acompanhar

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Acabei de ler a coluna de estreia de José Castello, no Suplemento Pernambuco. Visceral! Acabei tomado pelo texto e pari essa poesia, logo abaixo:



ESCREVO


Eu escrevo com sangue na alma;
Escrevo como quem nasce e morre todos os santos e profanos dias; Escrevo, escrevo e escrevo e depois me deito exaurido, com os dedos dormentes, com a mente entorpecida, preso ao mundo, às vidas que criei – mas nunca foram minhas. 

As palavras são livres e livre é minha escrita.
Livre é meu espírito – preso a esse corpo que me serve apenas para acomodar os ossos doloridos. 

Escrevo para não enlouquecer, pois escrever para mim é o verdadeiro sentido de se estar vivo e não perder-se nesse mundo de lobos famintos.

Escrevo com sangue – com todo o afinco;
Escrevo com ódio – com amor escarnecido;
Escrevo porque preciso sentir-me vivo;
Escrevo, escrevo, escrevo me exaurindo, passando para o papel minha essência, deixando a literatura em todo lugar – tangível ou intangível –, não importa, porque o que importa é escrever e que o escritor seja esquecido.

Marcos Martins.

(Quem quiser ler o texto, eu recomendo. Aqui! )

Nenhum comentário: