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sexta-feira, 6 de junho de 2014

PROSTRAÇÃO EM UM SÉCULO QUE PASSA DESALENTANDO MINHAS FRÁGEIS CONVICÇÕES SOBRE TUDO E SOBRE O NADA


PROSTRAÇÃO EM UM SÉCULO QUE PASSA DESALENTANDO MINHAS FRÁGEIS CONVICÇÕES SOBRE TUDO E SOBRE O NADA


Não sei fazer caras e boca em frente ao espelho – nem sei mais como me portar em frente a esses ladrões de almas;

Não sei sorrir com naturalidade em fotos – o natural já se foi, hoje, enfeito minha casa com flores artificiais;

Não sei ficar quieto enquanto vejo o mundo explodir. Zapeio em busca da terra prometida de um deus que é tão homem quanto aquele cara que ensinava o caminho do céu, mas não sabia ir.

O século XXI não mais me fascina, nem com a criação da internet 4 G. Hoje, os homens são mais prisioneiros do tempo do que tempos atrás.

Não, não gosto de receber os raios solares, eles me deixam queimados e desidratado;

Não, não rezo mais, na verdade tenho vergonha de pedir, de revelar meus pedidos egoístas ao infinito.

Ouço uma canção no rádio que fala de amores desfeitos, me sinto bem com a letra da musica, e a canção, com todas as suas notas dissonantes e escalas menores, me enche de uma melancolia salutar.

Leio um livro com poesias, na verdade finjo ler.

Não, não tenho mais a esperança que depois do firmamento haja algo a mais, na verdade nem mais firmamento deve existir, pois o home a tudo cobiça, conquista, destrói.


Marcos Martins.

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