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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Último poemade 2009, agora só em 2010!



POEMA 35


Depois de meses de escuridão enxergo a luz com os olhos do coração;
Ainda sinto o escuro tão claro e melancólico para mim.

Minha alma se perde;
Se acha
Se mata
Renasce
Encarna
Se acaba
Regride
Duvida
Se cala.

Não sabe ao certo o que é o certo;
Não sei ao certo se estou certo, nem sei se sei me expressar com clareza, com a caneta que tende a falhar.

Nove meses se passaram, o escuro foi meu feto que acabei de abortar.

Marcos Henrique

2010!


Quem venha 2010!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

POEMA 26



POEMA 26


Há escuridão!
Escuridão;

Se me entendes, me clareia essa estrada;
Me guia, me leva a alma e me deixa num canto sossegado;
Estou cansado e o cansaço me toma tempo - já não tenho- não, não creio que ele vá me devolver meus pertences “meus pensamentos”.

Já se foi a poesia, só ficou a solidão e a esperança de um novo dia, que só vem ao raiar do sol frio e incolor.

Adeus escuridão tenha um bom dia.

Marcos Henrique

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

POEMA 18



Terra da magia não me nega tua herança. São só palavras falsas, mas crises verdadeiras;

Sonho, sons silenciosos, dúvida passageira;

Força que já falta, vida hospedeira.


Morte! Não conheço;

Vida! Não vivi;

Medo! Quem não teme, hora de dormir.

Várias frases se combinam se expressam por mim, quem eu sou? Quem me vir, se despeça, pensa em mim.

Tosse não me cala, mas me faz dormir;

Sono! Não consigo;

Dúvidas! Já senti;

Tema! Só tem um;

Boca! Só a minha;

Dor! Já conheço;

Saudade! Todo o tempo da magia que perdi.

Inocência!!!!!!!!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

POEMA 23


Meu purgatório particular está aberto 24 horas.

Não me amola! Não me atormente! Ao em vez disso me ajude a achar a luz. Me deixe ir embora! Não me prenda mais nesse cárcere mental, pois prisão intelectual me amargura.

Não tem cura minha agonia, tenho que conviver com ela, sinto como se uma faca sai-se de minha cabeça, daí vem à dor e o horror de saber que a faca vai entrar de novo em meu cérebro tempestuoso.

Marcos Henrique

sábado, 26 de dezembro de 2009

Trechos do livro: O Homem que Ninguém se Lembrava

Para lêr o que está escrito selecione com o mouse e arraste, logo abaixo aparece-rá o texto.


Lembro o dia de minha primeira comunhão, cara foi inesquecível, o padre deu a óstia a todo mundo, mas esqueceu de mim eu tive que me levantar e pedir para ele.

- Seu padre - eu disse com um olhar desconfiado.

- Sim - respondeu o padre meio que sem saber o que estava se passando.

- Ah, o senhor esqueceu de mim - falei com um pouco de vergonha.

- Esqueci de que? - perguntou o padre.

- A óstia, esqueceu de me dar a óstia.

Tavez o corpo de cristo não quisesse entrar em mim, fazer o que né...


O Homem que ninguém se Lembrava
de M. H. M. Martins

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal



Gostaria de desejar a todos um Feliz Natal, que possamos chegar a um entendimento mundial para conviver com nossas diferenças pacificamente.

Obrigado a todos que me acompanharam nesse ano de 2009 e espero contar com todos você para que em 2010 continuemos essa cyber viagens.



Feliz Natal!

Marcos Henrique

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Homem que ninguém se lembrava

Para lêr o que está escrito selecione com o mouse e arraste, logo abaixo aparece-rá o texto.


Dezembro, ano desconhecido. Lembrança esquecida.

Lembranças desconhecidas. Lembro de tudo, só não lembro se vivi realmente isso, todos aqueles rostos, todos os sorrisos, todas as reuniões de família, os primos que não via há anos, os tios que me davam dinheiro quando me viam, sempre apertavam minhas bochechas até ficarem vermelhas, todas as vezes que acenei em vão...

Quando fecho os olhos vejo o que vivi, entretanto sinto como se não estivesse lá. Quando era pequeno no dia de minha primeira comunhão fui o único garoto a ter que pedir ao padre a hóstia consagrada, ele havia esquecido de mim, eu disse: - Seu padre! O senhor esqueceu de mim - Quem é você filho? – Perguntou-me o padre. Eu nem desconfiava que isso seria uma rotina em minha vida, na hora achei engraçado, mas quando passam a te perguntar isso por vária vezes, em várias fazes de sua vida é um saco.

- Ola dona Marta bom dia.

- Ola garoto, quem era aquele menino ela se perguntava sempre que lhe dava bom dia? Dona Marte era uma boa pessoa, só com ela eu não me zangava, é que ela tinha, como se chama mesmo, sim! Perda de memória recente ou algo assim.

Sabe é duro ser o garoto invisível do colegial, o único que não é chamado na hora de escolherem o time de futebol, o único a perder todas as manhãs o ônibus para ir ao colégio, o último a ter pelos pubianos, se bem que não vejo vantagem em tê-los, um amigo meu me dizia, se os cabelos de sua bunda estão lá é por algum motivo, sei, esse motivo é um mistério até hoje para mim.

Seria comigo se não fosse trágico ou trágico se não fosse março, esses trocadilhos não servem para nada, são lapsos para podermos suportar nossas vidas....
(continua)...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Todos Os Olhos



Todos Os Olhos

Eu sou...
....o acaso, o medo, dor do parto;

Eu sou...
...o acaso, ouro de tolo, palhaço sem palco, eu sou amor.

E todos os olhos me olham sem me olhar, todos os olhos, todos os olhos a me censurar.

Eu fui um bom garoto e o que recebo?
Eu fui o que você quis ser, eu fui o que você sempre quis ser,

Saudade de quem não sei se vem.

Eu sou, fraco e o forte, eu fui, eu sou;
Eu sou, saudade de mim, minhas mentiras de minha rotina.

E todos os olhos me olham sem me olhar, todos os olhos, todos os olhos a me censurar

Onde eu vou estar quando você parar de me amar?
Eu sinto muito por gostar tanto de você, eu sinto muito por sangrar;
Eu sinto muito por gostar de você...

Eu gosto tanto de você, eu sangro tanto por você;

Eu sangro tanto por você.

Marcos Henrique

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Ela sabe como me fazer dizer




Ela sabe como me fazer dizer


Ela sabe como me fazer dizer o que não quero contar - meus olhos me incriminam - denunciam o que não fiz. Escorre até sangrar. Todos sabem que eu tenho medo de sonhar e não me importa se tudo um dia acabar, pois eu tenho o que você não tem.

Eu vou e tudo fica! Botei todo o vazio em minha bolsa e fui aonde não pude entrar;
Eu vou e tudo fica! Botei todo o vazio em minha bolsa e fui aonde não pude entrar;
Eu acredito no nunca.

Estes sonhos são para você que não sabe chorar quando tudo fica imóvel onde está e meus pés não podem alcançar, alguns sabem te dizer eu te amo pra valer, eu nunca soube te dizer; mas acredite no que não está lá, pois eu sempre estarei onde você não pode me tocar, eu acredito no nunca.

Eu acredito no agora, mas no amanhã...

Marcos Henrique.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Eu choro por todos



Eu choro por todos que não sabem chorar por mim e isso não me faz mudar;

Há dor nós olhos tristes, sorrisos não podem esconder o que vejo dentro de você;

Sei ser melhor no que de pior faço. As almas que ficam sós na escuridão de um coração em retalhos.

Passos longos, chuva fina, eu sempre esperarei por você;
Passos longos, chuva fina, eu sempre jurei por você.

Os poetas sofrem a toa por dores incuráveis;

A vida que rejeita os bons que só querem lutar, minha alma é maior que meu corpo, mas nem por isso sou um bom moço.

Minha úlcera ira me consolar, olha o que eu vejo em você, minha úlcera vai me curar, veja o que sempre escondi de você.

Não posso lutar sem minhas armas, meu espírito se foi no verão, nunca mais, nunca mais, vou te ver chorar.

Frases colocadas sem sentido para te alegrar;
Isso vai cessar, pois todo louco e sábio com sua loucura.


Marcos Henrique

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Um trecho de meu novo conto (Dívidas do passado).


Em breve em meu novo livro de contos.

Dívidas do passado

Pedro tenha 10 anos e um sonho, queria ganhar uma bicicleta, porém seus pais não tinham condições de dar esse presente ao garoto. O pai de Pedro estava sem emprego, sua mãe trabalhava como costureira, seu salário estava todo comprometido com as responsabilidades da casa.

Pedro era um bom filho, obediente, respeitava os mais velhos, estudioso, sempre dizia a sua mãe que um dia iria se tornar astronauta, a mãe ria um pouco, coçava sua cabeça e dizia – se você se esforça e estudar muito claro que vai conseguir meu filho – Pedro tinha esse sonho, mas o mais urgente era o sonho de ganhar uma bicicleta que vira em uma loja, ele iria completar 11 anos e ter uma bicicleta para poder ir ao colégio e passear com seus amigos seria o máximo para o garoto.

Pequenos bilhetinhos eram deixados em cantos estratégicos da casa, sua mãe fica sempre com os olhos marejados quando os lia, seu pai não dizia uma só palavra ficava apenas sentado numa poltrona que fora de seu pai, era uma poltrona já velha de cor verde, com a costura já gasta, no entanto o pai de Pedro adorava ficar naquela poltrona velha sentado horas a fio, dizia que ali conseguia colocar as ideias no lugar, pois o cheiro da poltrona remetia a sua infância, época de fartura, seu pai era um homem de posses que perdeu tudo devido a seu vício no jogo e foi dessa forma que o pai de Pedro veio para a cidade grande fugido junto com sua família das dividas de seu pai, ou ganhavam a estrada e deixavam tudo para trás, ou seu pai morreria devido a dividas contraídas pela a jogatina.

Pedro ainda sonhava com sua bicicleta, depois de conseguir a bicicleta virar astronauta seria muito mais fácil assim pensa o garoto com toda sua inocência, toda noite ele rezava e como seu aniversário era no mês de dezembro reforçava suas orações, pedido a Papai Noel que desse uma ajudinha.

(Ainda escrevendo...)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Hoje acordei sem inspiração


Hoje acordei sem inspiração, quase sem respirar, quase sem transpirar, quase sem acordar.

Por favor me ajudem hoje e postem algum poema para mim na parte dos comentários.

Obrigado.

Marcos Henrique.

sábado, 5 de dezembro de 2009

2012 Depos do Fim do Mundo (ainda escrevendo)



29 de novembro 2077

01:15 am.



Gael acorda assustado dentro de uma cápsula cheia de um líquido gosmento e amarelado, ele está completamente nu e cheio de fios colados em seu corpo, seu corpo arde feito fogo, ele vê tudo embaçado de dentro da cápsula, mas percebe que pessoas o observam do lado de fora, vultos não param de passar, como se pessoas trabalhassem ali, muita movimentação em ritmo frenético, ele não consegue identificar quem são ou o que são.

O líquido começa a secar, Gael não tem forças nas pernas e cai, ficando sentado dentro da cápsula, uma ducha de vapor se inicia dentro da cápsula, isso alivia a queimação do seu corpo, um líquido vermelho começa a encher a cápsula como se fosse água, mas mais densa, poderia ser tudo menos água, pois transmitia um odor insuportável. A cápsula está completamente cheia, Gael sente que vai se afogar só que para sua surpresa ele começa a respirar dentro da cápsula cheia daquele líquido avermelhado e mal cheiroso, Gael flutua e seu corpo começa a receber pequenas descargas elétricas ele desmaia enquanto seu corpo da espasmos, a sessão dura horas e horas, Gael não sabe, mas ele não é o único naquela estranha sala, várias outras cápsulas também estão lá contento pessoas tão amedrontadas e sem saber o que estava acontecendo da mesma forma que ele.

As luzes se ascendem Gael está em pé, vestido com um macacão cinza e um corte de cabelo militar, suas mãos estão prezas por uma espécie de algemas que cobre todas suas mãos como luvas de boxe, seus pés descasos recebem uma pequena descarga elétrica que faz com que ele torne a se.

Uma espécie de fila indiana é percebida por Gael que olha de um lado para o outro e nota que ele não é o único ser humano ali, mais de cinqüenta homens se encontram naquela situação sem saber o que está acontecendo ou o que vai acontecer a eles.

De repente uma voz poderosa é ouvida do nada, como se fosse a voz de um deus que decide a vida dos homens.

- Consegui me ouvir SPx80? – pergunta a voz.

O homem olha para os lados e para cima, ele não sabe porque está sendo chamado daquele jeito, mas também não conhece outro nome que não seja aquele para ser chamado, o homem apesar do medo acena com a cabeça que sim, pode ouvir a voz ríspida que o chama.

- Você está na terra no ano de 2077 agora é noite, seu plante foi invadido a sessenta e cindo anos por uma raça alienígena a matriz de seu corpo foi destruída você é um clone que está vivo para um propósito “Retomar seu planeta”, a pergunta que vou fazer é muito simples mamífero... – continua a voz enquanto o homem demonstra mais medo que entendimento – você deseja lutar por seu plante? Sim ou não?

O homem não sabe o que dizer, seu corpo todo treme, ele urina-se e começa a chorar é muita pressão na sua cabeça, então uma contagem repressiva é iniciada, um alarme ensurdecedor soa luzes azuis são ascendidas, todo aquele barulho deixa os homens assustados que nada podem fazer, até receberem o comando para falar suas bocas não podem dizer uma só palavra é como se seus corpos não os pertencessem mais.

- Cinco, quatro... – segue a contagem – responda mamífero! - fala a voz num som tão potente quando as sirenas que ecoam.

- Eu... eu tenho medo, o que é tudo isso?! Onde eu estou?! – grita o homem com medo em seus olhos.

- Dois, um, zero, Seu tempo acabou - fala a voz - Então um silêncio amedrontador corta todo o lugar, os homens tentam se mexer, tudo em vão, nada pode ser feito.

Uma luz se forma logo em frente ao homem, surge uma porta e alguém ou alguma coisa vem na direção do homem com uma arma na mão, seus cabelos são brancos da cor de neves, mas seu corpo de nada é envelhecido ele está trajando um uniforme azul-escuro com um colete preto, os outros não conseguem ver sua face apenas a arma que ele carrega na mão esquerda.

Continua...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Estrada para Perdição



Estrada para Perdição (Prisão Invisível)


Ele chorou amargamente, mas apertou a mão de Deus;
Seus sonhos só são sonhos e a realidade é tão cruel com os puros;
Ele queria ser poeta, ele queria agradar a Deus, ele queria ser ele mesmo, mas quem ele é quando se olha no espelho?

Ele dirigia embriagado, cortando a estrada...
Não deixe as crianças com ninguém, ninguém de confiança.
Matando a estrada, matando a estrada;

Anjos não tem pesadelos e ele não conseguia dormir. O medo sempre espera a hora certa de partir. Seus sonhos vão morrer juntos com ou sem você aqui;
Sonhe eternamente com os anjos, ser ou não ser esse ser. O mundo é lindo e fede tanto.

Viver

Morrer qual escolha certa?

Fale sempre a verdade pra quem mente pra você...
Ele comeu seu coração, não chore garoto, todos sofrem quando não querem sofrer;

O sonho é tudo que não podem lhe roubar, desistir é morrer...
Não pare de dançar, a música toma tudo em você, você vê a vida como não vi;
Todos os jogos; papai me dizia que mamãe chorava de alegria e que nada nela doía;
Meu herói está morto no fuso, chorar de alegria, chorar de alegria...
A mascara nunca cairá e o mostro não se libertara, o monstro não está no paraíso, o monstro não se libertara..

No sexto dia ele descansou com dor;
Suas costas doíam tanto e ele chorou;

Ele dirigia embriagado, cortando a estrada...
Não deixe as crianças com ninguém, ninguém de confiança.
Matando a estrada, matando a estrada;
Ele dirigia embriagado, cortando a estrada...
Matando a estrada, matando a estrada, ele era tão louco e tão são;


Marcos Henrique

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Aumente o volume e ouça em braile.


Aumente o volume e ouça em braile


O que é democracia?
O que é inconformismo?
O que é que eu não sinto?

Só dói quando eu grito!
Só dói quando eu grito!
Só dói quando eu grito! Ah...!

Ruína ruindo, corações em chamas, respirar é o mínimo.
Só dói quando eu grito!
Só dói quando eu grito!
Só dói quando eu grito!

Esperanças no amanhã, liberdade só amanhã. Risos, lágrimas, todos dormindo.
Feche os olhos e ouça em braile, ouça meu suspiro... Só dói quando eu minto... Só acontece comigo.

Só dói quando eu grito!
Só dói quando eu grito!
Só dói quando eu minto...! Ah!!!!
E o garoto sem asas continua lá, parado no nada...

Só dói, ah!!




Marcos Henrique

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Conclusões


Conclusões


Há lama jogada em toda parte, corrupção que povoa meu coração, fode a humanidade;

Fodam-se as verdades! Será que valeu a pena meu sacrifício ?! Minha vida é sem importância se não estão nas manchetes de jornais. Os mortos enterram seus mortos, mas não há mais lugar no céu, não se pode entrar o inferno está lotado pelos os justos;

Uma cova rasa para me jogar!?
Uma cova rasa para me salvar!?


Fodam-se as verdades! Essas mentiras que são cuspidas em mim, minha eloqüência vai nos matar antes de meu jantar com cabeças de virgens cegas e verdades frias.

Eu e você juntos até o fim, nada pode libertar esse genocídio que há dentro de mim.

Sacrifício de virgens, crianças sem pais, pátrias sem paz o punk rock vai nos salvar...?!

Nossas estórias contadas até o fim.

Não chore, não chore por mim!
Não grite, não grite por mim.


Marcos Henrique

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A saga de Demétrios "ou Demétrios e o exército dos Leprosos"




Então disse Ponssius enfurecido olhando para o criado que caíra desfalecido


- Quem foi que tentou me envenenar?! Se não fosse meu criado teria sucumbido até a morte, enterre-o com honras militares.

Ponssius era um rei bom para seu povo, famoso por sua coragem, temido por seus inimigos por sua crueldade e invejado por seu irmão Dionélio, que sonhava em deitar-se com sua esposa, filha e vê-lo morto.

- Os deuses me abençoaram mais uma vez – disse Ponssius erguendo seu cálice cheio de cidra.

Brindemos a vida e não choremos a morte de calíto, pois ele há de estar num paraíso, sem o fantasma da morte e o da velhice para lhe rodear; quanto ao meu algoz, falem a toda cidade que fuja antes que descubra quem o é, pois se puser as mãos sobre ele ira preferir estar morto...
...continua...

Marcos Henrique

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Livro: Eu, meu corpor & minha poesia




Jaboatão, ano de meus temores, mês do esquecimento.


Quase todos meus sonhos morreram, os que sobraram estão em coma profundo. Respirar me machuca tanto, me estica, me rasga de canto a canto e eu continuo sendo um simples suburbano que se intoxica fácil.

Joguei fora minha caixa de lembranças alegres pensando que o demônio fosse me ajudar, ele só piorou as coisas...

A mulher que me ama, a enxergo como uma irmã mais nova. Vejo-me como um velho decrépito que o que muda em sua rotina são os dias em que não consegue cagar.

Para que um cérebro?

Para que viver?

Como amar?

Quase todos meus sonhos morreram e esse último que tenho, quer suicidar.


Marcos Henrique

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Distúrbio




Com o distúrbio me sento e oro por dias que não estão por vir;
Por agora sou um pedaço de mim que aflora o rosto rubro em silhueta;
O que sou? Pergunto-me mais uma vez...

... Sei quem sou por agora, sou só ócio, um mandrião sem vontades;
Sou soberbo em tudo o que faço de pior, sou único e só;
Sou escravo do oficio que se apresentou a mim, sou prisão sem trancas, porque não se pode trancar o que se acostumou com o cárcere;
Sou a aberração perfeita de Deus, bobagem, sou somente, humanidade.


Marcos Henrique.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Correntes da sociedade


Correntes da sociedade



Se cortar meus cabelos me fizesse igual a você, seria tão fácil ser mentiroso;
Se cortar meus cabelos me fizesse igual a você, seria tão fácil ser o que luto para não ser.


Seja um bom menino, não beba, não fume, seja controlado para ser invencível, seja comparado para ser mais amado.

Meus pulsos já estão cortados, acho que não entendi bem o recado.

Foda-se não quero ser comparado com qualquer filho da puta! Minha cota de amigos confiáveis acabou, vou em busca dos que pago.

Meus pulsos já estão cortados acho que não entendi bem o recado.

Marcos Henrique

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Só através de mim você vê as coisas



Só através de mim você vê as coisas



Eu olho através de você que não vê - O garoto que nasceu sem dons -.
Lembranças de nunca. Estrada de tijolos e lama Bonecas sem rosto e lágrimas amargas.

Eu sempre soube que você não me enxergava, acredite no que eu omito, eu sempre estarei com você.

Eu sou o garoto que nasceu sem dons, todos sabem que eu não sei sorrir, todos cantam no coral da morte "O bom filho que não voltou".

Eu sou o garoto que nasceu sem dons, o abraço que ninguém afagou. Mentiras ditas para mim me fazem feliz através de você, eu sempre acreditei...


Eu olho através de você que não me vê , você não conta seus segredos negros para mim, meu dia é lento, não tenho ninguém, os dias são duros sem você eu sempre sei quando vou sofre, não quero sofre. Choro no escuro. Você é linda como a morte, eu sei.

Meus passos são contados para não me perder, o amor é uma ilusão eu sei, que não vivi com você, eu sempre acreditei.

Eu sou o garoto que nasceu sem dons, todos sabem que eu não sei sorrir, todos cantam no coral da morte "O bom filho que nunca voltará".

Eu sou o garoto que nasceu sem dons, o abraço que ninguém afagou, mentiras ditas para mim, me fazem feliz através de você, eu sempre duvidei.

Eu sempre acreditei;
Todos os dias eu rezo por você, mas minha voz é minima.


Marcos Henrique

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Segunda era



Segunda era
12/06/2003


Ela me tomou o corpo, ela me tomou a alma, ela me fez de tolo, ela me cortou os pulsos, ela, só ela, eu só eu, nós somos nada e ela me é tudo.

Feri-me com uma asa de anjo, ele me batei e cuspiu em minha face, essa foi à única prova de amor que tive em anos, eu, só eu.

É duro lutar contra seus vícios, é duro querer o paraíso sem roubá-lo, mais tudo bem, todos um dia tentaram fugir de lá.

Deitado, sinto que estarei bem, deitado estou seguro de meus atos, deitado, respirando, até quando. Não ascendam as velas, ainda estou vivo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Eu, meu corpo & minha poesia


Jaboatão, 2005 a.C.


Suicídio vem me buscar me leva bem alto no imenso céu azul púrpuro escuro tão claro e distante, vem e me salva de meus fracassos que nunca são passageiros sempre constantes e fortes.

Ela sempre me olha de um jeito estranho e desconfortante, não consigo me acostumar, por mais que ela já tenha me olhado sempre parece que é a primeira vez.

Estou me afogando em meus erros, sempre soube que esse seria meu fim, melhor que uma tragédia grega e quando ouço essa voz dentro de tua voz me distancio ainda mais de mim.

Ouçam! É impossível ouvir como eu, é impossível sentir como eu, é impossível para mim, mas não para meu suicídio meu fiel inimigo que me mantém vivo.

O dia de hoje traçou meu destino sem mim, continuo andando em círculos e suando para esquecer o que nunca lembro, nunca lembro de mim, só me lembro de um triste adeus cinza e pétalas de rosas murchas caindo em cima de um violino quebrado, se você acha que sou loco é porque não me viu por dentro é triste o adeus negro que não sai de meu pensar, adeus, adeus...

O que poderia ser pior que lembranças de uma grávida que acabara de abortar? Eu sei, sou louco por ser tão tolo e ainda acreditar, mas eu sou assim mesmo um sonhador sem pulsos, adeus, adeus vida sem vida, adeus, adeus triste destino, adeus, adeus meu Deus menino que não sabe se trocar ainda.

Coisas que me deixam triste são sempre lembradas por meus inimigos. Todos juntos cantando em si bemol e com aquele velho som do piano com apenas uma tecla afinada, tudo é tão distante que chega a me dar náusea.

Ah meu doce amor amargo, minha menina de vidro quebrado e lábios tão carnudos o que devo fazer para te ter de volta, o armário continua fechado para balanço e não sei quando vão reabrir, adeus minha doce, adeus manhã tão cinza, adeus despertador do medo.

Vem e vem devagar como quem não quer nada de mim e logo se aloja em minhas vértebras, o que mais querer se os céus ainda são alegria, dorme e dorme meu anjo, dorme que a manhã está por vir e tudo vai começar novamente todos os nossos sonhos não serão realizados como queremos, mas só os religiosos não estão preparado para esse dia, vencemos mais que perdemos e isso nos da uma certa vantagem, nos da mais força para enfrentarmos o dia.

Ela estava tão linda ontem com todo aquele humor que só ela tem, seu jeito de sorrir sempre me deixa embriagado, nem percebo o dia surgir, o que mais pedir além de vida?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Seu cu tem cabelo



Seu cu tem cabelo


Todos os dias eu penso em lhe cortar;
Todos os dias uma gilete para raspar;
Todos os dias essa porra a suar;
Todos os dias preciso me banhar!

Seu cu tem cabelo!?
Seu cu tem cabelo!?
Seu cu tem cabelo!


Marcos Henrique

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Seus



Seus


Seus amigos são seus amigos?
Quem está sempre lá?

Não olhe o que não se deve olhar;
Você sabe que não pode contar comigo, você sempre soube.

Você está onde deveria estar;
Você deveria estar lá.

Pensamentos perdidos num canteiro esquecido. Fleches de luz me ceifam, ensurdece meus ouvidos. Os proscritos estarão lá, os proscritos estarão lá, todos sorrindo para você.

O reflexo que já foi meu, meu desejo morreu com o teu;
Mortos não dizem adeus;

Você está onde deveria estar;
Você deveria estar lá...


Marcos Henrique

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Agnóstico



Agnóstico


Acredite no que quiser, mesmo se ela não vier de manhã para ti ver.

Todos os passos são curtos, todos os passos são melhores dados no escuro. Pare de respirar e sinta a morte chegar.

O que está sobre a mesa deveria estar lá;
O que está sobre você deveria ficar lá.

Eu sou bom em guardar segredos, então minta para mim, pois dinheiro pode compra amor
É possível viver sem dor?

Eu sei que perdi mesmo antes de jogar. É possível viver sem amor?

Acredite no que quiser;
Duvide do que quiser;
Venha como viver...

Teus problemas são tão meus, teu suor é só seu. Minha dor passou, é possível viver sem amor?
Ser o mais belo quando todos te olham com horror.
É possível viver sem dor?

O que está sobre a mesa deveria estar lá!
O que está sobre você é som sua alma morta.


Marcos Henrique

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Céu Azul




Céu Azul


Anjos rasgam os céus azuis em vôos suicidas;
Deus se escondeu com vergonha do que criou;
Meus heróis morram de tristeza! Estão todos pelo chão;
Se você não pode voltar, eu não posso ir.

Não a nada mais aqui, nem pessoas para matar, onde estão?

Segredos que causam dor só servem para envenenar todo ar;
Eu não quero ter medo de você, eu não quero ter que matar você.

O sol ainda brilhara amanhã em quanto os justos poderem lutar;
Eu não quero voltar pra você, eu não quero ir...

Meus heróis morram de tristeza! Estão todos pelo chão;
Se você não pode voltar, eu não posso ir.
Não a nada mais aqui, nem pessoas pra matar, onde estão?

Marcos Henrique

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Senhor sono



Senhor sono



Senhor sono venha me ajudar;
Senhor sono venha, por favor, pois esse mundo doe.

Senhor sono não seja tão mal e duro comigo, tenho doces para cariar seus dentes multicolores;

Senhor sono vem e me deixa esquecer toda a fome de uma noite de calor desumano;

Por favor, me ajude a esquecer quem sou nesse espelho de carne que apodrece cada dia mais rápido.

Ainda existem arco-íris onde crianças possam brincar com sua inocência intacta?

Existe um lugar onde há menos razão instrumental e nossas crianças não podem ser tocadas por suas antenas mágicas?

Não lembro qual o último livro que li e pude entendê-lo do começo ao fim. Minha opinião não é relevante, sou menos nesse mundo de mais.

O grande empalador está por perto com sua lança com um carvão na ponta. Senhor sono venha me acordar e obrigado por tudo o que o senhor me ensinou sobre ser bom e não tão consumista.

Senhor sono venha me ajudar a esquecer o que todos colocaram em minha cabeça de uma única vez, toda a razão em não ter certeza da razão, hoje; sou um alienado com internet 3G, não sei se sou mais feliz ou menos triste, sou um andróide melancólico sem seu tênis importado. Senhor sono faça um favor a se mesmo, me tire à autocrítica.

Marcos Henrique

2009 out 17.

OBS.: Esse poema é uma crítica a cultura de massa que impera no século XXI.

Para conhecer mais sobre cultura de massa, pesquise sobre a escola de Frankfurt.

Boa viagem mental.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

176



176


Hoje eu acordei morto;
Solucei, vomitei um pouco;

Chorei um choro sem lágrimas, ri por dentro dei gargalhadas;
Eu vi, eu vi o nada;
Senti, senti o que faltava;
Uni, desuni, falei doces palavras, voei mesmo com minhas asas atrofiadas.

Hoje eu acordei sem palavra claras;
Hoje eu acordei morto, bem longe de tudo, bem longe de todos;
Longe do meu corpo!


Marcos Henrique

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

É tão fácil partir


É tão fácil partir


É tão difícil partir;
É tão difícil ficar;
Porque todos temos que ir se nada dura até eu decidir que é o fim?

Fugitivos de um jardim, fuga para o nada;
Os corpos nus estão aqui, sem mais culpa ou fala.
Sorrisos falsos são tão necessários quando não sabemos sorrir.

Um adeus e bons gestos, um adeus não importa mais se nunca se teve...

Sou tão frágil que chego a ser verdadeiro quando estou só por mim. Uma arma para curar todo mal, todo mal para minha dor.

E se fosse simples assim, como tirar uma vida, sem verdadeiras justificativas;
Meus cabelos doíam enquanto cresciam.
Eu e você fomos feitos um para o outro e estamos tão sós, sós como um adeus.

Todas à vezes...
...Em quem devo acreditar?
Em quem sempre mentiu pra mim?
Os campos sem sementes são mais lindos de se ver a noite e eu sigo bem aqui onde não comecei, onde comecei a fugir.

Marcos Henrique

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Meu amigo 38

Foto do Filme Kick Ass, data do lançamento do filme 16 de abri no Brasil


Meu amigo 38




Revolver!
Revolver!
Me da o teu disparo;
Me rasga, me estupra com meus ossos quebrados;
Me mancha com sangue que não é o orgasmo da virgem, que sonha gatilhos no transporte.

Quem pode viver em jaulas resfriadas, não troca, não dá, nem quer a liberdade.

Pra que viver com medo do gatilho, se eu posso viver em carros tão blindados.

Revolver!
Revolver!
Me tira a própria vida, protege pra mim a vida dos que vivem, na mira, na mira, na mira do revolver.


Marcos Henrique

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Querer não é poder


Querer não é poder


Quero me desligar do mundo, não me importo se a camada de ozônio está no fim, se Deus é brasileiro, se o diabo é gay, se todos somos irmãos. Não me importo com teus sonhos, nem com a porta que foi deixada aberta, sorrir e chorar tanto faz.

Pássaros que voam, insetos que transam, tanto faz se tudo acabar. Os mortos enterram os mortos, chorar é pra quem tem olhos e não enxerga no escuro;

Viva até morrer! Viva até morrer!

Não se importe com Platão, não se importe comigo!

Marcos Henrique

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Trechos do livro: O Homem que Ninguém se Lembrava

Para lêr o que está escrito selecione com o mouse, logo abaixo aparece-rá o texto.


Tenho 29 anos e nunca fiz nada de estraordinario em minha vida, nem escrever a palavra extraordinário eu sei, mas tudo bem porque ainda posso sonhar em meu quarto, se bem que sonhar as vezes é dolorido.

Vou tentar contar um pouco de minha estória simplória para vocês, antes, vou no banheiro, preciso dar uma barrigada...

...os dias não importam mais...

O Homem que ninguém se Lembrava
de M. H. M. Martins

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

POEMA 19


Só carrego minha cruz aqui mesmo em meu peito, olho para o céu, me acho pequeno;
Olho pra mim; me acho tão triste, tão diferente.

Tantas ruas são ruas ou vielas, escadas de favelas.

Só são boas minhas intenções, concretizações, nenhuma; fracasso! Conheço do começo ao fim, velórios me perseguem, às vezes sinto como se Deus e o diabo lutassem dentro de mim, não sei se quero sentir mais isso, não sei por que escrevo isso, só sei que está chovendo; a chuva é tão molhada, tal como minha alma que está comigo, mas não sinto.

Aqui onde estou sou prisioneiro, eu sou banheiro, mas, por favor, não cuspam em mim.

Marcos Henrique

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

EGOISMO




Só uma noite não quero pensar em nada, não quero pensar em Deus ou no diabo, não quero pensar na guerra, na fome, na dor, no homem, não quero pensar no dia, na noite, nas horas, no nada ou em tudo.


Só uma noite não quero pensar no amor, no ódio, nas flores, no fim do mundo, começo do mês, no fim da novela, no recarregar do revolver, no meu grande por quê.


Só nesta noite não quero pensar em nada, não quero pensar em min; quero ser egoísta!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A vida que escolhi



A escolha mais difícil que fiz em minha vida foi ter escolhido te perder. Um simples abraço, um misero abraço poderia ter mudado tudo.

Continuo lá te esperando em pé na chuva olhando para o nada, para ver se te vejo, não sei onde estás, eu nunca soube como entrar no teu mundo.
Se hoje meu peito sangra;

Se hoje não sinto vida, a culpa é minha, só minha de tê-la perdido, de tê-la feito chorar por meu amor de não ter me arriscado mais.

O dia continua a nascer e as flores ainda morrem sozinhas sem serem vistas na calada da noite, a porta está mais fechada do que nunca, não posso entrar, joguei as chaves fora, será que você soube o quanto foi difícil minha escolha?

A casa que nunca vamos ter, os filhos que nunca vamos educar, as rugas que nunca vou ver em você, o abraço que nunca vou te dar, o tempo que não volta, os erros que estão a nossa volta, as escolhas erradas que sempre ficaram comigo; esse foi meu premio por não te amar quando devia, por ter assassinado essa parte de minha vida de nossa poesia. Nunca pude te tocar, sempre de longe, sempre aqui dentro de mim, meu coração nunca vai parar de sangrar eu sei; a culpa ainda é minha e não tem perdão que nos dê aquele tempo que eu matei para preservar meu medo de viver ao teu lado.

Quem dorme ao teu lado?

Quem enxugou tuas lágrimas?

Quem te viu acordar?

Quem te viu dormindo de um modo engraçado? Eu não sei; mas sei que perdi todos os momentos bons de tua vida e sei que ainda és para mim a menina mais bonita, também sei que nunca é muito tempo, mas é isso o que somos; nunca! Chega de perguntas! Chega de respostas que não podem ser ditas em alta voz, tenho seu coração prezo ao meu, seu coração não bate mais como o meu, não bate mais para o meu...

Morrer seria mais fácil, o suicídio poético, não ter você é pior que o inferno sem fogo ou céu sem anjos, um Deus louco ou súditos mortos. Tudo bem em quanto houver lágrimas, sei que existira vida.
As amoras já estão boas de serem cultivadas, mas me faltam mãos para colhê-las.

Aqui jaz meu amor.

Marcos Henrique

O Poema que eu deveria ter vivido há doze anos atrás.
Ano de 2004.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

POEMA 16



Não conheço a face da justiça, só o rosto da maldade. A insegurança me faz vigilante, cauteloso e tenso.

No grande labirinto sem saída existem paliativos que nos dão como se fossem aspirinas.

Sigo sem rumo, mas seguro que o braço de Deus me guia pela porta certa, para eu não entrar no escuro. Me pergunto que horas são? Não importa se já não destinguo os dias que passam tão rápido e quando notamos já é o amanhã. Não me lembro do ontem só lembro-me de um sonho tão frio e sem final feliz.

Marcos Henrique

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

POEMA 12



Há vida! Vida, vida, morta, viva, viva sua vida! Não morra por dentro, esqueça a morte, só viva! Não ligue só viva! Não se magoe não se puna pelo que não fez, pelo o que não aconteceu, pelo o que não viveu.

Agradeça por acordar depois de uma longa noite de sono sem sonhos. Os sonhos nos deixam vivos, sem eles não vivo tão bem.

Alguém me escuta?!

Há culpa?! Não sei o que falar, não sei dizer. Minhas roupas já não servem, já não vestem meu corpo tão bem como ontem;

Não me serve o consolo, não sei se me amo ou odeio o ódio por não me dar chances nem me ensinar a viver só;

Só tenho a mim mesmo, não me querem por perto, não me quero melancólico.

Qual será a verdadeira liberdade?

Os profetas já se foram - só ficou a vaidade e levaram suas profecias para fora da cidade, estamos ocos, não sabemos viver se elas, mas prefiro ser só a viver com elas, a viver fingindo.

Marcos Henrique

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

POEMA 10



Que batalha é essa? O que é que eu sinto? Por que me toco e não me sinto?
Tumor invisível, ansiedade platônica, vitória adiada, minha alma foi roubada, minha roda é quadrada.

Só um sinal, só um! Só um ponto luminoso, só um pingo no meu rosto;

Só o nada, retratado, tão falado e tão vazio! Tão frio! Tão insano! Tão religioso! Tão complexo! Tão vistoso.

Sou um louco por não ser louco, nesse mundo de insanos!

Marcos Henrique

sábado, 29 de agosto de 2009

POEMA 9



Hoje eu senti uma coisa estranha, o estável;

Mal pensei nos problemas, nos meus pelo menos, ouvi o dos outros, meio que de longe, meio que discreto, meio que descrente, meio que igual às rochas.

A felicidade vai e vem, por que não fica para sempre;

Por que foge derrepente sem nos da explicação, nos larga como a uma coisa fácil de conquistar, tão fácil que logo perde o interesse e os interessados que sofram, não se importam, não se tocam, não me toque mais! Se não for para ficar para sempre.

Marcos Henrique

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

POEMA 6



Meus pensamentos se foram como mais um dia, sorte de ter visto mais um dia passar.
O tempo passa, a madrugada me inspira a escrever o que é ser só, mas não gosto de ser só, me sinto perdido entre vocês, vivêncio o verídico e os rumos que Deus nos deu.

Não tenho medo da morte – só a forma que ela vem, no velório são tantos, não se vê ninguém, nem o adeus, nem as lágrimas, nem as flores, nem o finado se vê, afinal ele está só e cego, estou só mas enxergo além do horizonte.


Marcos Henrique

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Alma




Escrever e adoecer a alma, será uma dádiva? Será uma benção?

Quem sabe ao certo esses fatos só são rotina crua, crua é minha vida, my life. Sempre me sentindo um prisioneiro de mim mesmo...

A dádiva me foi dada e junto me veio a magoa, o medo e o eu sozinho, não me importo como serei lembrado, se como um gênio, ou um retardado, só ouçam minhas poesias doentias, meu desabafo; chorem! Riam! Sejam o que não fui! Sejam livres! Sem cortes nos pulsos, sem veneno nas veias, sem saudade de um lugar que nunca é visto por meus olhos, não posso descreve-lo, mas o sinto desde menino, desde a época clara, antes das trevas reinarem em meu pensar.

Fazer-me vida;

Fazer-me paz;

Fazer-me o que não sou, alegria.

Marcos Henrique.

sábado, 22 de agosto de 2009

Os confundidos, Poesia de Primeira


Quer conhecer um pouco do trabalho de uma galera que manda ver na poesia?
São eles http://www.osconfundidos.blogspot.com/ poetas que não esperam e agem.

Um de seus poemas.


A Infância


Em meu peito trágico, põe-se a bater
o instinto tranquilo de um infante.
Ah! esse pálido encéfalo a acender
com a alegria de passados instantes.

Tranquilo, numa paz oculta sem saber.
Lembro, era assim que o mundo deveria ser:
puro, inocente, virginal e pandega.
Há fome independente do que se coma.

Na nostalgia do meu incurável ser, aparecia,
Precoce conclusão. No reumático estalo de ossos
A velhice como castigo de um cardíaco coração.

É espantoso como no fim somos todos, assim,
Pele e osso, compondo uma infeliz totalidade:
Doença e Alegria corroendo, e isso, chamamos: saudade.

Darlan Delarge

Você teme?




Você teme?


Eu paro e ouço por uns minutos o som do silêncio me cortar, me incomoda, não quero;

Ouço os gritos dos cristãos! Não ouço os mortos, não ouço a voz celestial! Gostaria de ouvi-las, mesmo que para me repreender, mesmo que para me desdizer.

Os cemitérios são tão úmidos e o cheiro da morte fica cada vez mais forte, sufocando, queimando as narinas.

Quando se sente às células morrerem notasse a impossibilidade que o egoísmo nos oferece.

Quando se sente eu temo, vocês temem?

Marcos Henrique

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Mais uma do meu livro "Clamor"



Doce sonho



Ah! Se a vida ficasse doce para mim, sem nenhum corante ou conservante.

Sempre que vejo mais um homem morto por seu veneno, me sinto menos homem, me sinto menos digno.

Ah! Se a vida ficasse doce para mim e todas as flores dos campos exalassem seu perfume por todo o ano.

Ah! Se a vida ficasse doce para mim, teria válido a pena tua morte, tuas dores não seriam sentidas tão fortes.

Ah! Se a vida ficasse doce para mim e tudo o que sinto pudesse ser dito em um único poema, único verso em um único registro.

Ah! Se a vida ficasse doce para mim e me jogasse fora todas as dores, poupando o homem, tirando dele o dom de dar sofrimento.

Ah! Se a vida ficasse doce e ao fixarmos os olhos, enxergaríamos nossos defeitos e transformaríamos em doces nossos defeitos; se a vida fosse doce, não seriamos tão veneno.

Marcos Henrique

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Do meu livro "Clamor"



Eu nada sou


Posso ser julgado por meus fracassos?

Posso ser julgado por meu amor?
Posso ser julgado por meu ódio?

Posso ser julgado por minha dor?

Posso ser eu mesmo?

Posso ser tudo? Eu que nada sou.

Quantas cartas não lidas, todas queimadas sem serem lidas.

Quanta estupidez posta em cartas de amor, o sol do meio dia é menor que minha dor.

Minhas lembranças são tristes, minha tristeza atual, corro livre sem destino, sem rumo, sem direção, mas me sobraram rosas – estão todas mortas, vou queima-las e jogar suas cinzas na escuridão.

Posso ser julgado por meu pensar distorcido? Provocativo? Pessimistas?

Alusão...

Marcos Henrique

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Eu


Eu

Eu matei Deus quando disse que poderia fazer tudo, quando disse que seria o bem e o mal, quando não quis chorar;

Eu matei Deus quando não vi um dia lindo nascer; quando não vi as flores dos cactos e não bebi de suas águas;

Eu matei Deus quando cruzei o horizonte, sem pedir ajuda a ninguém, sem pedir ajuda a mim;

Eu matei Deus quando neguei minha cegueira, quando pensei enxergar de mais, quando vi mais longe que o próprio Deus;

Eu assumo que matei Deus quando me tornei deus, quando lutei para compreender tudo em minha vida tão curta, quando quis ser imortal sem ter plantado uma árvore;

Eu matei Deus! Eu matei Deus e nós matamos o cristianismo que em nós de verdade nunca existiu!

O mundo é tão infinito e meus pés curtos; curta é à noite que estupra o dia em negras orgias e orgasmos silenciosos.

Eu matei Deus e temo em me matar, seria uma ironia se não fosse uma tragédia grega.


Marcos Henrique.