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sábado, 31 de julho de 2010

24 horas para o inferno



24 horas para o inferno
(Marcos Henrique)



Meu purgatório particular, aberto 24 horas por dias, todos os dias da semana. Não me amola, não me atormente, invés disso, me ajuda a achar a Luz, deixa eu ir embora, não me prenda mais nesse cárcere metal, pois prisão de intelectual me amargura.

Não tem cura minha agonia, tenho que conviver com ela. Sinto como se uma faca saísse de minha cabeça, daí vem à dor, o horror de saber que a faca vai entrar de novo em meu cérebro tempestuoso, em meu juízo já fraco.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Revelação



Revelação
(Marcos Henrique)


Uma revelação para um homem sem rumo, sem futuro planejado, sem passado memorável. Perdido em seu próprio quarto, em suas próprias palavras.

Sua fala não pode ser ouvida, é baixa, mínima é insignificante em relação à voz do trovão que, amedronta tanto.

Palavras já me faltam, perguntas já não sei, respostas eu espero de quem não sei se vem.

Quem são?
Como estão?
Aonde vamos?
A que chagamos?

Ficção seja bem vinda, pois você entendo bem. Para os que estão salvos em digo amém.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

No caos do meu pensamento

,
No caos do meu pensamento
(Marcos Henrique)


No caos do meu pensamento, sou brisa fria depois de um dia de tormentos;
No caos do meu pensamento, azia, ânsia de mulher grávida, dor de parto, cores, brilhos e doces presos nos dentes de um velho detento de seus pensamentos;
Não caos do meu pensamento, esperança em ter esperança, cordas longas que segurem firme meus falsos talentos.

Um dia pude ver que, o outro lado da moeda era apenas mais um lado que ficava dentro do que antes achava ser a verdade de meus conceitos.

Convicções partidas, unha ruídas, vontade de ir além do paraíso, poesia de louco.

No caos do meu pensamento, vejo o que de mais belo a vida reservou para mim. Vida;
No caos do meu pensamento, vejo como é dura a rotina que tem que criar o caos nosso de cada dia;
No caos do meu pensamento, sou cinza, preto, verde, azul, a cor do tormento.

A lua não pode ser laçada, nem posso comer todo seu queijo, tudo por causa do caos do meu pensamento.

Bom dia, boa tarde ou boa vida nesse caos que é viver.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Poema 43


Poema 43
(Marcos Henrique)


Um inicio para o entendimento do verso a ser escrito. Não comecem pelo final pelo final ou pelo meio, mas sim pelo inicio.

No seu fim desfecho feliz ou infeliz, em seu meio o receio de um final tão infeliz.

No inicio a esperança de um final tal como outros contos que, escondem seu verdadeiro fim.

Devo aceitar meu inicio ou mudar meu meio e fim?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Finjo te esquecer



Finjo te esquecer
(Marcos Henrique)


Já estraguei de mais a minha vida;
Já estraguei de mais a tua vida;

Eu finjo entender;
Eu minto para esquecer;
Finjo te esquecer, mas toda noite penso em você.

Te conheço a pouco tempo, mas parece um milênio.
Saudade tenho todo dia por não seguir a tua trilha.

Erro pelo mundo. Sou uma bussola sem direção.
Não tenho passado, mas penso no futuro, meu presente não tem direção.

Acho que estou perdido, encontro o caminho de casa e não sigo não.

sábado, 10 de julho de 2010

Fora




Fora
(Marcos Henrique)


A hora passa, e eu não vejo a luz;
- Deitado eu vou –

As horas passam e eu não vejo nada;
As horas passam e eu sozinho, mas unido por que sei que muitos sentem o que eu sinto.

Fora agora, saia de dentro para fora – Dor –

Deitado eu vou mudar tudo, acabar com o submundo e hipócritas sujos.
Cuspo no túmulo dos que se foram, mas nos levaram tudo.

Fora agora, saia de dentro para fora minha pobre falta de amor.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Começo


Começo
(Marcos Henrique)


Espero algo de novo, que nunca chega;
Chega de esperar, chego a me cansar de tudo, do marasmo do escuro, da vontade, da impotência que nos faz ser sempre vitimas da lei do cão, da injustiça do deus homens.

Quem está na frente agora?
Quem escolhe as almas?
Quem compra seus cigarros?
Para qual lado devo andar? Minha vida é uma corda bamba camicase.

Falta pouco, falta muito pouco pro meu começo, mas o fim, o fim é deslumbrante.

Que se dane o fim, se não existir um começo digno para mim.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Conto com sua solidariedade



Conto com sua solidariedade, doem alimentos não perecíveis, "água potável", roupas, colchões e cobertores para os desabrigados das enchentes em Pernambuco.

As doações poderão ser feitas no quartel da Policia Militar, quartel dos Bombeiros.


Vejam os locais de arrecadação de donativos para as vítimas das chuvas Click Aqui!

sábado, 3 de julho de 2010

A insana verdade de Marcos Henrique


A insana verdade de Marcos Henrique
(Marcos Henrique)


Sou um anjo pornográfico, que tem medo de voar;
Sou um homem pornográfico, que tem medo de amar;
Sou de tudo o mais, menos, de todo o mau, o melhor veneno, arte fraca, falsa que é meu poetar.

A insanidade me rodeia, olha; me namora, se esconde e se mostra sinuosamente para mim. Estou sego. Cego e fechado em meus pensamentos. Estou caótico e ultrapassado, estou excitado com a vida torta que escolhi.

Sou um anjo pornográfico, deleite de meus pensamentos pobres;
Não. Eu sou o acaso, que mete medo nos que tem medo de serem controlados.

A ânsia por viver me mata cada dia menos, o vivo só cada dia mais, só entre rostos conhecido que não sei pronunciar seus segundos nomes, que pensam ser um ser, sem saber o que é o ser.

Me perco em pensamentos, perco e não me acho, acho que não me perco, enrolo com palavras doces que a cada dia me deixam mais seco, mais áspero, opaco, oco, meio vivo, meio morto, idolatra do poetar verdadeiro que em mim nunca há de se manifestar.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A língua me dá medo




A língua me dá medo
(Marcos Henrique)


Me chamo nirvana, vindo do fim para ser o começo do nada, escrevo, não leio palavras. Escuto palavras, me magoam as palavras.

A língua me dá medo, como o que fere tanto nos dá tanto prazer na hora do beijo? Eu falo, beijem sem língua e amaram para sempre.

Sou nirvana, no fim serei o começo de tudo, de todos; o dono do jogo, a roleta russa, os escudo trincado, os rins paralisados.

Não usem a língua, não deliram, sejam livres, sem receio da liberdade, sintam, gozem do gozo da vida, que acaba tão rápido.

Não sou nirvana, não sou começo, não vi o fim só quero um beijo de língua para mim. Com todo o veneno, não me importo se só for assim.

Sem medo eu creio, no que anda está por vir. Na língua sem beijo, não creio que seja assim.