acompanhar

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Quem eu sou nesse mundo cão?



Quem eu sou nesse mundo cão?


Meus olhos continuam lá e meu pensar aqui, não quero o que você sempre sonhou para mim. Guardo tudo em uma caixa muito pequena e apertada, mas cabe tudo o que preciso para viver.

Para que serve o tempo, senão para me aborrecer com medos e receios do que posso ou não fazer.

Toda a liberdade que me jogam na cara são mentiras que já não aquenta mais meu espírito perdido. Meu espírito o que será dele agora que o limbo deixou de existir? E o que faço comigo?

Meu peito está com órgãos negros e cada dia mais mudo com o passar dos dias que matam meu único passatempo - matar meu tempo-.

Sempre existiram perguntas sem respostas, mas todas tiveram suas respostas rápidas, prontas e fáceis de consolar nossos buracos, nossos medos, nossas aflições, minha impaciência.

Não quero mais resistir, apenas venha e me leve para passear no bosque e me deixe por lá, será bem melhor para todos, será bem melhor para mim viver sem ajuda, viver sem expectativas superficiais.

Quem eu sou nesse mundo cão? Sou apenas um grito, um grito que rasga a escuridão.

Marcos Henrique.

Nenhum comentário: