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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Crônica de um cronista desempregado



Mais uma de minhas cronicas antigas

Quem é o patrão?


Não sei se vocês se lembram, mas a tv cansou de mostrar comerciais dizendo que nós éramos os patrões porque escolhíamos nossos candidatos e eles teriam de fazer o que agente manda-se, bem, acho que agora sabemos quem é que manda, se você ainda acha que é você; tenho uma péssima notícia meu filho, papai Noel não existi! Sei, é duro saber dessa forma, mas é melhor assim quem sabe você não cresce depois de saber disso.


Nós participamos da festa maior da democracia brasileira, foi uma festa linda, ou você ia, ou se dava mal, lembro quando minha mãe me obrigava a ir a festas que não queria ir, mas era o jeito tinha que obedecer mamãe acho que esse fato me deixou conivente com meu direito “obrigatório” de fazer parte da democracia brasileira, não estou questionando a obrigatoriedade em se votar, acho que não estamos ainda preparados para sermos um país onde não é obrigatório votar, temos muito que nos educar ainda, mas a educação brasileira é tão ruim e agora? Você deve pergunta então o que esse cara tá questionando? Tô questionando o fato de passaram o período eleitoral dizendo que eu era o patrão, eu era o patrão?! Se sou o patrão eu pergunto, por quê ainda estou desempregado? E se sou o patrão por que raios eles não fazem o que eu quero!?


Bem, se sou mesmo patrão desses políticos todos, então digo, não vou deixar vocês aumentarem seus salários para o dobro do que vocês já ganham, não, não, não, está dito, será que vão me ouvir? Será que existe vida inteligente em outros planetas? Será que alguém vai comprar meus livros um dia? Será que meus serás serão respondidos algum dia? Será que Fernando tinha razão e somos todos caipiras? E o mais importante do todos, será que vai chover?


Parabéns nobres parlamentares o povo sofrido, analfabeto, sem educação, saúde, perspectiva de vida, famintos, desdentados, agradecem é ainda bem que já, já chega o carnaval, só assim nós esquecemos de tudo e só notamos essas maravilhosas bunda sorrindo para todos nós, inclusive os nobres parlamentares.


O povo não deve temer o governo, o governo é que deve temer seu povo, fácil de falar isso, o difícil é colocar isso na cabeça de quem está mais preocupado em sobreviver com trezentos e uns quebrados.

Anos da graça 22 de novembro de 2006.
M.Martins.

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