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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

POEMA 12



Há vida! Vida, vida, morta, viva, viva sua vida! Não morra por dentro, esqueça a morte, só viva! Não ligue só viva! Não se magoe não se puna pelo que não fez, pelo o que não aconteceu, pelo o que não viveu.

Agradeça por acordar depois de uma longa noite de sono sem sonhos. Os sonhos nos deixam vivos, sem eles não vivo tão bem.

Alguém me escuta?!

Há culpa?! Não sei o que falar, não sei dizer. Minhas roupas já não servem, já não vestem meu corpo tão bem como ontem;

Não me serve o consolo, não sei se me amo ou odeio o ódio por não me dar chances nem me ensinar a viver só;

Só tenho a mim mesmo, não me querem por perto, não me quero melancólico.

Qual será a verdadeira liberdade?

Os profetas já se foram - só ficou a vaidade e levaram suas profecias para fora da cidade, estamos ocos, não sabemos viver se elas, mas prefiro ser só a viver com elas, a viver fingindo.

Marcos Henrique

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