COM AS MÃOS UNTADAS EM SANGUE, SALVO O MUNDO DE MINHA
HUMANIDADE
Um rato é apenas um
rato e nada mais.
Um desejo é apenas um
desejo e nada mais.
Um sorriso é apenas
um sorriso e nada mais (já não se ri como ontem).
Depois da curva vem à
guerra, e o espantalho já não pode mais erguer os braços para afastar os corvos
do milharal da indiferença.
Com o sangue em
minhas mãos, salvo o mundo do mundo;
Com o sangue em
minhas mãos, lavo o chão que dá para a porta dos fundos;
Com o sangue em
minhas mãos, vejo apenas sangue, só sangue, sangue.
Sou homem rachado –
sertão que não cai nunca água;
Sou um homem despedaçado
– com os fragmentos espalhados aos quatro cantos da solidão;
Sou um homem que já
não sabe mais como pisar no mundo minado.
Sou sangue;
Sou dor;
Indiferença.
Sou solidão;
Amor;
Indiferença.
Faço versos líricos
para mostrar o quão mágico pode ser o homem de barro;
Faço versos líricos
que sangram; que mancham a mente com questionamentos dentro do mundo sectário. Por
isso, faço esses versos líricos para viver devaneios que me permitam sentir-me
bem dentro desse corpo labiríntico.
Marcos
Martins.
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