ABSOLUTAMENTE NADA
Nada do que eu disser mudara o rumo das coisas, crianças continuarão nascendo e seus choros estrondosos serão ouvidos, outras terão o choro cessando antes do nascer do sol – é a vida em seu estado selvagem e cruel.
Nada do eu disser porá fim as guerras dentro e fora de nós – apenas sorria e acene, sorria e acene e finja que é feliz assistindo sua TV LCD de 100 polegadas, pois nada poderá lhe tocar, nem mesmo os comerciais.
Homens públicos continuarão financiando o freak show, colocando o capital em suas cuecas de grife – se possível até nas nádegas – tudo para fugir dos órgãos alfandegários e do coro popular os chamando de corruptos, mas não se preocupam realmente, pois o coro popular fica rouco em pouco tempo e mínimo.
Nada do que eu disser tocara por mais de cinco minutos sua consciente – a fugacidades matou o tempo dentro do século XXI.
Nada do que eu disser te fará feliz de verdade, porque não há felicidade, o que existe é o poder de compra e quem não o tem está fadado ao inferno na terra.
Não protestem mais doces crianças, não adianta tentar criar uma revolução nesse século, já que o sentido das revoluções morreu junto com a serventia dos filósofos.
A fugacidade matou o tempo;
A fugacidade matou o século;
A fugacidade matou o degustar de um poema;
A fugacidade matou o mendigo que dormia enrolado em jornais de ontem;
A fugacidade matou o sentido de se ter por de sois.
Criança, nada do que eu disser tornara o mundo mais seguro para você.
Marcos Martins.
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