- É lindo sim. Sabe, fico imaginando se um tsunami viesse para cá, seria o fim desses arrecifes, do parque das esculturas, do marco zero – falava enquanto deslumbrava a paisagem - A propósito, me chamo Azrael sou um transportados, um anjo, mas pode me chamar de Malak, é mais fácil de se pronunciar.
Foi se apresentando e me estirando a mão para me cumprimentar. Por uns instantes relutei em apertar sua mão, mas ao cumprimenta-lo senti uma mão macia e que emanava um calor que nunca avia sentido antes.
- O que me aconteceu, como você sabe meu nome, como vim parar aqui, você é um anjo mesmo ou eu estou sonhando?
- São muitas perguntas Benjamim, vou te responder a mais importante, ok.
- Ok.
- Você morreu Benjamim, não foi uma morte honrosa, mas depois do século XX, são raras mortes honrosas.
Não podia acreditar no que acabara de ouvir, me senti tonto, o estomago embrulhou um pouco, achei que fosse desmaiar.
- O que? Eu morri! Acho que vou vomitar.
- Não se preocupe isso sempre acontece com os marinheiros de primeira viagem – ele tocou em meu ombro e tentava me reconfortar.
- Como é que você diz uma coisa dessas para alguém, assim de uma vez só?
- Gosto de ser direto – continuou - Vamos, vamos sair daqui, só espero que você não enjoe em barcos, temos que atravessar para o outro lado; temos que pegar o bonde.
- Bonde, mais que bonde?
Ele não me respondeu e foi andando sem me dar atenção.
- Você tem dinheiro para darmos ao barqueiro? – perguntou-me.
- Dinheiro? Não sei se você notou, mas eu estou morto - não sei como pude dizer isso, pensei.
Enquanto Malak se afastava, para pegar o barco, eu podia sentir o mar, as ondas quebrando no paredão de uma forma diferente, era como se elas cantassem para mim uma música desconhecida, mas que me reconfortava.
- Droga! Já estou devendo uma grana pra esse barqueiro – falava Malak em vos alta, enquanto tentava fazer nascer um sorriso em seus lábios.
Um barco se aproximou e um senhor com um semblante alegre, que guiava o barco a motor, olhou para mim e deu um sorriso simples, porém cativante.
- Vai para o outro lado, Malak? – perguntou o barqueiro.
- Estou tentando ir, meu velho.
- São quatro reais.
- Meu amigo, você poderia deixar na conta?
- Você já vem com essa conversa há tempos, no dia em que você me pagar sua divida, eu me aposento.
- Quebra esse galho, meu velho. Não tenho culpa se eles sempre aparecem sem nenhum um tostão, mas prometo que te pago tudo no fim do mês.
- Tudo bem, mas que fique bem claro, se chegar o fim do mês e você não me pagar, vai ter que atravessar nadando.
- Vamos Benjamim, você tem que pegar o bonde. (...)
Foi se apresentando e me estirando a mão para me cumprimentar. Por uns instantes relutei em apertar sua mão, mas ao cumprimenta-lo senti uma mão macia e que emanava um calor que nunca avia sentido antes.
- O que me aconteceu, como você sabe meu nome, como vim parar aqui, você é um anjo mesmo ou eu estou sonhando?
- São muitas perguntas Benjamim, vou te responder a mais importante, ok.
- Ok.
- Você morreu Benjamim, não foi uma morte honrosa, mas depois do século XX, são raras mortes honrosas.
Não podia acreditar no que acabara de ouvir, me senti tonto, o estomago embrulhou um pouco, achei que fosse desmaiar.
- O que? Eu morri! Acho que vou vomitar.
- Não se preocupe isso sempre acontece com os marinheiros de primeira viagem – ele tocou em meu ombro e tentava me reconfortar.
- Como é que você diz uma coisa dessas para alguém, assim de uma vez só?
- Gosto de ser direto – continuou - Vamos, vamos sair daqui, só espero que você não enjoe em barcos, temos que atravessar para o outro lado; temos que pegar o bonde.
- Bonde, mais que bonde?
Ele não me respondeu e foi andando sem me dar atenção.
- Você tem dinheiro para darmos ao barqueiro? – perguntou-me.
- Dinheiro? Não sei se você notou, mas eu estou morto - não sei como pude dizer isso, pensei.
Enquanto Malak se afastava, para pegar o barco, eu podia sentir o mar, as ondas quebrando no paredão de uma forma diferente, era como se elas cantassem para mim uma música desconhecida, mas que me reconfortava.
- Droga! Já estou devendo uma grana pra esse barqueiro – falava Malak em vos alta, enquanto tentava fazer nascer um sorriso em seus lábios.
Um barco se aproximou e um senhor com um semblante alegre, que guiava o barco a motor, olhou para mim e deu um sorriso simples, porém cativante.
- Vai para o outro lado, Malak? – perguntou o barqueiro.
- Estou tentando ir, meu velho.
- São quatro reais.
- Meu amigo, você poderia deixar na conta?
- Você já vem com essa conversa há tempos, no dia em que você me pagar sua divida, eu me aposento.
- Quebra esse galho, meu velho. Não tenho culpa se eles sempre aparecem sem nenhum um tostão, mas prometo que te pago tudo no fim do mês.
- Tudo bem, mas que fique bem claro, se chegar o fim do mês e você não me pagar, vai ter que atravessar nadando.
- Vamos Benjamim, você tem que pegar o bonde. (...)
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