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segunda-feira, 16 de março de 2009

Primeira parte




Dor!

I

A estória de minha vã vida, poderia ser contada em pequenos fragmentos, pequenas porções de sofrimento, não há heróis ou bandidos, só um homem que grita e nada pode fazer, só o grito lhe é confidente de toda dor, toda solidão de seu ser.


Os passos agora curtos, a fala cansada, respiração ofegante o escuro por muito tempo foi sua morada, já não lembra da luz, só de um sonho que teve um dia, em dia claro, um sonho escuro...


Segunda era, segundo dia, segundos, horas, nada mais importa, se a luz não entra mais, se os dias são nublados e as nuvens na cor de sangue me enchem de cansaço. Minha vitória, que nunca me foi dada, só perdas, clareza?

Sementes de desespero fazem nascer arvores fortes em minha porta, não me deixam sair, nem os que acho que me amam entrar.


O saber já foi doce, eu já fui doce, uma maçã açucarada; boas risadas nunca mais foram dadas, choro, lágrimas, soluçar em noites intermináveis; o que é tudo isso?

O coração é um órgão bom que sofre tanto desnecessariamente, nunca notamos como é fácil ser gente, ser humano, as pequenas coisas são tão importantes e tão fáceis de serem esquecidas em armários empoeirados, como o guarda-chuva, sempre esquecido em dias nublados.

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