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quarta-feira, 31 de março de 2010

Mais um pouco de Segunda era


Por que estás ai e não me respondes? Por que toda essa dor? Por que sempre escrevo com sangue nas mãos? Com sangue no espírito, com dor no coração.

Suicídio. Suicídio? Onde estás amigo? Onde estás? Liberdade onde estas?

Ser livre, só será bom se podermos voar, não quero mais tocar esse chão, não quero mais tocar meu corpo.

Suicídio mentiroso. Mentiras e verdades o que são?

Estou sujo e com fome, mas ainda respiro.

Não ascendam as velas, ainda estou vivo.

Marcos Henrique

terça-feira, 30 de março de 2010

Outro poema de Segunda era


Larvas flamejantes brotam em mim, um queimor, uma febre que não cessa em meu corpo. Não sinto meu espírito, o que é mesmo isso?

O que foi?

O que aconteceu?

Por que essa insônia?

Por que a claridade me dói os olhos?

Uma dor aguda me corta de canto a canto. O sol lá alto, imponente, nunca será tocado, eu nunca serei tocado, nunca serei violado, mesmo depois de morto, podre, decrépito. Nunca serei tocado, nunca serei eu mesmo de novo, nunca é uma palavra que me causa medo e dor. Meu suicídio tem feições de menino, minhas feições, meu rosto, meus olhos, todo meu corpo, todo meu ser, tudo, tudo...

...Eu nada sou. Nada encontrei. Meu poema suicida nunca será entendido porque ainda respiro. Eu me acho dor, me sinto dor. A dor se materializa em mim, em mim. Como gostaria de olhar no espelho e ver um rosto sorrindo, a angustia da alma me tortura, me maltrata, que tipo de homem eu sou? Que tipo de dúvida eu sou?

Meus pulsos estão com cicatrizes profundas, meus olhos estão negros e sem vida, mas não acendam as velas, ainda estou vivo.

Marcos Henrique.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Mais um de Segunda era


O cansaço me toma. Me diz que sou incapaz, sou incapaz. Nada posso ser ou fazer, nem tocar um blues, nem dançar, nada. Maldita palavra.

Uma overdose de lembranças poderia me matar, poderia me poupar o assassinato de minha alma.

Escoriações por todo meu coração, meu coração, meu coração, meu coração, meu coração, me coração, coração, coração, coração, coração, cor.

A boca que nunca beijei e sempre desejei está morta, a boca está morta, eu estou tão murcho por dentro, me sinto só. Como Deus se sente? Ele deve se sentir só por não ter ninguém tão puro como ele para compartilhar uma boa conversa, eu me sinto só, mas sou tão impuro, tão negativo.

Não acendam as velas, ainda estou vivo.

Marcos Henrique.

sábado, 27 de março de 2010

Mais que estou iniciando


Brasil novembro de 2077, em algum lugar do deserto


- Cara, aqui tá muito quente, mesmo com esse ar condicionado do carro no máximo.

- Você acredita mesmo em toda aquelas maluquices que seu avô contou sobre o início de toda essa bosta que se tornou a vida nesse fim de mundo?

- Está tudo escrito em seu diário cara, deve ser verdade, eu acredito e se estamos vivos hoje é graças a ele e a outras pessoas que tinham um espírito patriota.

- Eu gosto quando você me conta essa história, me acalma, fala ai Rodrigo.

- Você não se cansa Matheus? Eu já estou com a língua cheia de calos de tanto te contar essa história – continua Rodrigo como se não estivesse muito afim, mas ele sempre gosta de relembrar esses fatos é como se fosse uma forma deixar a história viva.

- Cara, eu não canso de te ouvir – responde Matheus.

(continua...)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Mais um de meus livros (ainda escrevendo)


Mais um dia de sol no céu tão límpido quanto à transparência do mar, já havia se passando mais de cinco mil anos desde que o último homem pisou na terra com suas botas manchadas de sangue. A mãe natureza voltara a ser generosa com o planeta e a vida estava se iniciando, depois de longos séculos de esterilidade. A terra perecia está se curando e suas feridas já não estavam tão abertas é verdade que, as borboletas estavam vivendo ainda a baixo da média, porém, antes nem borboletas existiam para embelezar, ornamentar a paisagem cinza e árida que se tornara muitas partes do planeta.

(Continua...)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Protótipo de mais um livro que estou escrevendo


Envelhecer é uma merda mesmo. Que bom que serei privado de toda essa decadência, que gruda em minhas esquinas apenas esperando para me tocar. No fim das contas acho que você está me fazendo um favor – um mórbido favor é verdade – mas um favor que não poderei pagar nunca, até porque estarei morto.

Dizem que sua vida passa diante de seus olhos quando você está prestes a morrer. É mentira. O que me lembro é que... Não sei se dei descarga ou não no banheiro, engraçado, não? Estou prestes a deixar de existir nesse mundo e o que me preocupa é se tem merda e mijo em minha privada, a vida é sarcástica, doente e sã, porém sabe o que somos? Sabe o que porra nós somos? Perdão pelo palavrão, mas se tornou necessário. Somos... Eu não sei o que nós somos, será que todo mundo tenta ser filosofo na hora da morte? Eu só queria saber se minha privada está limpa.

- Do que você tem medo?

- De você.

- Mais por quê? Eu não consigo entender, sempre fomos amigos.

Você sempre foi melhor do que eu. Eu sempre tive medo disso, de ficar para trás, de não conseguir ser como você “especial”.

terça-feira, 23 de março de 2010

Aliviar a magoa

Marcos Henrique



Todos têm uma canção para aliviar a magoa, por que ela tem que ser sempre romântica, sempre falar de amor, corações partidos, rostos lindos e choro compulsivos?


Rastejar para além do além. Como gostaria de sair de meu eu, de minhas lembranças, de minhas festas aguadas, rastejar... Ser jogado ao amor sem estar verdadeiramente preparado, isso machuca mais que espinhos.


Se esse sorriso cheio de vida pudesse me tirar de meu inferno astral te seria eternamente grato, mas não posso te chamar da mesma forma que não posso mais amar essas lembranças que me devoram, e mesmo fora do útero de minha mãe, luto para retroceder esse fato que arruinou minha vida, que foi o meu nascer ocapo.

segunda-feira, 22 de março de 2010

O bolo

Marcos Henrique


Meu primeiro aniversário consciente;

Meu arrancar de dente;

Meu bolo cortado e dividido para quem mais amava;

Já faz tanto tempo, mas, continua aqui em meu peito quando fiz minha prima chorar por não deixa-la cortar meu bolo, bolo esse que nem comi.

O egoísmo nas crianças também é pecado?



sábado, 20 de março de 2010

2012 - Depois do Fim do Mundo (ainda sem corração, pois estou escrevendo)

Marcos Henrique

31de dezembro de 2011
11:59 pm.


Cinco, quatro, três, dois, um...

Feliz ano novo a todos!

A euforia tomou conta de todos na casa de Gisele, era o fim de mais um mito criado pelo homem, muitas civilizações achavam que o mundo iria acabar em 2012, mas aquela festa e toda aquela gente feliz demonstrava que a vida na terra iria durar um pouco mais, pelo menos se não durasse todos teriam um fim feliz regado a champanhe e muita comida boa.

- E então amor feliz porque o mundo não acabou? – perguntou Deyse a Gael seu esposo.

- Mas 2012 começou a pouco mais de um minuto, tem muita coisa ainda para acontecer nos próximos dias, horas e porque não segundos – responde Gael com um sorriso no rosto.

- Bom se o mundo vai acabar daqui a pouco eu não sei, mas sei o que vai acontecer mais tarde lá em casa – fala Deyse passando a mão suavemente no rosto de seu marido.

Todos estão realmente felizes com aquele fim de ano, todos estão bem, com saúde e Marta finalmente consegui realizar seu sonho de ser mãe, graças ao tratamento de inseminação que Gael seu cunhado ajudou apagar. A festa na casa Gisele parece ser a mais animada de todos os fins de ano que já passaram ali, o marido de Gisele se recuperou muito bem de sua cirurgia contra o câncer de próstata e Gisele não sabe onde colocar Gael, Gael é um oncologista muito respeitado, é considerado um gênio apesar de jovem ter pouco mais de trinta anos, desenvolveu uma técnica nova de cirurgia onde o paciente sofre menos e se recupera mais rápido, Gael não trata apenas do corpo do paciente, mas da cabeça também, ele costuma dizer que o que faz uma pessoa se curar mesmo não são os remédios, mas uma doze de quimioterapia e muita força de vontade de viver - O cérebro é quem cura sou apenas o cara com os bisturis - ele sempre fala isso brincando quando alguém exagera no panegírico.

- Acho que já chegou a hora de irmos para casa, não gosto de deixar Vinicius dormir tão tarde assim – fala Deyse olhando para o relógio.

- Ta bom, mas promessa é dívida Vinicius vai dormir, agora quanto a nos... - responde Gael olhando maliciosamente para sua linda esposa – Vou me despedir do pessoal tá ok – fala Gael que sai logo em seguida.

Deyse procura Vinicius e o encontra brincando com outras crianças, enquanto Gael se despede das pessoas.

- Vamos? – pergunta Gael para Deyse que também se despedira dos convidados.

O casal segue para o carro e vai para casa, no caminho percebem as luzes nos prédios, parece que todas as pessoas estão felizes festejando o ano de 2012 tudo indica que será um ano maravilhoso para todos, se não, pelo menos um ano de esperança vai ser o mundo não acabou e é isso o que importa, igrejas estão abertas com pessoas celebrando mais um ano de vida é certo que as guerras não acabaram e que a desigualdade ainda persiste em nos acompanhar, mas aquela noite parecia passar em câmera lenta e só os bons momentos recebiam um zoom.

Muitos outros profetas e muitas outras civilizações previram o fim do mundo, fim esse que nunca aconteceu, mas aquele ano que se iniciará de 2012 parecia diferente, uma coisa mágica podia ser sentida, e o mundo não havia acabado como algumas civilizações antigas e outras que já haviam sido extintas preverão, não sei se uma infantil esperança de recomeço tomou conta das pessoas, não sei; ou melhor, nunca saberemos, mas o que todos viam eram pessoas felizes cantarolando, estranho se cumprimentado, pelo menos naquele primeiro dia do ano de 2012, aquelas primeiras horas, pereciam que os seres humanos estavam sabendo o verdadeiro significado da palavra “humanidade”, talvez aquilo durasse mais uns minutos, ou enquanto durasse a bebida quem iria adivinhar, a única coisa que Gael e sua esposa viam enquanto o pequenino Vinicius dormia tranqüilamente no banco de traz do carro era felicidade e de dentro de seu carro isso bastava para aquele casal feliz naquele momento....

(Continua)

sexta-feira, 19 de março de 2010

2012 - Depois do Fim do Mundo (rabiscos ainda)

Marcos Henrique


- Chegamos e o mundo ainda está lá – fala Gael brincado enquanto estaciona.

- Lá não, bem aqui – responde Deyse.

O Casal desce do carro, Gael pega Vinicius nos braços que dorme tranqüilamente; eles entram em casa, Gael põe Vinicius na cama, troca à roupa do filho, o cobre, beija sua face e sai delicadamente para na acordar o garoto, se bem que o mundo poderia acabar ali agora que o rapazinho não acordaria – o sono dos inocentes – pensa Gael.

Deyse está no quarto se preparando para o marido, coloca uma camisola transparente que deixa a mostra seu belo corpo, liga o som de seu quarto, bem baixinho, pois a música será apenas para os dois o mundo pode estar calmo, mas não precisa saber o que acontece no quarto do casal, Gael escuta a música enquanto vai em direção do quarto com uma garrafa de vinho, eles não precisaram de copos nesse restante de noite.


01 de janeiro de 2012
10:29 am.


- Bom dia amor – diz Gael beijando a face de sua esposa.

- Que horas já são querido? - pergunta Deyse, se espreguiçando na cama.

- Não se preocupe com as horas, hoje é domingo lembra? E o mundo não acabou, fica deitada mais um pouco, vou ver nosso campeão no quarto dele e preparar um café da manhã gostoso pra gente – responde Gael acariciando os cabelos de Deyse.

Gael levanta-se e vai até o quarto de seu filho Vinicius que dormi tranqüilamente.

Gael sai do quarto e vai para cozinha preparar o café da manhã dele e de sua esposa, liga o rádio relógio que fica em cima do armário da cozinha e logo o que se ouve é sobre um ataque.

- O prédio da ONU foi atacado, até agora nenhum grupo extremista se declarou autor do atentado...

- É pelo o que eu vejo o mundo voltou ao normal e hoje ainda é primeiro de janeiro quando tudo isso vai acabar? – pensa Gael enquanto frita uns ovos.

(continua)


quinta-feira, 18 de março de 2010

Mais um poema



Jaboatão, amizades falsas, ano difícil.
Marcos Henrique


O medo me toma. Eu e meu corpo não somos um só faz dias, estamos separados por nossos medos, aleluia para os atues. Como posso pensar se não enxergo? Como andar se não sei nadar?

Tem uma festa em minha cabeça, em meu cérebro angustiado, tudo se resolve se tudo se complica e os ecos não sabem cantar desafinados. Por onde eu tenho andado que não me lembro de mim? Por onde eu tenho sonhado se não me lembro do ontem?

Esse meu mundo louco não me prende ao chão, junto tudo e cuspo num papel em forma de versos só por não ter mais ninguém por perto, eu sei o que você sabe, todos vamos ter câncer um dia e daí se nada mais importar ao não ser ficar vivo sentado na escada e ver seus netos correndo.

Dança comigo? Vem dança. Juro que não te piso mais que o necessário, eu sei que você sabe que os sonhos são intocáveis de mais para sonharmos por tanto tempo, mas agora mesmo foi feito mais bebês e isso renova nossa fé falha e opaca. Vem dança só essa música comigo, prometo que serei um cavalheiro, não importa meu passado, não por agora, vem dança comigo.

Cansei de ser um homem triste, vou explodir por dentro e matar toda minha vida antiga porque cansei de ser um homem triste, não me faça despedaçar o que restou, não me faça raspar minha cabeça só para ver se ainda estou lá, cansei de ser triste e coeso, vem e me diz como saio da lua para poder roubar umas bicicletas, ainda posso correr, mesmo com fome, mesmo com dor.

Quero se você quiser e serei melhor que o papa e que todo o vaticano, não sei o que ainda faço aqui em pé olhando para ti, mas quero ser melhor, chega de mentir para si, mentir soa tão bem e é mais fácil que viver.


quarta-feira, 17 de março de 2010

Eu, meu corpo & minha poesia



Jaboatão, mês, ano & horas.
Marcos Henrique

Te odeio, por tudo o que não sou, por todo o fracasso que carrego em minhas veias, por toda fadiga, todo meu ser. Quando falo minhas salivas saem e molham tudo e todos infectando com minha ruína todo bom ser.

Te odeio, por tudo o que não sou, por minha falta de popularidade, por todo amor que sinto e não posso dar a ninguém - o guardo aqui em meu peito, em meu coração cego e engelhado.

Te odeio, por tudo o que não sou, por tudo o que nunca serei, por tudo que já sonhei, por todo ódio infundado, inexplicável.

Te odeio, por tudo o que não sou, pelas risadas bobas, não. Te odeio - pela fome, te odeio - pela dor, te odeio - por meu nome, infundado, inválido com um pronunciar fraco...

Te odeio, por toda a fúria em mim escondida, te odeio, meu reflexo, meu semblante negro, nesse espelho despedaçado.

terça-feira, 16 de março de 2010

Recolhe teus restos



Recolhe teus restos


Recolhe teus restos mortais moleque;

Hoje é dia de suicídio;

Não vê que passam os urubus por longe, tão perto do peito materno sem leite ou afago?

Recolhe teus cacos, menino sem rosto, com dor do mundo e um olhar de tolo;

Sem pernas
Sem asas
Sem nada se abafa cortinas rasgadas e boca tão murcha.

Recolheu teus restos, moleque asqueroso. Que hoje é dia de suicídio. Pros tolos que rodam a noite sem nenhuma pretensão de ser feliz.

Acorda seu bobo. Que sonhar é pra poucos, por isso não basta ficar com a enxada fazendo essas covas que mal cabe teu corpo.

Te acalma, menino sem rosto, ainda tens tua alma que é doce e ingênua, igual aos cabelos dos anjos que rasgam o céu sem estrelas, de noite - sem lua - com asas - sem paz.

Te aqueta maloqueiro. Que hoje é dia de suicido! Pros loucos que riem sem medo do ontem que foi-se tão cedo, sem medo do hoje, da morte que ronda as casas tão cheias do nada.

Se deixa seu besta. Se deixa levar por essa brisa de suicídio, pois hoje. É dia de riso frouxo!



Marcos Henrique.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Não conto mais os dias

Ontem foi mais claro que hoje e amanhã como será?

Ontem foi belo, foi ótimo e hoje como me sentirei?

Tristeza e reza andam juntas sem dar as mãos, como anjos desavisados que voam por entre os aviões, que voam por entre nossos espíritos.


Eu sempre soube que desse mundo não sabia nada, nada mais faz sentido para mim, tenho um umbigo, mas não entra mais comida por mim, agora tenho que mastigar para saciar minha fome, como tanto; mas meu umbigo continua com fome.


Marcos Henrique.

sábado, 13 de março de 2010

Vergonha



Estou triste e com vergonha por estar triste, porque estou triste com meu criador, com meu Deus; eu o chamo tanto – nunca ouço resposta.

Não faço tudo certo e quando acho que acertei, erro com mais força.

Estou triste por meus pedidos serem insignificantes, enquanto todos sofrem por males como: A fome ou o preconceito humano, eu sofro por não se realizarem meus sonhos pequenos.

Estou triste e com vergonha por mostrar essa tristeza egoísta a Deus; Deus que tudo nos deu e estragamos; meu Deus! Perdoe-me os pedidos pequenos, perdoe-me a descrença que às vezes sinto, perdoe-me por achar que meu umbigo é tudo nesse mundo de egoísmo.

Tenho tanta vergonha de minhas preces, meus pedidos. Disperso-me te pedindo perdão por minhas falhas, por meu umbigo.

Marcos Henrique

sexta-feira, 12 de março de 2010

Tristeza por sonhar



Os sonhos são as coisas mais tristes que podemos sentir; eu continuo aqui, pequeno e me perguntando – será que se me arrependesse você iria me ouvir?

Mas que culpa tenho? Nunca saberei...

A ânsia em ver meus pulsos cortados aumenta, cresce, como nunca antes havia sentido.

E esse escuro invisível que sinto, que serventia tem?

Malditos sonhos!

Maldita voz que não mais sinto!

Perdição!

Abismo, solidão, castigo!

Eu não sei porque ainda me sopra vida se minha ruína é viver e ser o que odeio ser; um sonhador impotente.


Trecho de meu Heterônimo Cecílio Martins.

Por Marcos Henrique.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Tuberculose



De todos os futuros possíveis, por que fui escolher logo esse?

Minha alma chora não me alegro mais, já me faltam forças para escrever e isso me mantém viv. Quero queimar todos os livros, todos meus vícios!

Em que lugar devo me encaixar?
Minha dor de cabeça amiga, nunca me deixa, nunca me deixa relaxar.

Correntes fortes poderiam me socorrer. Minha casa, meu lar, minha solidão, meu coração.

Não há mais o que pensar de mim, não há mais o que esperar de mim, não há mais nada em mim.

Marcos Henrique

quarta-feira, 10 de março de 2010

Segunda era



Segunda era.

13/10/2002.

Larvas flamejantes brotam em mim, um queimor, uma febre que não cessa em meu corpo;
Não sinto meu espírito, o que é mesmo isso?

O que foi?!

O que aconteceu?!

Por que essa insônia?!

Por que a claridade me dói os olhos?!

Uma dor aguda me corta de canto a canto. O sol lá alto, imponente, nunca será tocado, eu nunca serei tocado, nunca serei violado, mesmo depois de morto, podre, decrépito, nunca serei tocado, nunca serei eu mesmo de novo, nunca, é uma palavra que me causa medo e dor, meu suicídio tem feições de menino, minhas feições, meu rosto, meus olhos, todo meu corpo, todo meu ser, tudo, tudo...

...Eu nada sou, eu nada encontrei, meu poema suicida nunca será entendido porque ainda respiro. Eu me acho dor, eu me sinto dor, a dor se materializa em mim, em mim!

Como gostaria de olhar no espelho e ver um rosto sorrindo, a angustia da alma me tortura me maltrata, que tipo de homem eu sou? Que tipo de dúvida eu sou?

Meus pulsos estão com cicatrizes profundas, meus olhos estão negros e sem vida, mas não acendam as velas, ainda estou vivo.

Marcos Henrique

terça-feira, 9 de março de 2010

VI ato.

Ai de mim que sou eu preso em mundos que não controlo!

Choro o choro doce do chorar, riu o riso amargo do gostar;
Não me castigo, mas me dói o respirar.


Fazei-me poesia numa tarde densa e fria com a caneta e meu pesar;
Fazei-me dia, oh noite tão escura! Crepúsculo de tortura que é meu raciocinar. Se te digo em demasias que sou fraco junto aos fortes, que sou baixo junto à morte, que sou tudo e nada hei de ser, regozijo e blasfemo em meu doce sono triste, que me mata o esperar, em torturas todas tortas em meu peito fino encosta, em teu leque meu chorar.

De fino e fino trato vou errando por meu mundo, meu tumulto, meu pensar...

Marcos Henrique

segunda-feira, 8 de março de 2010

Parabéns mulheres por esse dia especial!


Mulher que sonha.
Mulher que trabalha.
Mulher que briga.
Mulher mãe.
Mulher filha.

Mulher que manda e que ama.
Mulher de erros e acertos,
de palavra doce.

São tantas qualidades para definir essa
criatura abençoada por Deus que por
vezes nos perdemos em palavras.

Representa com sua doçura e determinação
um universo totalmente desconhecido e a
cada dia se revela ainda mais misterioso
e apaixonante.

Neste dia, dedicado exclusivamente
a mulher, quero demonstrar o quanto
me orgulho de você!

Não conheço uma pessoa sequer que
não tenha se rendido aos encantos
de uma mulher.

E muito menos que tenha conseguido
passá-la para trás.

Hoje é o Dia Internacional da Mulher!

E quero lhe dar os parabéns!
Afinal, você é uma das mulheres mais
inteligentes e determinadas que conheço!

Parabéns pelo seu dia!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Boas intenções



Me dê um motivo pra sonhar;
Me dê um motivo pra matar;
Pegue seu fuzil vem me ajudar, esqueça os corpos eles estão mortos, só servem pra queimar.

De boas ações o inferno está cheio, de boas ações vive o mundo inteiro.

Crise censura, poder e loucura, viver é tortura, impunidade é cultura!

Estuprem a puta da paz, coloquem empurrem por traz.

Crise censura, poder e loucura, viver é tortura, impunidade é cultura!

Me dê um motivo para não matar;
Me dê motivos para sorrir;
Me dê o que não posso tocar, meu egoísmo.

Marcos Henrique

quinta-feira, 4 de março de 2010

Putrefação



A esperança foi embora, a vida pede esmolas, meu rosto não mais chora, as reações estão todas mortas.

A corda sempre lá fora, me chamando pra curtir, ignorei até agora, mas comecei a lhe ouvir.


A esperança foi embora, a vida pede esmolas, meu rosto não mais chora, as reações estão todas mortas.

Minha alma não mais chora se derrete dentro de mim, à morte venci a vida e a vida finge pena de mim.

Marcos Henrique

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ilusão



Tanta solidão aqui dentro do meu peito, toda escuridão e a falta de respeito, é só ilusão, é só ilusão.

Tem um coração aqui dentro do meu peito, que não bate mais tão satisfeito, é só ilusão não é vida nada feito, é desilusão continuamos vivendo.

Toda essa falta, falta de bom senso é ignorado todo meu direto, toda essa falta, falta de bom senso são ignorados todos os nossos direitos, mas que direitos temos?

Viva mais um dia, minta pra viver, viva há hipocrisia, que vontade de morrer;
Viva mais um dia, minta pra viver, viva há hipocrisia estou com medo de viver.

É só ilusão...


Marcos Henrique

terça-feira, 2 de março de 2010

Mundo perfeito


O mundo é tão perfeito, as flores cheiram bem, a paz é tão sentida e vivida eu sempre sei, os jovens são tão puros, os puros são tão jovens, o paraíso está aqui eu posso lhe sentir.

O vento sopra forte me sinto muito bem, há paz é tão linda e está junto de mim.

Pense numa coisa bela faça acontecer, é tão simples é tão simples, simples de fazer;
Pense numa coisa bela faça acontecer, é tão simples é tão simples, simples de querer.

Somos tão compreensíveis e tão amigáveis.

A chuva cai lá fora me sinto muito bem, somos tão doces, somos tão puros, somos tão sensatos eu minto muito bem.

Marcos Henrique.