A insana verdade de Marcos Henrique
(Marcos Henrique)
(Marcos Henrique)
Sou um anjo pornográfico, que tem medo de voar;
Sou um homem pornográfico, que tem medo de amar;
Sou de tudo o mais, menos, de todo o mau, o melhor veneno, arte fraca, falsa que é meu poetar.
A insanidade me rodeia, olha; me namora, se esconde e se mostra sinuosamente para mim. Estou sego. Cego e fechado em meus pensamentos. Estou caótico e ultrapassado, estou excitado com a vida torta que escolhi.
Sou um anjo pornográfico, deleite de meus pensamentos pobres;
Não. Eu sou o acaso, que mete medo nos que tem medo de serem controlados.
A ânsia por viver me mata cada dia menos, o vivo só cada dia mais, só entre rostos conhecido que não sei pronunciar seus segundos nomes, que pensam ser um ser, sem saber o que é o ser.
Me perco em pensamentos, perco e não me acho, acho que não me perco, enrolo com palavras doces que a cada dia me deixam mais seco, mais áspero, opaco, oco, meio vivo, meio morto, idolatra do poetar verdadeiro que em mim nunca há de se manifestar.
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