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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Crônica de um cronista desempregado


Quem ganhará a corrida? O coelho ou o aumento de preços.


Olá gente boa, se é que tem alguém aí me lendo, espero que sim, bom; não sei se vocês notaram, mas tudo está mudando realmente rápido, me sinto sempre naquela estória infantil da corrida entre uma lebre e a tartaruga, eu sempre sou a lebre.


O futuro, ah! Doce futuro, o tratamento capilar está conseguindo milagres realmente, isso é que é futuro, confesso que estou um pouco decepcionado, não me levem a mau, achava que estaria voando em meu carro especial ou com meu sabre de luz, mas nem carro eu tenho.


Fui no mercado com minha mãe fazer compras, sabe como é, não pude sair de casa ainda a coisa ta preta para se manter sozinho, mas não faço parte da VASP: (Vagabundos Sustentados Pelos Pais). Fiquei temeroso e saudosista, lembram do Collor ele era bonitão, minha tia votou nele por causa disso, é, se ferrou, ah, ah! Desculpe tia, naquele tempo você comprava uma coisa e no outro dia como num passe de mágica, bum! O preço era outro, se mister M estivesse naquela época aqui, acho que ele não conseguiria descobrir qual era o truque que faziam para tudo subir de preço tão rápido, mais que o salário miniminho, não sei se vocês notaram, mas quando falam em aumentar o salário mínimo tudo vira um transtorno, os preços sobem mais que o miniminho (apelido carinho para o salário mínimo), me perdoem se vocês nunca notaram isso e eu sinto muito em dizer que: papai Noel não existe, nos enganaram a vida toda. É, eu sei como é duro, me senti do mesmo jeito quando fui ao dentista pela primeira vez, minha mãe dizia – ele não vai arrancar seu dente, só vai passar uma pomadinha, papo furado, vocês já viram o tamanho daquela agulha!?


Bom; bom? Ta tudo ruim! Não sei como o lulinha vai conseguir acabar com a fome desse país, não estou criticando ele, só pensando, vai ser duro, e qualquer vacilo, pronto; foi culpa dele, deve ser duro manter aquela barba sempre limpinha e ter que agüentar toda essa pressão, ainda bem que temos a Alca né, será? Se uma atitude não for tomada vamos ter que entrar na dieta light de comer mato ou teremos que fazer como os mormos que sabem estocar bem alimentação para se protegerem de eventuais problemas, como o fim do mundo, e agora o aumento da alimentação, acho que já começou o fim e vamos todos de barriga vazia para lá.


Tudo é culpa do dólar, esse papel verde que já está aí a uns... Quanto tempo faz que ele existe mesmo? Ou essa nossa situação será culpa de uma má administração ao longo dos anos? Séculos? é, a lembrança não faz parte de nossa natureza, tinha esquecido, falei e falei e não fiz nada, sou só um cronista, mas se todos nós uníssemos quem sabe? Os que estão no poder e deveriam fazer algo não sabem ou não querem fazer algo por esse país que vibra ao ver a seleção Brasileira em campo, mesmo sem saber cantar o hino nacional direito, esquecem de tudo quando a seleção canarinho entra em campo, preços altos, fome, violência, tudo, e no outro dia acorda ressacado por ter tomado uma cachaça violenta (igual ao meu amigo Junior) e com fome por ter gasto todo o dinheiro com fogos e cachaça e ainda acha ruim quando a mulher fala brava, vê se pode.


Espero que nosso presidente eleito consiga virar o jogo e espero que agente consiga aprender o hino nacional, antes que os gringos tomem tudo da gente, e nos obrigue a tomar a benção.


Sejamos mais otimistas, mas otimismo de barriga vazia é duro, eu sei, lembro com saudades quando ia para o cinema todo o dia, hoje nem lembro qual foi o último filme que assisti e nem lembro quanto custava ontem o preço do carne, nem vou arriscar dizer quanto ela vai custar amanhã.


Fiquem em paz e não se esqueçam de aprender o hino nacional; vamos rumo ao hexa com barriga vazia ou não.

27 de novembro de 2002

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