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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fastio

Fastio
(Marcos Henrique Martins)


Hoje, acordei com dores do mundo. Não tive vontades, apenas receios, dores por meu corpo, sede, saudade.
Hoje, não tive motivos para dizer “Bom dia”, apenas olhava, acenava e fingia, não quis sentir o calor de ninguém.

Todos, temos dias tempestivos uns com tamanha tormenta que por pouco não se salvam, então, vem o crepúsculo e as esperanças se renovam ao olharmos para o céu e vermos tamanha perfeição. O sol brilha, nos olha e diz: “Amanhã volto a te aquecer, por hora, te deixo com minha irmã, aproveite para contar-lhe todos os segredos que só os enamorados não temem em revelar”.        

Hoje, acordei com fastio do mundo.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Resenha de meu livro O Lado Avesso – Nornes, o Mago no blog livretando


Título: O Lado Avesso #1 - Nornes, o mago
Autor(a): Marcos Henrique Matos
Editora: Editora Baraúna
Número de Pág.: 278

Tibério está prestes a pedir a mão de sua namorada em casamento. Ao chegar no restaurante onde o pedido seria feito, ele percebe que esqueceu a aliança no carro e vai buscá-la, mas algo trágico acontece, Tibério é atropelado por um carro desgovernado e entra em um coma profundo.

No mesmo momento, em um mundo desconhecido - na cidade de Fargo -, surge um homem de origem desconhecida, onde nem ele mesmo conhece o seu passado. Sabe apenas que se chama Theo, afinal, foi assim que o espírito da floresta o acordou de seu sono profundo. Theo acaba descobrindo que faz parte de uma profecia e que sua missão é dar fim à guerra que desde muito tempo acontece em Fargo.


"E nos tempos negros um homem sem passado virá de uma terra distante e desconhecida. Sua coragem e justiça destruirão todo o mau e restaurará o equilíbrio do brilho da pedra de Eufanor, restaurando o clã dos cavalheiros."




 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Drenos em bonecos secos



Gostaria de convida-los a fazerem uma viagem. Escrevi esse poema tendo como base a música Drain You da banda Nirvana. Então os convido a ao mesmo tempo em que forem ouvindo a música, a cada estrofe cantada, vocês lerem uma linha do poema. Dá a sensação de que é a tradução da musica, mas não é. Acho que vale a pena a viajem.
Logo abaixo do poema a música, diretamente de youtube




Você disse que sempre estaria por perto quando eu caísse;
Mentir te deixa mais linda à noite, quando as estrelas fogem de medo. Cumplicidade complicada e drenos em bonecos secos;
Perdão sem perder o que nunca foi encontrado.

Quero ver seu coração, ruínas e sonhos (rostos rosados)
Luta sem amor, cor sem cheiro, olhos sem fé, flores sem vasos, Deus sem D.

E todos riram quando te contei meus segredos no alto de uma colina sem luz, pulamos juntos até o fundo, quebramos o que não poderia ser quebrado. No alto, tudo é tão pequeno e frágil como velhos com passados tristes;

Eu estudei todos o movimentos que fluíam junto com teu cheiro.

Quero ver seu coração, ruínas e sonhos (rostos rosados);
Luta sem amor, cor sem cheiro, olhos sem fé, flores sem vasos, Deus sem seu ser.

Você disse que sempre me amaria, mas o eterno está acabado. Fale o que não pode ser comprido e eu toco o que não pode me tocar com os dentes.

Rostos de meninos no esquecido, cumplicidade complicada e drenos em bonecos secos. Sou mais complicado que os retratos de Da Vinci.


Quero ver seu coração, ruínas e sonhos (rostos rosados);
Luta sem amor, cor sem cheiro, olhos sem fé, flores sem vasos, carne da carne, poema sem espírito, violência tocada com violinos, Deus sem estar.

Marcos Henrique Martins.



sábado, 21 de abril de 2012

Rimas


Rimas
(Marcos Henrique Martins)

Não gosto de rimas, elas me sujam, me deixam constrangido.
As rimas só servem - se é que tem serventia -, para enganar nossos corações e nos fazer soltar risos de canto de boca.

Prefiro os versos sem rimas. Ásperos. Ousados. Inexplicáveis. Sujos e pantanosos.

As rimas são como diabinhos tomando leite morno e comendo biscoito maisena, os poemas secos não, são como doses de uísque que nos reconforta a alma de uma forma que nem a vã filosofia terrena ousa desmistificar com veemência.

Os poemas rimados deveriam ser banidos do mundo literário, mas volto atrás, se nem os parnasianos conseguiram triunfar, os tolos poemas rimados devem continuar a povoar nosso imaginário e nossos corações ásperos.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Eu recomendo o blog: Um Universo Fantástico

Olá amigos, eu recomendo este blog: Um Universo Fantástico de minha amigoa Bianca Prado. Muito bom mesmo! Lá você fica sabendo das novidades literárias, resenhas e muitos mais. Deem um ciber pulo lá.

Click na imagem para ir ao blog: 



terça-feira, 17 de abril de 2012

Eu recomendo o blog: Magia Literária


 
No blog Magia Literária você foca sabendo de tudo o que está rolando no mundo literário. Vamos lá pessoal, deem um ciberpulo no blog Magia Literária.

Click na imagem para ir ao blog:


 

Entrevista no blog Histórias Fantásticas

Bom dia, boa tarde ou boa noite!


Olá amigos! Deem uma lida na entrevista que concedi ao blog Histórias Fantásticas da jornalista Miriam Santiago e aproveite para conhecer esse ciberespaço, muito bacana, que Miriam criou.

Abraços virtuais a todos@

http://miriammorganuns.blogspot.com.br/
 
Escritor Marcos Henrique Martins

Olá, Marcos, é um prazer recebê-lo e agradeço por ter concedido a entrevista ao Histórias Fantásticas.

Miriam Santiago: Marcos, além de estudante de Jornalismo, sei que você está na reta final e se forma no final do ano,  assessor parlamentar e blogueiro, você também é escritor e poeta. Quando você começou escrever suas histórias?


Quer saber  resposta? Então dá um ciberpulo no blog Histórias Fantásticas. Click na imagem para ir ao blog.




sábado, 14 de abril de 2012

Entrevista



O recifense Edson José da Silva Santos trocou a ensolarada Recife para morar a mais de cinco mil quilômetros de sua terra natal, na cidade de Manaus, capital do Amazonas. Viu seu sonho se realizar com o lançamento de seu primeiro livro O Mendigo, publicado pela editora Baraúna em 2010 e agora se prepara para voar mais auto. 

Este pernambucano de 49 anos é maestro, poeta, compositor, arranjador, desenhista e escritor. Ou seja, a arte é a sua vida. O autor criou uma estória emocionante, onde ficção e realidade se cruzam nas páginas de seu romance. Fizemos uma entrevista com este multiartista para mostrar, não só o universo criado por Edson, mas toda a delicadeza como o escritor e maestro toca a vida.




Marcos Henrique Martins – O mendigo é seu primeiro livro? Ou é seu primeiro livro lançado por uma editora?

José Edson – É o meu primeiro livro. Até o final deste ano deverei lançar o segundo e nos próximos 3 anos mais 3 livros.

MHM – Hoje a literatura mundial está voltada para livros de vampiros, bruxos e crianças que se digladiam até a morte, como é o caso do livro “Jogos Vorazes”. O que te inspirou a escrever o livro O Mendigo e a fugir dessa tendência?       

Edson – Dois mendigos da vida real: Antonio, um rapaz que além de mendigo era deficiente físico, mas tinha uma alegria enorme em viver e uma senhora que, carinhosamente, chamávamos de "vó" por sua forma conselheira de falar.

MHM – Quais as suas influências literárias? 

EDSON – Sou eclético na leitura e isso me influenciou.


MHM – O livro tem muitas frases interessantes como, por exemplo, “Não se jorra veneno de coração que pulsa o amor”, isso para falar apenas de uma frase. Você classificaria o livro como um pouco de autoajuda? Ou ele vai mais além?

EDSON – Eu classifico O Mendigo como um livro de reflexão, essa foi a minha intenção nesta obra.


MHM – A escolha do título de um livro é tão importante quanto o tema que o autor aborda, ou a capa escolhida por ele, principalmente para autores estreantes que o grande público não conhece. O título do livro é simples e objetivo. Como você chegou a esse título? Foi fácil a escolha?

EDSON – Sim, pois a ideia também era simples. Convidar o leitor para uma reflexão.

MHM – Foi feita uma pesquisa, recentemente, que o números de pessoas que leem no Brasil caiu para 8,4%. Se em 2007 95,6 milhões de brasileiros eram considerados leitores, hoje são 88,2 milhões, apesar do mercado editorial está aquecido. Você acha que faltam incentivos do governo e dos pais, também, para motivarem seus filhos a querem ler mais?

EDSON – Sem sombra de dúvida. A leitura deve ser incentivada em todas as idades.


MHM – Como você enxerga as redes sócias e blogs, microblogs para a divulgação de novos escritores. Você acha que essa tecnologia ajuda ou atrapalha os escritores?

EDSON – Ajuda e muito. Blog, por exemplo, é o melhor aliado dos autores novatos.

MHM – Você encontrou muita dificuldade para conseguir lançar seu livro por uma editora?

EDSON – Sim! Acredito que a maioria, absoluta, dos autores encontram dificuldades para lançarem seu primeiro livro.


MHM – Você acha que o livro de papel vai acabar e os livros eletrônicos vão reinar soberanos, os chamados e-books?

EDSON – Não. Há diferença no prazer em ler um e-book e um livro impresso.

MHM – Porque você achar que os leitores brasileiros, às vezes, são tão relutantes em querer ler um autor nacional? E se for estreante a dificuldade aumenta ainda mais.

EDSON – Não deixa de ser um preconceito, mas somos nós escritores que temos de derrubar essa ideia investindo cada vez mais na qualidade.

MHM – O personagem principal o Herbert, foi inspirado em alguém? Como você compôs o caráter dos personagens principais de seu livro?

EDSON – A forma com que o Herbert fala, foi inspirado na minha mãe, pois ela tinha sempre uma maneira simples para explicar uma situação complicada. Os demais personagens foram tirados de uma observação simples. Em todo grupo de pessoas tem um mais tímido, um brincalhão, um lider... E um chato. (risos).

MHM – No Brasil ainda há um abismo social muito grande, os ricos não querem dividir o bolo em partes iguais. O seu livro mostra que uma pessoa, mesmo simples, pode ter grande conhecimento a ofertar aos outros. Você é otimista quanto ao futuro de nosso país?

EDSON – Eu sou otimista quanto à evolução mental do ser humano.

MHM – Você prefere uma vida vivida, ou uma vida pensada?

EDSON – As duas coisas, pois eu não consigo viver sem pensar e nem pensar sem viver. (risos).


MHM – O que você deseja passar para as pessoas com a estória que criou em O Mendigo?

EDSON – O valor real da amizade.

MHM – Quais os projetos para o futuro? Podemos esperar mais livros seus? Você poderia nos falar um pouco sobre seus projetos futuros?

EDSON – O segundo livro é a continuação de O Mendigo, a história se passa 20 anos depois da partida do Herbert. Outros três livros devem ser lançados até 2015, mas falarei sobre eles mais tarde.


MHM – Que conselho você daria para os jovens escritores, para as pessoas que sonham em escrever e conseguir lançar um livro?

EDSON – Nunca desista de um bom sonho, as dificuldades só existem para dar um sabor melhor à realização.


MHM – Você tem algum ritual para começar a escrever?

EDSON – Não, nenhum ritual.


MHM – Como é o seu processo de criação? Você gosta de observar as pessoas, lugares para dar vida a suas estórias e a seus personagens?
    
EDSON – Eu costumo dizer para aos amigos. Se você não é artista, coloque arte em sua vida. Mas, se você é artista, coloque vida em sua arte.
Para conhecer o site do escritor acesse: http://edsonsantosescritor.webnode.com.br/

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Olá amigos! Mais uma indicação de um ótimo blog



Eu recomendo o blog da jornalista Fernanda, ele se chama Segredos em Livro. O blog existe há pouco tempo, mas já possui material de boa qualidade para quem quer ficar sabendo das novidades do mundo literário. Então, essa é a dica. Deem um ciber pulo lá, garanto que não vão se arrepender.
 
 Click na imagem que você chega no blog:

   

A insana verdade de Marcos Henrique



A insana verdade de Marcos Henrique
(Marcos Henrique Martins)

Sou um anjo pornográfico que tem medo de voar;
Sou um homem pornográfico que tem medo de amar;
Sou de tudo o mais, menos, de todo o mau, o melhor veneno, arte fraca, falsa que é meu poetar.

A insanidade me rodeia, olha; me namora, se esconde e se mostra sinuosamente para mim.

Estou sego. Cego e fechado em meus pensamentos. Estou caótico e ultrapassado, estou excitado com a vida torta que escolhi.

Sou um anjo pornográfico, deleite de meus pensamentos pobres;
Não! Eu sou o acaso, que mete medo nos que tem medo de serem controlados.

A ânsia por viver me mata cada dia menos, e vivo só, cada dia mais. Só, entre rostos conhecido que não sei pronunciar seus segundos nomes, que pensam ser um ser, sem saber o que é o ser.

Me perco em meus pensamentos, perco e não me acho, acho que não me perco, enrolo-me com palavras doces que a cada dia me deixam mais seco, mais áspero, opaco, oco, meio vivo, meio morto, idolatra do poetar verdadeiro que em mim, nunca há de se manifestar.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Poema sem título

 
(Marcos Henrique Martins)

Ouvi sua voz em alto e bom tom, mas tudo são sonhos e acordos fácies de serem burlados. Eu continuo ouvi você, mas nada mais faz sentido.

Não posso correr, minhas pernas trancaram. O que restou de minha força; tenho que usar em algo mais produtivo.

Queria te ver, mas estou cego. Querer nunca é fácil e ter, não sei se é alcançável.

Fácil de mais eu dizia. Que bobo sou. Eu posso tocar sem quebra? Não sei se posso, não sei como tocar.

Estou em pedaços na sua sala, estou preso, estou nu, estou sem estar.

Sei que às vezes escrevo sem sentido, mas que sentido tem a vida se não chorar. Caeiro me disse que era bom chorar, mas ele nunca chorou na minha frente.

Não lembro mais meu nome, não lembro mais de tanta coisa. Mário de Sá sempre teve razão, pena ele ser tão triste, pena eu escrever sem vida.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Meu conto: A verdade está nos vermes


A verdade está nos vermes
(Marcos Henrique Martins)


Acordou as duas da madrugada, e viu os vermes a lhe degustar. Não sabia onde estava, nem como sair dali. Não sentia dor, apenas desconforto e vergonha por estar sendo comido vivo. Seu ventre aberto, não exalava odor, tentou fechá-lo, não teve êxito, tentou se levantar. Faltava-lhe pernas.

Pensou, pensou e pensou. Nada em sua mente. Coçou a cabeça, sentiu o oco. Voltou a olhar para a mão, sentiu enjoo. Refletiu - Como posso não ter mais meu cérebro? Como posso pensar isso sem ter um cérebro?

Sentiu sede, percebeu que não tinha mais língua. Quis chorar, seus olhos lhe abandonaram.

Depois de algum tempo, viu que não poderia sair de sua escuridão, acomodou a cabaça nas trevas e começou a se sentir mais confortável com todos os vermes que lhe consumiam o corpo.

Pensou:

– Como será que está o dia lá fora, será que tem crianças correndo, flores desabrochando e pessoas sentindo minha falta?

Passou a mão na cabeça novamente e ficou feliz por não ter mais seu cérebro, dessa forma, sabia que não pensaria mais em problemas fúteis.

domingo, 1 de abril de 2012

Poemas 146



Poemas 146

(Marcos Henique Martins)


Quero desintoxicar minha alma,
Desintoxicar meu espírito
Chega de ouvir anjos chorando, resmungando ou caídos.

Se a paz se apresenta timidamente, então aceitarei meu dia a dia.
Minha obscura rotina se alegra, pois o sol ainda brilha.