I ato.
Eu sou um pajem sem ovelhas ou pastos, mas de que me vale pastos ou ser pajem, se tudo que faço não faço por mim, faço pelo fato de ser obrigado a fazer, sem sentir em mim desejo ou zelo, sou simplesmente pau mandado e açoitado.
Meu crânio inerte se repulsa, se contrai, sem saber qual a cura para meu apetite tão voraz. Qual maquiavélica criatura, com seu rosto tão voraz, me pois carapuças e mordaças para que nunca me sinta paz. Qual ferrão me abateu nessa noite escura e quente? E esse aroma em forma de veneno de serpente, já me é tão familiar, menos essa noite ofuscante, uma mistura de medo e sodomia, paira aqui e aculá.
Mortos sem nomes não fazem a menor diferença dos que tem um nome em suas lápides, todos estão no mesmo lugar, seja trevas ou céu, seja perto de Deus ou deuses, anjos decaídos, não importa! Estão todos sem respirar.
Em minha tola filosofia, falsa e falsária, ilusória e penitente, me magnifico ao saber que não sou magnífico como meu ego tanto acha, sou o mínimo e o máximo do nada. Todas essas palavras são um mistério para esse meu crânio velho e opaco, guardador de meu cérebro, carcereiro de meu pensar.
2 comentários:
bom comeco
Marcos Henrique, sou Petrônio, músico responsável pela banda municipal de Jaboatão. No dia 22 de novembro, dia da música, estaremos realizando um encontro artistico e gostaria de saber da possibilidade de sua participação. Se puder entrar em contato, no fone 8688 1007, ou no e-mail pre_trumpet@ig.com.br
Li seu trabalho e gostei muito.
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