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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Poemas de meu livro de poesias "Dor" (ainda escrevendo)


 
 III
(Marcos Henrique Martins)


Quais são os aceitáveis? Quem se aceita de verdade? Sonhos poluídos me percorrem o corpo. Gritos de meninas que não estavam prontas para serem mães, pais ainda meninos, tortura, carrascos, anjos sem asas e mendigos.

O mundo não mudou apenas nomes mais belos e complicados surgiram.

Não ligo. Não me importo. É tudo mentira. Sempre me importei, sempre liguei, nunca fui visto. Tudo bem. Eu nunca fingi bem mesmo.

De onde se origina a vida sofrida? De onde vem todos esses dentes que me adormecem a face deixando gosto de sangue podre em minha língua. Feito vocês, eu finjo entender as respostas vagas.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

"Soneto Sem Título" - Autor: Fábio de Carvalho




"Soneto Sem Título"
Autor:Fábio de Carvalho

.
"Quantos dias se passam...
quantas horas se vão...
quantos momentos se distanciam...
quantos minutos nas mãos...

.



Quantas maneiras para sorrir...
quantos tipos de felicidades...
quantas artimanhas para demolir
tudo que é maldade...
.
Nada sem propósito
Tudo com um desejo
para um dia alcançar...
.
...aquilo que nos faz mórbidos
em instante puro, tal ensejo
nos fará como ouro brilhar!
.

Cortês-Pernambuco
Quarta-feira, 22 de janeiro de 2012.
 
 
Para conhecer os trabalhos deste poeta acesse seu blog: http://fabiodecarvalhopoetasonetistaescritor.blogspot.com.br/
 
Vale a pensa fazer essa viagem. 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

No teu Sorriso

No teu Sorriso
(Marcos Henrique Martins)

Quero entrar no teu sorriso, percorrer tuas emoções, sentir teus batimentos cardíacos: Tum, tum, tum, tum, tum, tum.

Quero seguir teu espírito livre e lindo. Translucido. Indolor. Ver de dentro de teus olhos o infinito, terno, mágico, sul real, solidão que conforta.

Quando me volto para dentro, dentro de mim, posso sentir o sangue por minhas veias a esquentar meu corpo d’água e, todo o mínimo se torna o máximo do eterno, do estante que me fiz para mim. O tempo para e, posso ver tudo, de tudo com uma calma que só os clérigos têm – Como se santos não fossem homens e sim querubins nus, a nos rir.

Percorro os esmaltes de teus dentes, brancos, perfeitos, um mar de civilidade. Na branquidão de teus dentes, me perco num horizonte suave, misto de esperança e dúvida. Uma dúvida esperançosa, daquelas esperanças de garoto. Tempos bons. Tempo bom.

Quando a mãe, sempre presente, me indagava: - Já escovou os dentes? – Eu respondia com um riso.  Os risos estão escassos. Sorrisos, vemos aos montes, mas risos... Risos de anjos, estes, quase não se faz nascer.

Quando entrei em teu riso, pude ver, pude voltar a me reconhecer como homem, mas os olhos de menino que rir, a cada alvorecer.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Os benefícios do inexplicável

Os benefícios do inexplicável
(Marcos Henrique Martins)


Se amo em demasia. O faço por saber que minhas pegadas logo, logo se apagaram. Não serão nem sobra do que já fui. Por isto, amo em demasia, choro em demasia, me alegro em demasia, entristeço-me em demasia, vivo em demasia.

A fugacidade da vida ensina a poucas pessoas a aproveitarem a viagem - Que pena -, e muitos se perdem em sua pequenez, em seus preconceitos, seus corações gélidos – Que triste -. Não ligo para os que só sabem se mal dizer da sorte. Não ligo para os que não sabem aproveitar o nascer do dia, um céu iluminado, um céu nublado, o cheiro da manhã, o nascer de mais uma vida, contemplar a poesia do dia a dia. Amar, amar, amar.

Se vivo, e viver é bom, mesmo quando choro;
Se fico a andar ao leu e a sorrir de minhas limitações;
Se caio e levanto, sem ter pena de mim;

Faço todas estas coisas, pois sei que um dia meu véu se rasgará, e então, poderei gritar, mesmo sem ser ouvido, gritar aos quatro cantos, para que todos os seres invisíveis do infinito possam se alegrar com meus gritos de: Vida! Vida! Carne Viva! Sangue vivo que me vez um bem, danado, por meu corpo, tolo, circular.            

sábado, 5 de maio de 2012

Saiu mais uma resenha sobre meu livro!


Olá amigos! Bom dia, boa tarde ou boa noite!

O blog Histórias Fantástica da jornalista Miriam Santiago fez uma resenha sobre meu livro O Lado Avesso – Nornes, o Mago. Vale a pena dar uma conferida a aproveitar para conhecer o blog de Miriam. Lá, você encontra autores nacionais, estrangeiros, lê contos, poemas, fica sabendo de lançamentos de livros e muito mais.

 Tem uma postagem muito legal falando sobre livros com disign inusitados. Dá um cyber pulo lá.

Click para ir ao blog

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Brilhos

Brilhos
(Marcos Henrique Martins)


Estrelas brilham;
Pessoas brilham;
Coisas brilham e ofuscam a luz que existe em cada ser individual.

Gosto das surpresas que não são para mim. Gosto quando vejo outros a chorar e a sorrir, isso me alimenta, serei um vampiro? Não, por que não gosto da cor vermelha, faz querer me ver sangrar por todos os que se culpam por terem um dia sorrido.

Você sabe como me fazer sentir frio, isso me faz mais vivo. Me sinto vivo sempre que me encontro perdido.

Estes brilhos que me cegam me segam, fazem comigo tudo aquilo que preciso para continuar respirando, acenando e fugindo. Prosa louca, respingos de sanatórios onde reposam muitos de nossos entes queridos.

Ao ver esses brilhos, percebo por que tantos mosquitos se sentem seduzidos. Prosa pobre, com rimas escassas. Meu prosear é uma escarpa onde poucos conseguem encontrar lugar para seu descanso. Tudo é bem mais profundo que a imaginação de homens pode captar.          
 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Chagas

Chagas
(Marcos Henrique Martins)


Quando corro, meu corpo reage e me diz para parar, pois os ossos não são mais os mesmo da época de menino. Havia um tempo, em que os livros me deixavam entorpecido e nada mais importava, a não ser, ler todas as vidas que os livros me apresentavam, mas vieram as verdades incutidas e tudo se desfez. Perdi toda a alegria, me perdi de Deus e enterrei minha cruz num lugar que não podia mais chegar, pois moradias foram feitas encima de tudo o que conhecia.

As feridas que me consomem não me matam, apenas, me fazem ver, sentir a vida doer. Meus porões estão cheios de lembranças que não sei mais como usar, estão com mofo, alguns tão gastos, outros de tão esquecidos cometeram suicídio e ficaram lá, no escuro.

Não traço linhas, não ando mais por estradas, apenas sinto minhas chagas que não me deixam em paz. Não, não me deixam voltar aos bons tempos, porque o tempo não se importa com o que você é, ou já foi. O tempo é apenas o tempo e só.

O que restou? Um vazio que não cabe nada, pois suas paredes não são de confiança, foram moldadas com as saudades que sinto de um tempo que me marcou enquanto descobria que, o sentido da vida é o sentido que a vida te dá, e as lágrimas que você pode colher ao longo do porvir não são feitas para o consumo, apenas para que saibas que vives com feridas que nunca vão te abandonar.