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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Respostas que tento deglutir



Respostas que tento deglutir
(Marcos Henrique Martins)


Já fiz tantas perguntas ao longo de minha vida
Já passei noites em claro – dias obscuros – pensando, pensado e me corroendo por dentro. Tudo na esperança de que alguém pudesse deixar sua zona de conforto e me desse, ou ao menos apontasse para respostas coesas nesse quebra-cabeça do ser pensante.

Tudo seria uma grande falácia?

A verdade que persigo não pode ser absoluta, pois verdades absolutas não existem – Esse pensar seria uma verdade absoluta? –.

Verdades que libertam;
Verdades que aprisionam;
Verdades que salvam vidas;
Verdades que destroem ilusões que foram milimetricamente criadas para preencherem cantos vazios de nosso ser;
Verdades que não aceitamos;
Verdades mentirosas para confortam toda frustração contida em teu peito, em meu existir.

O mundo gira a procura de verdades, mas elas, quando achadas nem sempre são bem mastigadas, pois verdades sempre tem gosto de ranço no fim da mastigação.

Cansei de procurar respostas, parei de correr atrás de pessoas iluminadas que pudessem me responder alguma coisa. Hoje, apenas olho para o céu à noite e vejo todas aquelas estrelas. Respiro fundo e percebo minha pequenez nesse mundo de lobos sedutores, criadores de verdades que aprisionam meu espírito contestador. Eles nunca me deixam tocar às incontáveis estrelas desse céu que oculta dissabores, para que vivamos hipoteticamente em paz com nossos credores.

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