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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Reflexões de um homem que apenas olha

Imagem Google do poeta  Walt Whitman 

Reflexões de um homem que apenas olha


Ontem, vi um poeta bêbado que se equilibrava em sua poesia, ele sorria, chorava, ele soluçava, grita aos quatro cantos que queria voar; jogava pedaços de papeis no ar, eram partes de uma poesia que acabara de parir.

Vi esse poeta solto, mas solto mesmo, nenhuma rima lhe prendia, nenhuma tentativa de simetria lhe agarrava, ele realmente era livre, como homem, ser humano, como todo poeta deveria ser.

Vi aquele poeta, ali, serelepe, a se equilibrar em sua poesia e pensei comigo mesmo: - Quem dera ser poeta, quem dera poder transformar as sensações da vida, que adentram meus poros, minhas vísceras, em versos imortais. Ah! Os deuses homens morreriam de inveja, os anjos, que não sabem falar, morreram de inveja – venderiam até as asas para poderem conceber uma única linha -. Mas essa não é a função do poeta, não é a soberba que lhe move, nem o dinheiro, porque poesia não dá dinheiro, a menos que você esteja morto é tenha sorte.

Vi o poeta, vi o poeta que não precisava de mais nada na vida, apenas de suas rimas e suas narrativas livres, como o Marcelino bem explicou. E aquilo me vez um bem, me fez achar que há lugar no mundo para mim - para os tolos sonhadores -, além dos pessimistas que escondem seus sonhos de baixo do travesseiro, torcendo que Morfeus não venha busca-los.


Marcos Martins.   
11/08/13.        

P.S.: Poema feito após a leitura do blog do escritor Marcelino Freire, do texto: POR UMA NARRATIVA LIVRE.

Blog: http://marcelinofreire.wordpress.com/2013/08/06/por-uma-narrativa-livre/  

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