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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Trechos do livro: O Homem que Ninguém se Lembrava

Para lêr o que está escrito selecione com o mouse, logo abaixo aparece-rá o texto.


Tenho 29 anos e nunca fiz nada de estraordinario em minha vida, nem escrever a palavra extraordinário eu sei, mas tudo bem porque ainda posso sonhar em meu quarto, se bem que sonhar as vezes é dolorido.

Vou tentar contar um pouco de minha estória simplória para vocês, antes, vou no banheiro, preciso dar uma barrigada...

...os dias não importam mais...

O Homem que ninguém se Lembrava
de M. H. M. Martins

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

POEMA 19


Só carrego minha cruz aqui mesmo em meu peito, olho para o céu, me acho pequeno;
Olho pra mim; me acho tão triste, tão diferente.

Tantas ruas são ruas ou vielas, escadas de favelas.

Só são boas minhas intenções, concretizações, nenhuma; fracasso! Conheço do começo ao fim, velórios me perseguem, às vezes sinto como se Deus e o diabo lutassem dentro de mim, não sei se quero sentir mais isso, não sei por que escrevo isso, só sei que está chovendo; a chuva é tão molhada, tal como minha alma que está comigo, mas não sinto.

Aqui onde estou sou prisioneiro, eu sou banheiro, mas, por favor, não cuspam em mim.

Marcos Henrique

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

EGOISMO




Só uma noite não quero pensar em nada, não quero pensar em Deus ou no diabo, não quero pensar na guerra, na fome, na dor, no homem, não quero pensar no dia, na noite, nas horas, no nada ou em tudo.


Só uma noite não quero pensar no amor, no ódio, nas flores, no fim do mundo, começo do mês, no fim da novela, no recarregar do revolver, no meu grande por quê.


Só nesta noite não quero pensar em nada, não quero pensar em min; quero ser egoísta!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A vida que escolhi



A escolha mais difícil que fiz em minha vida foi ter escolhido te perder. Um simples abraço, um misero abraço poderia ter mudado tudo.

Continuo lá te esperando em pé na chuva olhando para o nada, para ver se te vejo, não sei onde estás, eu nunca soube como entrar no teu mundo.
Se hoje meu peito sangra;

Se hoje não sinto vida, a culpa é minha, só minha de tê-la perdido, de tê-la feito chorar por meu amor de não ter me arriscado mais.

O dia continua a nascer e as flores ainda morrem sozinhas sem serem vistas na calada da noite, a porta está mais fechada do que nunca, não posso entrar, joguei as chaves fora, será que você soube o quanto foi difícil minha escolha?

A casa que nunca vamos ter, os filhos que nunca vamos educar, as rugas que nunca vou ver em você, o abraço que nunca vou te dar, o tempo que não volta, os erros que estão a nossa volta, as escolhas erradas que sempre ficaram comigo; esse foi meu premio por não te amar quando devia, por ter assassinado essa parte de minha vida de nossa poesia. Nunca pude te tocar, sempre de longe, sempre aqui dentro de mim, meu coração nunca vai parar de sangrar eu sei; a culpa ainda é minha e não tem perdão que nos dê aquele tempo que eu matei para preservar meu medo de viver ao teu lado.

Quem dorme ao teu lado?

Quem enxugou tuas lágrimas?

Quem te viu acordar?

Quem te viu dormindo de um modo engraçado? Eu não sei; mas sei que perdi todos os momentos bons de tua vida e sei que ainda és para mim a menina mais bonita, também sei que nunca é muito tempo, mas é isso o que somos; nunca! Chega de perguntas! Chega de respostas que não podem ser ditas em alta voz, tenho seu coração prezo ao meu, seu coração não bate mais como o meu, não bate mais para o meu...

Morrer seria mais fácil, o suicídio poético, não ter você é pior que o inferno sem fogo ou céu sem anjos, um Deus louco ou súditos mortos. Tudo bem em quanto houver lágrimas, sei que existira vida.
As amoras já estão boas de serem cultivadas, mas me faltam mãos para colhê-las.

Aqui jaz meu amor.

Marcos Henrique

O Poema que eu deveria ter vivido há doze anos atrás.
Ano de 2004.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

POEMA 16



Não conheço a face da justiça, só o rosto da maldade. A insegurança me faz vigilante, cauteloso e tenso.

No grande labirinto sem saída existem paliativos que nos dão como se fossem aspirinas.

Sigo sem rumo, mas seguro que o braço de Deus me guia pela porta certa, para eu não entrar no escuro. Me pergunto que horas são? Não importa se já não destinguo os dias que passam tão rápido e quando notamos já é o amanhã. Não me lembro do ontem só lembro-me de um sonho tão frio e sem final feliz.

Marcos Henrique

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

POEMA 12



Há vida! Vida, vida, morta, viva, viva sua vida! Não morra por dentro, esqueça a morte, só viva! Não ligue só viva! Não se magoe não se puna pelo que não fez, pelo o que não aconteceu, pelo o que não viveu.

Agradeça por acordar depois de uma longa noite de sono sem sonhos. Os sonhos nos deixam vivos, sem eles não vivo tão bem.

Alguém me escuta?!

Há culpa?! Não sei o que falar, não sei dizer. Minhas roupas já não servem, já não vestem meu corpo tão bem como ontem;

Não me serve o consolo, não sei se me amo ou odeio o ódio por não me dar chances nem me ensinar a viver só;

Só tenho a mim mesmo, não me querem por perto, não me quero melancólico.

Qual será a verdadeira liberdade?

Os profetas já se foram - só ficou a vaidade e levaram suas profecias para fora da cidade, estamos ocos, não sabemos viver se elas, mas prefiro ser só a viver com elas, a viver fingindo.

Marcos Henrique