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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Intelecção

Intelecção
(Marcos Henrique Martins)


Hoje não tenho nada para você – Acabaram as floras, morreram os jardins. –
Hoje não tenho nada para os amigos – Findaram os abraços, apertos de mãos, sorrisos doces. –
Hoje, o dia não se fez nascer, foi parido as duras penas, não queria a perfeição da rima.
   
Quando os corações se tocam, faz algum sentido o tempo da saudade.
Quando meu poetar faz algum sentido e não provoca sensações, não me satisfaço com os sorrisos de canto de boca.

Hoje, o dia acordou com olhos de ressaca e me revelaram os motivos da traição de Capitulina. Tudo foi feito por amor, assim como as guerras, assim como os acertos e os erros. Tudo é culpa do amor.

Hoje, não tenho nada para você, nada para os garotos de rua que não se adaptam mais a um lar e, os olhos não conseguem esconder a tristeza da nossa impotência.
Hoje. Hoje vai ser o melhor dia de minha vida porque penso que posso controlar alguma coisa. Que tolo. Hoje achei que poderia explicar os mistérios da vida em um simples poema sem rimas.

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