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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

PENÚLTIMO DESEJO


PENÚLTIMO DESEJO


Quero uma tesoura para cortar os laços quem me amarram os pulsos. Preciso de uma tesoura bem amolada para cortar essas amarras que me sufocam.

Preciso de uma poesia forte que me preencha e me faça sentir-se menos morto. Mas a morte sempre me ronda, flerta comigo.

Pássaros não cantam felizes em gaiolas, apenas catam para continuarem sendo alimentados, são atores.

Preciso de uma faca bem amolada para cortar os pulsos e libertar esses laços que estão presos a eles, esses laços merecem a felicidade.

Quero, em meu penúltimo desejo, me atirar ao mar para lavar todo meu ser. E no último desejo poder recomeçar sem esses laços que precisam tanto de liberdade, tanto quanto os pássaros que fingem ser felizes atrás das grades que abafam seus cantos, abafam seus pedidos de socorro.

Marcos Martins.

Um comentário:

Leticia Golz disse...

Nosso que lindo, gostei muito.

Me identifiquei muito com esse poema, sinto minha tristezas com prisões.
Parabéns ficou show.

Estou te visitando pela primeira vez, e já gostei..
Estou seguindo e te convido para visitar meu blog, se gostar segue também.
Quem sabe posteriormente podemos fazer parceria.

Beijos
livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br