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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Rabiscos de um possível livro que começo a escrever (ainda Sem um título definido)



"Acordar e não saber se ainda está dormindo é o pior inferno para alguém".



Capitulo I


O rádio-relógio marca 09h30 da manhã, é a primeira coisa que vejo, quando abro meus olhos, aquele rádio-relógio preto do meu lado, me olha como se me conhecesse há séculos. Não lembro de nada e, não é só de ontem, ou do ontem, ou sei lá o que, não lembro de absolutamente nada. É como se tivesse acabado de nascer neste exato momento e meu corpo doe, doe muito, meus olhos ardem, também. Apenas um nome vem a minha cabeça – Maria – sei que não é meu nome, pois toco em mim e percebo que tenho um pênis. 09h33 da manhã continuo sem saber quem eu sou, fecho os olhos, torno a abri-los, 10h01 da manhã, agora. Quanto tempo fiquei apagado e nem percebi? O que está acontecendo aqui? Penso em levantar, fico temeroso, a melhor coisa a fazer, por agora, é continuar deitado.
Começo a vasculhar, com os cantos dos olhos, procurando alguma referência, algo com que possa me identificar me situar nessa situação. Nada.
Qual o dia da semana? Que mês será? O Ano, que ano deve ser? Quantos anos tenho? Qual o meu nome? Só agora que me dou conta que não conheço minha face. Torno a procurar com meus olhos, busco algo que possa refletir meu rosto. Nada.
Será que sei falar? Que língua devo falar? Que palavra devo tentar pronunciar primeiro? Nunca imaginei que seria tão difícil tomar uma decisão tão simples. Que inferno! Será que estou nele? Não, não, aqui não é tão quente. Mas será que é quente lá no inferno?
Volto a percorrer com os olhos, procuro enxergar ao máximo o que der, vejo coisas sem muita nitidez, não sei se devo levantar a cabeça. 10h15.

- Mãe!
Continua...

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