Victor que não reagem aos estímulos da luz.

- Ele já está morto doutor? – pergunta uma enfermeira com muita curiosidade.

- Não, não está – continua o médico guardado a caneta lanterna – está apenas em outro lugar, catatônico, perdido dentro dele mesmo.

Victor havia sobrevivido a um acidente que o deixou em estado catatônico, a única coisa que sabiam sobre ele era que seus pais estavam mortos e ele foi o único que sobrevivente; Victor foi levado para um hospital, passou duas semanas lá e depois foi transferido para um hospital psiquiátrico, ninguém sabia ao certo o que tinha acontecido e pelo jeito ficariam sem saber. Victor tinha dezessete anos e foi encontrado junto aos corpos de seus pais que estavam sem suas faces, só foram encontrados porque sua casa estava pegando fogo, ninguém sabia de nada, nenhum vizinho havia visto nada suspeito, apenas quando notaram o fogo chamaram os bombeiros e encontram a família de Victor junto com o garoto fora da casa.

- E então você viu o garoto? – pergunta Jéssica a amiga enfermeira no refeitório do hospital.

- Vi.

- E ai como ele é – continua Jéssica enquanto mexe seu suco de laranja.

- Normal – responde à amiga.

- Dentro da medida do possível é claro – diz Jéssica enquanto adoça um pouco mais seu suco.


Eles são reais





- Onde estou? – pensa Henrique sem conseguir se mexer, deitado numa mesa fria – onde estão minhas roupas?

Um ambiente de penumbra se apresenta; Henrique que se esforça para ver onde está ele não lembra como chegou até ali, numa hora estava com insônia em seu quarto em outra deitado numa cama de metal tão fria quanto o gelo no copo de um uísque.



Olá meu nome é impronunciável




Victor era um adolescente comum até que passou por uma situação que o deixou traumatizado para o resto da vida, a morte o venho visitar numa tarde cinza.

- Quantos anos você tem? – pergunta o médico do hospital psiquiátrico com uma caneta lanterna acesa apontada para os olhos de Victor que não reagem aos estímulos da luz.

- Ele já está morto doutor? – pergunta uma enfermeira com muita curiosidade.

- Não, não está – continua o médico guardado a caneta lanterna – está apenas em outro lugar, catatônico, perdido dentro dele mesmo.

Victor havia sobrevivido a um acidente que o deixou em estado catatônico, a única coisa que sabiam sobre ele era que seus pais estavam mortos e ele foi o único que sobrevivente; Victor foi levado para um hospital, passou duas semanas lá e depois foi transferido para um hospital psiquiátrico, ninguém sabia ao certo o que tinha acontecido e pelo jeito ficariam sem saber. Victor tinha dezessete anos e foi encontrado junto aos corpos de seus pais que estavam sem suas faces, só foram encontrados porque sua casa estava pegando fogo, ninguém sabia de nada, nenhum vizinho havia visto nada suspeito, apenas quando notaram o fogo chamaram os bombeiros e encontram a família de Victor junto com o garoto fora da casa.

- E então você viu o garoto? – pergunta Jéssica a amiga enfermeira no refeitório do hospital.

- Vi.

- E ai como ele é – continua Jéssica enquanto mexe seu suco de laranja.

- Normal – responde à amiga.

- Dentro da medida do possível é claro – diz Jéssica enquanto adoça um pouco mais seu suco.



Eles são reais




- Onde estou? – pensa Henrique sem conseguir se mexer, deitado numa mesa fria – onde estão minhas roupas?

Um ambiente de penumbra se apresenta; Henrique que se esforça para ver onde está ele não lembra como chegou até ali, numa hora estava com insônia em seu quarto em outra deitado numa cama de metal tão fria quanto o gelo no copo de um uísque...


quinta-feira, 8 de abril de 2010

Só para não te ver mais sangrar



Os caminhos que tive que percorrer só para não te ver mais sangrar, mas faria tudo novamente só para poder voltar a ver teu sorriso;

A caixa com nossos retalhos de vida ficaram no esquecido no limbo. Eu temo e sinto tanto frio, mas faria tudo novamente só para voltar a ver teu sorriso;

Nos piores momentos é que descobri o quanto sou forte; não faça essa de conquistador comigo não sou tão fácil de ser conquistado.

A momentos e momentos, às vezes é bom chorar mesmo que sem motivos, isso me lava a alma é o que sobrou de minha vida amarga.

O pior de você pude destruir, mas isso me fez sangrar tanto que estou fraco e anêmico, meu passado me absorve e me mostrar o lado negro da lua que brilha no esquecido e esconde o que demais tem de lindo. Aos cinco anos perdi o que de mais precioso havia em mim, mas continuei vivo, continuei andando, continuei no escuro sem estrelas para me guiar, sem o vento para cortar meu rosto, sem nada além de mim.

Perdi o dom de prever o futuro agora estou seguindo meu próprio caminho rumo ao desconhecido, rumo ao lado esquecido dos sentimentos esquecidos, isso é bom?

Descobri que tinha alergia a oxigênio e agora o que faço para voltar a correr? O que faço para voltar a sentir meus pulmões se abrindo? Essas respostas; sei que você tem e não quer compartilhar comigo não quer se abrir; não tenho culpa se te machucaram de mais, se me feriram de menos, se não me roubaram a esperança.
Há! Os caminhos que tive que percorrer só para não te ver mais sangrar, mas faria tudo novamente só para poder voltar a ver teu sorriso, teu sorriso e teu olhar para meu lado esquecido.
Marcos Henrique.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

POEMA 11


Escrever às vezes dói;

Depressão às vezes mói a nossa alma;

Melancólico heroísmo é bem sórdido o egoísmo;

Eu quero bem, viver! Viver! Não sei, morrer! Morrer! Não sei, não sei...

Além do túnel que nunca atravessei, não sei ir até lá fundo, não sei, parei, parem com o mundo ou vomitarei veneno do teu mundo ruído, ruim!

Perco a fé na humanidade, perco a fé no meu futuro, jubileu tão obscuro. Quebrem o muro! Falem mais! Façam menos, provem mais do seu veneno, quebrem mais! Pensem menos, assim é mais fácil, tudo é mais fácil quando se pensa no fim.

No fim não me vejo, no fim, eu sou meio.

Marcos Henrique

terça-feira, 6 de abril de 2010

Celebração Há Vida



Já falei e nada fiz, quando será que não verei mais o dia nascer?

Entender-te já foi mais fácil, te tocar, pensei ser tocável. Te enxerguei, mesmo quando não estavas lá.

Hoje; eu recordo que ontem nada fui, hoje, eu recordo e choro; não mais imploro só me deixa com meus vermes nessa cova rasa nesse caixão que não me cabe o corpo, sem flores, sem vida, sem nada.

Não a para que chorar se as escritas são verdadeiras, não há caminho certo, a estrada, a razão, a vida é tudo balela; quanto a mim, não ligue, faça o que sempre tem feito; nada!

Marcos Henrique

segunda-feira, 5 de abril de 2010

POEMA 22



São tantos caminhos a serem percorridos, mares nunca antes navegados. Quais são os atalhos corretos?

Que caminhos levam ao deserto?

Onde está à água poluída por mim mesmo?

O dia termina cedo de mais para quem está sem rumo. No espelho às vezes, só às vezes vejo meu túmulo e temo de estar morto e não ter encontrado a visão certa, qual será a visão?

Quem mostrara o caminho a ser visto e escolhido para ser seguido?

Não sei qual navio me levara lá, são tantos sonhos - com a morada certa; qual será? Só tenho uma certeza; que eu continuo perdido em meu mar de possibilidades.

Marcos Henrique

sábado, 3 de abril de 2010

POEMA 25


Em noite de expiração os versos voam de minha cabeça, às vezes sinto como se tivesse mais de um cérebro, não consigo escrever tudo o que penso, às vezes nem penso deixo a mão me guiar.

Nesse meu mundo tão diferente falo de amor, paz, incerteza do amanhã da certeza que a manhã não vai ser feito ontem ou hoje.

Só o agora me consola com esmolas, com migalhas de vida.

Marcos Henrique

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Livro que estou escrevendo (Último)




Deus vez o homem a sua imagem e semelhança;
Os homens se tornaram deuses e criaram o ser perfeito, humanóides, pelo menos era isso que eles achavam.



Planeta terra 7077 D.C



M em suas expedições a cidade da guerra como ficou conhecida a única cidade humana que borboletas alçavam voos tímidos e já conseguiam sobreviver por um curto espaço de tempo, porém significativo, não imaginava em sua mente robótica de última geração que iria fazer a maior descoberta de sua existência.

- Cyber diário, gravação 1.9.77, estou de volta à casa de bonecas – é assim que M chama aquele monte de ruínas carinhosamente – vejo uma fissura em meio a esses entulhos, mandarei os exploradores na frente e se tudo estiver bem explodiremos o que está obstruindo nossa passagem para eu poder enxergar o que estala dentro.

M retira de sua mochila pequenas esferas de pratas umas dez ao todo e coloca delicadamente entre a fissura, as mesmas entram perfeitamente, se achatam para poder passar, começam a rolar circulando pelo que se mostrou ser uma espécie de sala ou laboratório bem maior por dentro do que M imaginava, seus olhos estão conectados as esferas e tudo o que elas veem M também vê.

- Vamos lá crianças façam seu dever – fala M e logo em seguida as esferas se juntam no local que está obstruindo a passagem e forma uma espécie de liga pegajosa que se espalha rapidamente, M se afasta e as esferas fazem seu trabalho e explodem o local que ao dissipar-se a fumaça se apresenta para M de forma magnífica. O local está completamente escuro M tira de sua mochila quatro esferas do tamanho de laranjas e essa ascende como se fosse lanternas, M as coloca no chão e elas vão guiando o caminho “Preciso de mais luz aqui” pensa M a visibilidade do local não é boa mesmo para seus olhos robóticos.

M vasculha minuciosamente o local e pensa consigo mesmo “Deve haver em algum lugar um local que me dê à luz necessária para poder explorar esse lugar” os humanos tinham deixado de existir, porém energia nuclear não era tão fácil de desaparecer e os humanos tinham conseguido um domínio incrível, cidades inteiras eram abastecidas por energia nuclear, carros, aviões, corações artificiais; uma infinidade de coisas. Os primeiros robôs, e isso causou um problema a população, deixou muitos humanos doentes, adquiriram câncer devido a convivência com os robôs. O termo humanóide só veio se tornar popular depois da fabricação do primeiro protótipo totalmente auto-suficiente, o chamavam de Adão e foi ele quem começou a revolução de sua espécie.

M continua a procurar ajudado por suas esferas luminosas um interruptor, qualquer coisa que possa trazer luz aquele mundo de trevas, M busca com suas mãos encostando nas paredes por algo que possa ligar ascender algumas luz.

- Vamos meus amigos mamíferos vocês foram tão inteligentes, deve haver algo aqui que possa me faze enxergar com mais clareza – enquato procura M esbarra num objeto cilíndrico, enorme, parecido com uma cápsula espacial “O que será essa coisa?” se pergunta M ele vasculha com suas mãos e senti que a cápsula, ou seja, lá o que for é feita de vidro, um vidro bem espesso – Me parece uma incubadora – fala M circulando a cápsula em meio ao escuro.

(continua...)