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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Primeira parte de meu conto "Mortos"



A morte sempre sopra no ouvi dos vivos antes de matar o corpo...

Era um dia lindo, crianças nascendo, noivas casando, batizados, muitos batizados e risos de alegria.

Mas como sempre existe um “Mas” em tudo, Nem tudo era perfeito.

- Não posso fazer mais nada, tudo está acabado.

O rapaz toma o maior número possível de comprimidos, engoli tudo e se deita em sua cama, com uma linda colcha cor de sangue vivo, minutos depois começa a se contorcer e a babar e, como quem tenta falar alguma coisa depois de cair com as costas ao chão, ele fica se esticando todo, olhando para o teto do quarto até seus olhos não apresentarem mais vida. Está morto. E por uns instantes tudo é escuridão absoluta e calmaria, mas na vida sempre vão existir os “Mas” e na morte também.

- Onde eu estou? - Pergunta o rapaz conseguindo sair de sua escuridão.

- Você não está nem no céu, nem no inferno – responde o ser meu homem meio animal alado.

- Quem é você? E o que eu estou fazendo aqui? – pergunta o rapaz meio perdido, olha para o horizonte infinito.

- Você não percebe o que aconteceu? – pergunta o ser.

- Eu estava no meu quarto e aí... Eu estou morto! É isso! Eu morri!? Achei que fosse falhar – diz o rapaz com um sorriso sombrio no rosto.

Ele não sabia, mas sua jornada só estava começando.

- E como foi meu enterro? Acho que não foi ninguém – falou.

- É você não tinha muitos amigos – disse o ser.

Continua...

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