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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

POEMA 10



Que batalha é essa? O que é que eu sinto? Por que me toco e não me sinto?
Tumor invisível, ansiedade platônica, vitória adiada, minha alma foi roubada, minha roda é quadrada.

Só um sinal, só um! Só um ponto luminoso, só um pingo no meu rosto;

Só o nada, retratado, tão falado e tão vazio! Tão frio! Tão insano! Tão religioso! Tão complexo! Tão vistoso.

Sou um louco por não ser louco, nesse mundo de insanos!

Marcos Henrique

sábado, 29 de agosto de 2009

POEMA 9



Hoje eu senti uma coisa estranha, o estável;

Mal pensei nos problemas, nos meus pelo menos, ouvi o dos outros, meio que de longe, meio que discreto, meio que descrente, meio que igual às rochas.

A felicidade vai e vem, por que não fica para sempre;

Por que foge derrepente sem nos da explicação, nos larga como a uma coisa fácil de conquistar, tão fácil que logo perde o interesse e os interessados que sofram, não se importam, não se tocam, não me toque mais! Se não for para ficar para sempre.

Marcos Henrique

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

POEMA 6



Meus pensamentos se foram como mais um dia, sorte de ter visto mais um dia passar.
O tempo passa, a madrugada me inspira a escrever o que é ser só, mas não gosto de ser só, me sinto perdido entre vocês, vivêncio o verídico e os rumos que Deus nos deu.

Não tenho medo da morte – só a forma que ela vem, no velório são tantos, não se vê ninguém, nem o adeus, nem as lágrimas, nem as flores, nem o finado se vê, afinal ele está só e cego, estou só mas enxergo além do horizonte.


Marcos Henrique

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Alma




Escrever e adoecer a alma, será uma dádiva? Será uma benção?

Quem sabe ao certo esses fatos só são rotina crua, crua é minha vida, my life. Sempre me sentindo um prisioneiro de mim mesmo...

A dádiva me foi dada e junto me veio a magoa, o medo e o eu sozinho, não me importo como serei lembrado, se como um gênio, ou um retardado, só ouçam minhas poesias doentias, meu desabafo; chorem! Riam! Sejam o que não fui! Sejam livres! Sem cortes nos pulsos, sem veneno nas veias, sem saudade de um lugar que nunca é visto por meus olhos, não posso descreve-lo, mas o sinto desde menino, desde a época clara, antes das trevas reinarem em meu pensar.

Fazer-me vida;

Fazer-me paz;

Fazer-me o que não sou, alegria.

Marcos Henrique.

sábado, 22 de agosto de 2009

Os confundidos, Poesia de Primeira


Quer conhecer um pouco do trabalho de uma galera que manda ver na poesia?
São eles http://www.osconfundidos.blogspot.com/ poetas que não esperam e agem.

Um de seus poemas.


A Infância


Em meu peito trágico, põe-se a bater
o instinto tranquilo de um infante.
Ah! esse pálido encéfalo a acender
com a alegria de passados instantes.

Tranquilo, numa paz oculta sem saber.
Lembro, era assim que o mundo deveria ser:
puro, inocente, virginal e pandega.
Há fome independente do que se coma.

Na nostalgia do meu incurável ser, aparecia,
Precoce conclusão. No reumático estalo de ossos
A velhice como castigo de um cardíaco coração.

É espantoso como no fim somos todos, assim,
Pele e osso, compondo uma infeliz totalidade:
Doença e Alegria corroendo, e isso, chamamos: saudade.

Darlan Delarge

Você teme?




Você teme?


Eu paro e ouço por uns minutos o som do silêncio me cortar, me incomoda, não quero;

Ouço os gritos dos cristãos! Não ouço os mortos, não ouço a voz celestial! Gostaria de ouvi-las, mesmo que para me repreender, mesmo que para me desdizer.

Os cemitérios são tão úmidos e o cheiro da morte fica cada vez mais forte, sufocando, queimando as narinas.

Quando se sente às células morrerem notasse a impossibilidade que o egoísmo nos oferece.

Quando se sente eu temo, vocês temem?

Marcos Henrique

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Mais uma do meu livro "Clamor"



Doce sonho



Ah! Se a vida ficasse doce para mim, sem nenhum corante ou conservante.

Sempre que vejo mais um homem morto por seu veneno, me sinto menos homem, me sinto menos digno.

Ah! Se a vida ficasse doce para mim e todas as flores dos campos exalassem seu perfume por todo o ano.

Ah! Se a vida ficasse doce para mim, teria válido a pena tua morte, tuas dores não seriam sentidas tão fortes.

Ah! Se a vida ficasse doce para mim e tudo o que sinto pudesse ser dito em um único poema, único verso em um único registro.

Ah! Se a vida ficasse doce para mim e me jogasse fora todas as dores, poupando o homem, tirando dele o dom de dar sofrimento.

Ah! Se a vida ficasse doce e ao fixarmos os olhos, enxergaríamos nossos defeitos e transformaríamos em doces nossos defeitos; se a vida fosse doce, não seriamos tão veneno.

Marcos Henrique

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Do meu livro "Clamor"



Eu nada sou


Posso ser julgado por meus fracassos?

Posso ser julgado por meu amor?
Posso ser julgado por meu ódio?

Posso ser julgado por minha dor?

Posso ser eu mesmo?

Posso ser tudo? Eu que nada sou.

Quantas cartas não lidas, todas queimadas sem serem lidas.

Quanta estupidez posta em cartas de amor, o sol do meio dia é menor que minha dor.

Minhas lembranças são tristes, minha tristeza atual, corro livre sem destino, sem rumo, sem direção, mas me sobraram rosas – estão todas mortas, vou queima-las e jogar suas cinzas na escuridão.

Posso ser julgado por meu pensar distorcido? Provocativo? Pessimistas?

Alusão...

Marcos Henrique

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Eu


Eu

Eu matei Deus quando disse que poderia fazer tudo, quando disse que seria o bem e o mal, quando não quis chorar;

Eu matei Deus quando não vi um dia lindo nascer; quando não vi as flores dos cactos e não bebi de suas águas;

Eu matei Deus quando cruzei o horizonte, sem pedir ajuda a ninguém, sem pedir ajuda a mim;

Eu matei Deus quando neguei minha cegueira, quando pensei enxergar de mais, quando vi mais longe que o próprio Deus;

Eu assumo que matei Deus quando me tornei deus, quando lutei para compreender tudo em minha vida tão curta, quando quis ser imortal sem ter plantado uma árvore;

Eu matei Deus! Eu matei Deus e nós matamos o cristianismo que em nós de verdade nunca existiu!

O mundo é tão infinito e meus pés curtos; curta é à noite que estupra o dia em negras orgias e orgasmos silenciosos.

Eu matei Deus e temo em me matar, seria uma ironia se não fosse uma tragédia grega.


Marcos Henrique.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Hoje à noite eu viajo


Hoje à noite eu viajo, parto para nunca mais ser visto; minhas lembranças dolorosas são as únicas coisas que carrego, minha mala é pequena, mas minha bagagem é de peso descomunal.

Sou forasteiro da terra. Do mundo me sobrou a magoa e o choro de dor pela guerra.

A nevoa se espalha, já não posso enxergar com clareza meus sonhos, estão perdidos, estão; Não ligo.

Minha viajem já foi adiada por muito tempo, o trem não pode esperar mais, não posso esperar mais, que ansiedade brutal me corta a face, todos notam, eu não me importo, já tenho as passagens, são só de ida.

Pobre coração efêmero, pobre inferno, podre. Maldito tormento, tu se esvai agora! Não me vencestes, eu escolhi a derrota; pobre criança que chora, podre farsante, inimigo da cor que não é sua.

Eu parto e não deixo rastros, não deixo provas de minha vã existência, que dor no peito agora, e essas lágrimas que por mim rolam, me enchem de saudade desse mundo mal, que me tratou tão mau, não entendo os sentimentos, o coração ou o tormento de estar vivo, se pudesse escolher, tinha nascido morto, ou melhor, não teria nem sido fecundado, no vazio a tanto espaço e eu aqui.

A viajem para o tormento me espera, tormento que ouso chamar de minha paz. Minha infância! Para te retorno, para dentro do útero de minha genitora, antes; terei que passar pelo inferno, para dar adeus a quem me acolheu por todos esses séculos.


Marco Henrique


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Vermelhar


Você é tão linda, tão bonitinha, suas bochechas rosadas, sua força é enorme para o seu tamanho, acho que é por isso que te admiro, te respeito e gosto de teu gosto.

Serás lavada hoje, serás preparada para mim, para que eu possa saciar meu desejo que também é teu, então, é nosso e juntos seremos mais fortes que o universo, seremos uma dupla perfeita, dinâmica, imbatível, o herói e sua desejada, juntos a combater o mal.

Vou te deitar em água corrente, vou te lavar bem lavadinha, para que possas ficar com aquele cheiro que só você tem, com aquele gosto que me toca os lábios e me faz delirar.

Agora que vou te lavar, tiro toda sua roupa com as mãos limpas e suaves, para não te machucar, te reparto de canto a canto e te deito na banheira que te dará mais sabor e me dará mais energia, estás quase pronta é só bater um pouco, adoça-la a gosto e está pronto meu delicioso suco de beterraba, saúde.

Henrique Martins.
2004-06-29

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Só divagações ao vento


Mente, cor, pele, lamento;
Os que passam sempre perco, perco o sol, perco tudo, menos meu lamento;
Divagações ao vento, poetar triste, poetar por dentro.

Poetar, poetar e preciso....

Viver, se vivo coexiste;

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Tudo tem um fim



Fim de segunda era.


Bom dia meu melancólico suicídio, como tens dormido? A noite às vezes é fria, mas o sangue de meus pulsos cortados lhe aquecera.

Eu fui um bom menino, agora quero minha recompensa, me é reconfortante saber que o sol brilha alto no céu e que apesar dos pesares o mundo ainda respira.

Meu testamento não foi escrito, sem folhas em branco, sem folhas que deveria ter escrito.

Daqui; vejo meu corpo que logo não existira mais, espero que lembrem-se de mim, só por um dia, mas lembrem-se. Agora vamos que à noite já está por vir, não quero mais o escuro, só a luz me interessa.

Ascendam às velas, não mais respiro.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

PELA MANHÃ



Por um tempo eu tive um sonho, sonhei mais alto que o céu; voei para lugares distantes; eu e minha imaginação sentíamos o gosto da vitória cada vez mais saborosa, cada vez mais minha. Não sei se o homem é medido pelo tamanho de seus sonhos, mais sonhei alto. Ao longo dos adquiri experiência e vitórias; então ela chegou, veio por trás, por minhas costas, não pude fazer nada, ouvi gritos e lágrimas, dor e duvida; seria essa a assassina da esperança!? Seria eu completamente abatido!? Minha mente quer repousar, mais não posso fechar os olhos, não durmo, não mais. Estou com o peito apertado, não sei onde por as mãos; teria eu falhado!? Teria falhado por ter princípios!? Á derrota é uma palavra forte e triste, não te condeno vitória, sei que não podes me reconfortar. Temo usar as palavras; agora, mais isso tudo vai passar, por mais que me comprima o peito e me tire o juízo, tenho que me levantar e abraçar os que estão comigo. Te odeio derrota! Mas tu me engrandeces ao longo da viva.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Poema tirado do meu livro Inspiração de Terceiros


III ato.

Nessa noite louca e confusa vejo estrelas pairarem sobre minha sombra desolada, essas loucas estrelas que clareiam a densa madrugada.
Oh! Por de sol que sucumbi meu fardo, me queima com voracidade, me lança nessa densa camada de magma, fúria incontrolável de meu eu, loucos nus, estrelas sem luz, anjos castros, sede, fome insaciável...

Louco! Pobre de te;

Tolo! pobre de mim, que me encho com o enjôo matinal, minha clara evidência de que em mim às vezes abita seres inimagináveis.

terça-feira, 4 de agosto de 2009




Não era noite ou dia, trevas ou luz...

...vozes roucas me iludiam, era ela, sem forma ou cor....

Segunda era, a hora que todos aguardavam e temiam no fundo de suas almas, uma forma nova de fingir lidar com a dor.

Henrique Martins.

domingo, 2 de agosto de 2009

Aumente o Som e Ouça em Braile


Eu já tive uma banda de Rock que infelizmente não deu certo, então decidi criar um vídeo. Antes nos chamávamos Lado B, depois passamos a nos chamar Garege Fugaz, nessa minha nova empreitada, sem ambição nenhuma, decidi chamar esse projeto, se é que posso chamar de projeto, decidi chamar de Alternativo.
Assistam ao vídeo de minha música “Todos os Dias” e se possível digam o que acharam da música e do clipe.

Aumente o som e Ouça em Braile a música Todos os Dias

Letra: D.Marcos
Música: Thaigoyes

Para conhecer mais meus trabalhos:

http://o-lado-avesso.blogspot.com/

http://lugarnenhumondeaverdadecomeca.blogspot.com/

http://poemassuicidasdiariodeummoribundo.blogspot.com/


http://menadelproscrito.blogspot.com/


Tirando Menadel (pois não tenho um desenhista para acaba a estória), todas as outras estão completas.

Para ler qualquer um de meus livros basta copiar e colar, estão completos em meus blogs.