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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Os benefícios do inexplicável

Os benefícios do inexplicável
(Marcos Henrique Martins)


Se amo em demasia. O faço por saber que minhas pegadas logo, logo se apagaram. Não serão nem sobra do que já fui. Por isto, amo em demasia, choro em demasia, me alegro em demasia, entristeço-me em demasia, vivo em demasia.

A fugacidade da vida ensina a poucas pessoas a aproveitarem a viagem - Que pena -, e muitos se perdem em sua pequenez, em seus preconceitos, seus corações gélidos – Que triste -. Não ligo para os que só sabem se mal dizer da sorte. Não ligo para os que não sabem aproveitar o nascer do dia, um céu iluminado, um céu nublado, o cheiro da manhã, o nascer de mais uma vida, contemplar a poesia do dia a dia. Amar, amar, amar.

Se vivo, e viver é bom, mesmo quando choro;
Se fico a andar ao leu e a sorrir de minhas limitações;
Se caio e levanto, sem ter pena de mim;

Faço todas estas coisas, pois sei que um dia meu véu se rasgará, e então, poderei gritar, mesmo sem ser ouvido, gritar aos quatro cantos, para que todos os seres invisíveis do infinito possam se alegrar com meus gritos de: Vida! Vida! Carne Viva! Sangue vivo que me vez um bem, danado, por meu corpo, tolo, circular.            

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