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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Me ame



Me ame


Não me ame em cristo;
Não me ame crucificado;
Não me ame em espírito;
Não me e ame e perdoe meus pecados.

Por hoje é só; solidão que aflora dentro de meu ser que já está sonolento de mais para questionar vans filosofias.

Não me ame por parábolas;
Não me ame através de sacrifícios;
Não me ame e queira se matar;

Quantos ainda estão no portão do paraíso decidindo se vão ou não entrar?
Quantos gritam e não são ouvidos nessa terra longa e fosca, quente e podre? Seus pulmões já a sangrar.
Quantos pedem por si e por outros em tempo de desilusão?
Quantos podem ser tocados por amargas – ilusão -.

Não me ame em vida;
Não me ame em morte;
Apenas, me ame como ser frágil e insignificante que sou;
Apenas me ame como um ser humano, tão nobre e tão falho da forma exata que você me moldou.

Marcos Henrique.

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