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Dezembro, ano desconhecido.
Lembrança esquecida.
Lembranças desconhecidas. Lembro de tudo, só não lembro se vivi realmente isso, todos aqueles rostos, todos os sorrisos, todas as reuniões de família, os primos que não via há anos, os tios que me davam dinheiro quando me viam, sempre apertavam minhas bochechas até ficarem vermelhas, todas as vezes que acenei em vão...
Quando fecho os olhos vejo o que vivi, entretanto; sinto como se não estivesse lá.
Quando era pequeno no dia de minha primeira comunhão, fui o único garoto a ter que pedir ao padre a hóstia consagrada, ele havia esquecido de mim, eu disse:
- Seu padre! O senhor esqueceu de mim.
- Quem é você filho? – Perguntou-me o padre.
Eu nem desconfiava que isso seria uma rotina em minha vida, na hora achei engraçado, mas quando passam a te perguntam isso por varia vezes, em varias fazes de sua vida é um saco.
- Ola dona Marta bom dia.
- Ola garoto, quem era aquele menino?
Dona Marte era uma boa pessoa, só com ela eu não me zangava, é que ela tinha, como se chama mesmo, sim! Perda de memória recente ou algo assim. Sabe é duro ser o garoto invisível do colegial, o único que não é chamado na hora de escolherem o time de futebol, o único a perder todas as manhãs o ônibus para ir ao colégio, o último a ter pelos pubianos, se bem que não vejo vantagem em tê-los, um amigo meu me dizia, se os cabelos de sua bunda estão lá é por algum motivo, sei, esse motivo é um mistério até hoje para mim.
Seria comigo se não fosse trágico ou trágico se não fosse março, esses trocadilhos não servem para nada, são lapsos para podermos suportar nossas vidas.
Continua... eu acho...?
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