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sexta-feira, 4 de março de 2011

Para papai, mamãe e meu amigo imaginário Emanuel




Para papai, mamãe e meu amigo imaginário Emanuel


Clamor é uma palavra pura, sujeira; sou eu essa criatura impura;

Amor; não tenho não trago mais comigo, dor, corpo esquecido.

Os proscritos choram, chamam, imploram. Palavras são mais fortes que lanças! Um coração enrijecido é mais triste que lágrimas, uma face cansada, um olhar sem pálpebras (chame do que quiser a esperança), nada além do nada no horizonte.

Só me restou forças na mão que impunha a caneta, ela é minha ligação com Deus e com o diabo, com o ódio e corações arruinados.

Se estou triste me perguntam? Eu digo, indago, sou triste! Sou fruto da árvore do pecado! Meus pais me abandonaram, mas me deixaram um crucifixo e uma reza, para quando tudo mais for falho.

Marcos Henrique

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