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sábado, 14 de dezembro de 2013

Mosquitos chupadores de vida



Mosquito Chupador de Vida


Quantos mosquitos você matou hoje?

Quantas vidas minúsculas se foram para saciar nosso egoísmo?

Quem segurou tua mão hoje?

Quantos anos faz que seguro tuas as mãos frias?

Será que você sabe o quanto sangro para te fazer feliz?

Quem conhece o amor verdadeiro poderia me dar um pouco, um simples gesto já me seria o bastante, já saciara minha orfandade. 

Eu sinto frio, mesmo errando pelo deserto. 
Sinto frio, um frio vindo de longe, vido do cosmo infinito. 
Me descobri e não estava preparado para perder.

Assim como a dor que a lua sente toda vez que vai dar a luz ao sol, meu trauma não tem cura, minha mente não tem cura, escrever não tem cura, mas me acalma e me entristece;

Torna-me um homem; 
Torna-me um ermitão;
Torna-me mais morto; 
Torna-me mais vivo;
Me dá uma existência paradoxal. 

Faz-me chorar, me faz chorar, por favor, essa é a única coisa que ainda me faz sentir-se humano – Drenar-me o sangue, não me faz mais.



Marcos Martins.

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