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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O ditador sem reino



O ditador sem reino
(Marcos Martins)

Estou aqui em meu trono, posso sentir tudo com uma voracidade que machucaria até os deuses do olimpo.

Sinto tudo com a serenidade plena dos moribundos.
Vejo os lobos em seus covis, vejo as presas em suas prisões.

Meu trono é todo meu, por toda a decadência que os tempos possa me dar. Sinto prazer em me desfazer de meus desafetos, pois os bobos da corte já não me fazem rir com outrora, porém continuo imponente em meu reino, pois tenho mercenários como amigos.

Meu reino por um toque amigo! 
Meu reino por um sorriso puro!
Minha alma por uma justiça, verdadeiramente, justa.

Faço minhas leis - a executa meu carrasco -.
Faço minhas leis em meu reino decadente – ilusões de um pobre sonhador que não sonha há tempos.

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