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domingo, 20 de dezembro de 2015

É APENAS POESIA


É APENAS POESIA


Não se assuste querida é apenas poesia.
Não, não tenha receio de me dar à mão e juntos pularmos por sobre a lua.
Não tenha medo querida é apenas meu Eu lírico gritando essas coisas sem sentido, dizendo que está morto e se sente vivo apenas quando está dormindo.

Não, não sou a poesia que escrevo, mas sinto dor, medo e tenho lampejos, mas é tudo controlado – assim como os parnasianos faziam.
Não quero uma bebida, se bem que um bom vinho cairia bem.
Não se assuste querida é apenas a poesia saindo de meus poros. Sim, o poeta é um fingidor, mas a dor é deveras que respingar na alma.

Não sei por que meus dedos doem, não sei por que escrevo se poesia não é lida e se ninguém quer lançar um poeta vivo.

Tudo bem vou ter cuidado ao atravessar aquela rua sem semáforo, prometo olhar.
Não posso deixá-lo ir, onde ele habitaria?

Não amo mais meu Eu lírico que você querida, mas é de cumplicidade que estou falando, não de fluidos.

Tenho que continuar escrevendo, não importam os motivos, não sou eu é meu Eu lírico.

Não sei como vai terminar essa poesia e para falar a verdade não me importo, pois o que importa é fazer nascer à poesia, nada mais importa.


Marcos Martins.


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