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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Despertar

(Marcos Henrique)

A vida me mutila e os sonhos me entristecem por não se realizarem, às vezes não quero mais sonhar, mas é só o que me resta.

Os sonhos são difíceis de serem concretizados, a vida é difícil de ser suportada.

O que nos resta?
Quais são as brechas? Digam-me!
Quais são as brechas?!


Meu corpo nunca repousou por inteiro, meu fardo é pequeno, mas de peso descomunal, sou um proscrito – o filho há muito tempo esquecido. Minhas lágrimas caem e enchem o chão com poças de sangue sem vida, vejo como são felizes as pessoas realizadas e penso: como gostaria de sentir esse sabor.

Não lembro como foi meu ontem, não me sinto bem no meu hoje, e agora? Estou dentro e me sinto por fora, com frio, vejo vários cobertores, nenhum me serve, deixa meus pés a mostra; está frio por dentro, estou dentro do vazio e logo percebo que sou eu, seu eu! Sou eu me Deus! Tenho tanto medo do que sou agora e o que serei quando chegar minha hora.

Dê-me paz, eu ti suplico meu pai!

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