
Daí, que partiu mar adentro, onde a natureza segue, na correnteza viva, mas sem gentes.[ou quase]
Quanto mais se afastava das multidões, mais sentia-se parte do oceano e satisfeito como jamais estivera.
Por lá ficou, navegando dias sem fim, no barco à deriva, alimentando-se de isolamento e de imensidão azul.
Até certa manhã, em que despertou novamente entediado com a própria existência, esbravejando para seu reflexo na água: “O que sou, afinal?”
O oceano parecia responder, com o barulho das ondas: nada! tudo! nada! tudo!...
Ciente de que onde quer que fosse, levaria gente com ele, sendo gente ele também, mergulhou até o fundo e num peixe se tornou.
Poema retirado do blog: http://contosdarosa.blogspot.com.br da poetisa Rose Mattos. Dê um ciber pulo lá e conheça mais dos textos dessa grande poetisa.
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