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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Uma boa leitura para começar o ano



Santuários do Vampiro - O Renascimento

De Jorge Silva


Nos subterrâneos da região central do Rio de Janeiro, há um templo religioso centenário que não faz parte do cotidiano da cidade, mas sim do roteiro de destruição da vida ali por demônios, liderados por Valérius, que deseja dominar o Brasil a partir da escravidão de membros da Igreja. A imprensa carioca não perde tempo com alguma investigação sobre demônios em atuação na Cidade Baixa (o subterrâneo do centro do Rio de Janeiro) até o momento em que câmeras de segurança flagram cenas muito estranhas à noite, na área do cais do porto, quando algumas pessoas, ou demônios alados ensaiam ataques a pedestres. O jornal sensacionalista Foco News, na representação de Alice - a jornalista sem ética -, rastreia parte dos mistérios da Cidade Baixa. Agora, há uma boa história para vender muitos jornais. Alice Costa, que sonha brilhar em colunas sociais, vê-se muito perto de ser uma celebridade a partir de escandalosas reportagens. Na redação do jornal O Estado, a jornalista Lisa Carvalho, profissional com ética, investiga uma série de crimes, supostos ataques de um serial-killer em atuação no Rio de Janeiro. Lisa não associa os assassinatos a algum demônio ou algo do gênero, nem tem motivos para acreditar em vampiros. Os assassinatos em série crescem, atingindo mais e mais mulheres indefesas, mendigos e prostitutas no Rio de Janeiro. Até a polícia não escapa dos ataques. Policiais desaparecem sem deixar rastros. Embora vampiros atuem nesse cenário, outro demônio, expulso da Igreja, e inimigo dos vampiros é responsável por vários desses crimes. A caçada está apenas no início. Em Santuários do Vampiro, o renascimento, primeiro volume de uma série, a bela Julieta surge como uma arma do Vaticano contra os demônios. Mas Ulisses, descendente de caçadores de demônios, entra no caminho de Julieta, uma possível vítima de religiosos mal intencionados.

Santuários do Vampiro - O Renascimento #1 - Jorge Silva

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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um sonho que se realiza!!!


Bom dia, boa tarde, boa noite e ótimo Natal!!!


Amigos chegou ontem a minha casa o livro prova para eu dar uma lida e ver se está tudo ok. Gostaria de compartilhar com vocês a imagem da capa, feita por um amigo meu. Em breve, mais novidades.

Abraços!


O Lado AVesso - Nornes, o Mago


Hoje faz 10 anos que tive uma puta depressão e sobrevivi. A vida me deu uma surra, mas estou de pé e pronto para a briga com Bane (vilão que quase matou o Batman), mas ele não vai quebrar minha espinha, como vez com o cavaleiro das trevas. O que aprendi com tudo isso? (porque sempre temos que aprender algo, quando algo de ruim acontece com a gente? Acho que é o lance da evolução). Bom, aprendi que você pode sobrevier se realmente lutar por você e de quebra, consegui escrever meu primeiro livro: Poemas Suicidas – Diário de um Moribundo (meu primeiro romance), que acabou sendo um presente para mim, um mórbido presente, eu sei. Mas, me vez enveredar por esse universo fascinante da escrita. E em 2012, vou conseguir realizar um sonho, vou lançar meu primeiro livro por uma editora, não o primeiro que escrevi, mas o primeiro de fantasia que escrevi. E qual o diferencial dele, você deve estar se perguntando? Eu respondo. Você já viu um curupira montado num dragão alado?

Aguarde! 2012 promete!

Abraços virtuais!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal!


“O Natal! A própria palavra enche nossos corações de alegria. Não importa quanto temamos as pressas, as listas de presentes natalícios e as felicitações que nos fiquem por fazer. Quando chega no dia de Natal, vem-nos o mesmo calor que sentíamos quando éramos meninos, o mesmo calor que envolve nosso coração e nosso lar.”

Joan Winmill Brown.

Tenham todos um maravilhoso Natal e um coração de criança!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mais tempo

Mais Tempo
(Marcos Hernique)


Os tempos que perco não me consolam;


Os dias que passo a exercitar a arte esquecida do verdadeiro poetar não me revigoram mais que, um dia sem sol.

As coisas que peço são só minhas e mais nada. Tudo o que sei é só meu e mais nada.

Por mais enigmática que possa ser minha poesia, não o é; eu garanto.

O que posso dizer de mim, se só me enxergam por fora, se não me tocam, se não sou eu que escrevo e sim o reflexo do que o mundo me ensina.

Deixo para os filósofos, os estudiosos e os desocupados que percam tempo tentando entender meu escrever falso, meu poetar fictício, porque a única verdade que existe na mais alta plenitude do poetar é que, a vida se esvai, a tinta borra e os poetas estão presos.

Não perco tempo em me explicar, mas não canso de perder tempo em viver.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Rabiscos de um possível livro que começo a escrever (ainda Sem um título definido)



"Acordar e não saber se ainda está dormindo é o pior inferno para alguém".



Capitulo I


O rádio-relógio marca 09h30 da manhã, é a primeira coisa que vejo, quando abro meus olhos, aquele rádio-relógio preto do meu lado, me olha como se me conhecesse há séculos. Não lembro de nada e, não é só de ontem, ou do ontem, ou sei lá o que, não lembro de absolutamente nada. É como se tivesse acabado de nascer neste exato momento e meu corpo doe, doe muito, meus olhos ardem, também. Apenas um nome vem a minha cabeça – Maria – sei que não é meu nome, pois toco em mim e percebo que tenho um pênis. 09h33 da manhã continuo sem saber quem eu sou, fecho os olhos, torno a abri-los, 10h01 da manhã, agora. Quanto tempo fiquei apagado e nem percebi? O que está acontecendo aqui? Penso em levantar, fico temeroso, a melhor coisa a fazer, por agora, é continuar deitado.
Começo a vasculhar, com os cantos dos olhos, procurando alguma referência, algo com que possa me identificar me situar nessa situação. Nada.
Qual o dia da semana? Que mês será? O Ano, que ano deve ser? Quantos anos tenho? Qual o meu nome? Só agora que me dou conta que não conheço minha face. Torno a procurar com meus olhos, busco algo que possa refletir meu rosto. Nada.
Será que sei falar? Que língua devo falar? Que palavra devo tentar pronunciar primeiro? Nunca imaginei que seria tão difícil tomar uma decisão tão simples. Que inferno! Será que estou nele? Não, não, aqui não é tão quente. Mas será que é quente lá no inferno?
Volto a percorrer com os olhos, procuro enxergar ao máximo o que der, vejo coisas sem muita nitidez, não sei se devo levantar a cabeça. 10h15.

- Mãe!
Continua...

domingo, 18 de dezembro de 2011

Meu conto completo "Mortos"



"A morte sempre sopra no ouvi dos vivos antes de matar o corpo..."

Era um dia lindo, crianças nascendo, noivas casando, batizados, muitos batizados e risos de alegria.

Mas como sempre existe um “Mas” em tudo, Nem tudo era perfeito.

- Não posso fazer mais nada, tudo está acabado.

O rapaz toma o maior número possível de comprimidos, engoli tudo e se deita em sua cama, com uma linda colcha cor de sangue vivo, minutos depois começa a se contorcer e a babar e, como quem tenta falar alguma coisa depois de cair com as costas ao chão, ele fica se esticando todo, olhando para o teto do quarto até seus olhos não apresentarem mais vida. Está morto. E por uns instantes tudo é escuridão absoluta e calmaria, mas na vida sempre vão existir os “Mas” e na morte também.

- Onde eu estou? - Pergunta o rapaz conseguindo sair de sua escuridão.

- Você não está nem no céu, nem no inferno – responde o ser meu homem meio animal alado.

- Quem é você? E o que eu estou fazendo aqui? – pergunta o rapaz meio perdido, olha para o horizonte infinito.

- Você não percebe o que aconteceu? – pergunta o ser.

- Eu estava no meu quarto e aí... Eu estou morto! É isso! Eu morri!? Achei que fosse falhar – diz o rapaz com um sorriso sombrio no rosto.

Ele não sabia, mas sua jornada só estava começando.

- E como foi meu enterro? Acho que não foi ninguém – falou.

- É você não tinha muitos amigos – disse o ser.

No céu, estavam travando uma longa batalha que já durava milênios, demônios tentavam invadir e destronar Deus. Os anjos estavam perdendo a batalha, então homens também tinham que lutar. Homens e anjos se misturavam, asas e lanças se misturavam dor e lágrimas se misturavam.

- O que terei que fazer? – perguntou o rapaz.

- Terás que lutar, para poder ficar livre – respondeu o ser.

- Mas, aqui eu sou livre, não sou? – Perguntou.

- Não, não é. Você foi convocado – disse o ser.

Convocado, mas eu estou morto e estou no céu, não posso ser convocado aqui – disse o rapaz com um espanto em seu rosto.

Então, o ser meio homem meio animal começou a lhe explicar as regras do caos.

- Você tirou sua própria vida, sua alma estará condena ao tormento eterno, Deus lhe está dando uma chance, se você lutar por ele, sua alma será salva, se não...

- Quer dizer que ou eu luto, ou vou para o inferno – interrompeu o rapaz.

- Não, você vai para um lugar pior que o inferno – respondeu o ser abrindo suas asas.

- E se eu morrer aqui? Não posso morrer aqui não é? – perguntou o rapaz.

- Sim, aqui se você for destruído, vira infinito, vira poeira, se junta ao nada, ao caos – respondeu o ser com um brilho no olhar.

- E como se mata o que já está morto? – perguntou o rapaz.

- Aqui nesse instante você não está vivo, você acha que esse é seu corpo, que está com essas roupas, que agora está respirando. Tudo está em sua mente.

O rapaz ficou intrigado e com medo, apertou as mãos e perguntou ao ser.

- Então quer dizer que se deceparem minha cabeça viro nada – falou o rapaz com a voz tremula.

- Sim – respondeu o ser.

E nesse momento um clarão se formou, um estrondo cortou o céu e as nuvens ficaram da cor de sangue, ouvia-se choro de crianças, mulheres gritando e gritos horríveis de agonia e tormento, o rapaz sentiu um calafrio e o medo lhe paralisou todo o corpo.

Bestas aladas rasgavam as nuvens, uma carruagem com cavalos em chamas corria por sobre as nuvens, eram guiados por uma besta metade homem, metade pássaro de olhos negros e mortos, ele erguia a mão e de súbito uma legião de demônios, com seios de mulheres e genitálias masculinas, apareceram rasgando tudo e todos que estavam em seu caminho, não poupavam nem as crianças. Os anjos voavam com lanças em direção ao exercito de demônios, raios e trovões se espalhavam num barulho ensurdecedor. O paraíso estava em guerra.

Onde o jovem se encontrava era belo, flores perfumavam o lugar, árvores enormes davam sua graça, cachoeiras com águas cristalinas, rios cheio de vida, De repente, ele olha e observa que em sua direção vem uma espécie de infantaria; cavalos com cabeças pegando fogo servem de montaria para homens sem olhos, catapultas são armadas e são lançados fetos ardendo em chamas de mulheres que abortaram.

O ser pergunta ao rapaz de que lado ele pretende ficar.

Do lado da justiça – responde o rapaz.

- Então vá para o outro lado – diz o ser.

O rapaz fica espantado e lhe vem um aperto no coração.

- De que lado você luta – pergunta o rapaz.

- Do lado do ser mais puro que Deus já vez, Lúcifer! – responde o ser.

O rapaz fica atônito, não sabe o que pensar, em toda sua vida ele imaginava que o diabo era um monstro, um ser feio aos olhos humanos.

- Vejo que você não aprendeu nada, humano tolo – diz o ser com ar de superioridade.

- Esse exército de demônios que você vê, não é de meu senhor, e sim de teu Deus, ele despreza os suicidas e fetos que são abortados, eles não servem para sua vaidade – fala o ser com ódio nos olhos.

- Não! Não pode ser...! – fala o rapaz com os olhos em pranto.

- Sim! Esses seres alados que você vê; e essa infantaria que vem em nossa direção é de teu Deus – diz o ser abrindo suas asas e demonstrando imponência.

- Prefiro que corte minha cabeça, a ficar do teu lado demônio, que Deus te perdoe as ofensas e tenha piedade de tua alma – responde o rapaz erguendo o punho fechado.

- Se é assim, não tenho outra escolha - fala o ser desembainhando sua espada.

O brilho da lamina cega por alguns segundo o rapaz.

- Vai! Faz o que tem de ser feito, eu prefiro virar o nada a te seguir. – fala o rapaz abrindo os braços, aceitando assim sua sentença.

O ser não hesita, e corta-lhe a cabeça em um só golpe, caindo assim o corpo do rapaz ao chão.

O ser profere um grito medonho e sai voando, em seguida chegam ao local dois anjos.

- Chegamos tarde, o aliciador esteve aqui antes – comenta o anjo.

- Pobre homem, não teve tempo de saber a verdade, só a verdade vos libertara. – diz o outro anjo.

Na terra, outra criança acaba de nascer.

- Da próxima vez chagaremos a tempo? – pergunta o anjo ao outro.

- Não sei, mas até lá, espero que ele tenha uma vida apreciável, essa é a terceira vez que o perdemos, não podemos falhar mais – responde.

A vida sempre sobra em nossos ouvidos palavras inaudíveis, antes de nos deixar viver.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Não, não, não



Não, não, não
(Marcos Henrique)


Não me peça para ir;
Não me peça para fica;
Não me peça para existir;
Não me peça para amar.

Hoje, é o dia em que acordo de um logo sono,
De um longo sonho inquietante, de uma louca razão.

Não me peça para compor um soneto;
Não me peça para ser o que sei que sou;
Não me peça, peça a Jarbas;
Não me diga o que é o amor.

Minha cor, minha dor, meu sangue, meu eu, nada me faz bem.
Sou o acaso, o impronunciável “Zé ninguém”;
Sou apenas mais um que sonha em ter mais um dia feliz, dentro de toda essa verdade que é a vida. Tolo, poeta tolo, fingidor da poesia. Tolo, apenas tolo.

Não me peça nada;
Não me diga mais nada;
Não ria, não chore; não me olhe, não me note;
Não mais me apavore, pois sou o que você nunca conseguiu ser. Sou o que você nunca conseguiu viver.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Fragmentos de um possível soneto falso


Fragmentos de um possível soneto falso
(Marcos Henrique)


Quero poder dizer
O que todos não dizem
O que os olho omitem
Cegueira de meu ser.

Quando meu mundo começou
Me senti vivo, mas em algum momento, não sei qual, morri
Deixei de nascer como o dia, só dor
E fui para o mais profundo de meu ser

À noite em mim, não se faz mais dia
O dia por meus dedos escorregam
Sou tão ócio e dor, pecado de quem nasce sem ter o que comemorar
Noites em claro e chuva rala que cai numa constância infernal.

Quero poder revelar tudo o que te é ocultado
Mas meu tempo me proíbe e, não sei o que dizer
Tudo o que posso revelar, olhando em teu semblante
É que tudo e nada sei nessa terra de tantos olhos, mas nenhum me vê como os teus me veem.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Ùltima Parte do conto "Mortos"



- Vai! Faz o que tem de ser feito, eu prefiro virar o nada a te seguir. – fala o rapaz abrindo os braços, aceitando assim sua sentença.

O ser não hesita, e corta-lhe a cabeça em um só golpe, caindo assim o corpo do rapaz ao chão.

O ser profere um grito medonho e sai voando, em seguida chegam ao local dois anjos.

- Chegamos tarde, o aliciador esteve aqui antes – comenta o anjo.

- Pobre homem, não teve tempo de saber a verdade, só a verdade vos libertara. – diz o outro anjo.

Na terra, outra criança acaba de nascer.

- Da próxima vez chagaremos a tempo? – pergunta o anjo ao outro.

- Não sei, mas até lá, espero que ele tenha uma vida apreciável, essa é a terceira vez que o perdemos, não podemos falhar mais – responde.

A vida sempre sobra em nossos ouvidos palavras inaudíveis, antes de nos deixar viver.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Números e vida


Números e vida
(Marcos Henrique)


1,2,3. Terminei. Só os números que não terminam nunca;

4,5,6. Terminei. Só os dias que não param de fazer-me sangrar;

301,302,306. Terminei. Meus sonhos não findam; minha ânsia não se extingue;

69,666,7. Terminei de contar, mas os números continuam rumo ao infinito, rumo ao horizonte que nunca terei. Será que se eu deixar de contar os dias, poderei viver sem expectativas, sem ânsias de querer voar.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Continuação de Mortos Parte III



Onde o jovem se encontrava era belo, flores perfumavam o lugar, árvores enormes davam sua graça, cachoeiras com águas cristalinas, rios cheio de vida, De repente, ele olha e observa que em sua direção vem uma espécie de infantaria; cavalos com cabeças pegando fogo servem de montaria para homens sem olhos, catapultas são armadas e são lançados fetos ardendo em chamas de mulheres que abortaram.

O ser pergunta ao rapaz de que lado ele pretende ficar.

Do lado da justiça – responde o rapaz.

- Então vá para o outro lado – diz o ser.

O rapaz fica espantado e lhe vem um aperto no coração.

- De que lado você luta – pergunta o rapaz.

- Do lado do ser mais puro que Deus já vez, Lúcifer! – responde o ser.

O rapaz fica atônito, não sabe o que pensar, em toda sua vida ele imaginava que o diabo era um monstro, um ser feio aos olhos humanos.

- Vejo que você não aprendeu nada, humano tolo – diz o ser com ar de superioridade.

- Esse exército de demônios que você vê, não é de meu senhor, e sim de teu Deus, ele despreza os suicidas e fetos que são abortados, eles não servem para sua vaidade – fala o ser com ódio nos olhos.

- Não! Não pode ser...! – fala o rapaz com os olhos em pranto.

- Sim! Esses seres alados que você vê; e essa infantaria que vem em nossa direção é de teu Deus – diz o ser abrindo suas asas e demonstrando imponência.

- Prefiro que corte minha cabeça, a ficar do teu lado demônio, que Deus te perdoe as ofensas e tenha piedade de tua alma – responde o rapaz erguendo o punho fechado.

- Se é assim, não tenho outra escolha - fala o ser desembainhando sua espada.

O brilho da lamina cega por alguns segundo o rapaz.

Continua...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Continuação de Mortos Parte II



No céu, estavam travando uma longa batalha que já durava milênios, demônios tentavam invadir e destronar Deus. Os anjos estavam perdendo a batalha, então homens também tinham que lutar. Homens e anjos se misturavam, asas e lanças se misturavam dor e lágrimas se misturavam.

- O que terei que fazer? – perguntou o rapaz.

- Terás que lutar, para poder ficar livre – respondeu o ser.

- Mas, aqui eu sou livre, não sou? – Perguntou.

- Não, não é. Você foi convocado – disse o ser.

Convocado, mas eu estou morto e estou no céu, não posso ser convocado aqui – disse o rapaz com um espanto em seu rosto.

Então, o ser meio homem meio animal começou a lhe explicar as regras do caos.

- Você tirou sua própria vida, sua alma estará condena ao tormento eterno, Deus lhe está dando uma chance, se você lutar por ele, sua alma será salva, se não...

- Quer dizer que ou eu luto, ou vou para o inferno – interrompeu o rapaz.

- Não, você vai para um lugar pior que o inferno – respondeu o ser abrindo suas asas.

- E se eu morrer aqui? Não posso morrer aqui não é? – perguntou o rapaz.

- Sim, aqui se você for destruído, vira infinito, vira poeira, se junta ao nada, ao caos – respondeu o ser com um brilho no olhar.

- E como se mata o que já está morto? – perguntou o rapaz.

- Aqui nesse instante você não está vivo, você acha que esse é seu corpo, que está com essas roupas, que agora está respirando. Tudo está em sua mente.

O rapaz ficou intrigado e com medo, apertou as mãos e perguntou ao ser.

- Então quer dizer que se deceparem minha cabeça viro nada – falou o rapaz com a voz tremula.

- Sim – respondeu o ser.

E nesse momento um clarão se formou, um estrondo cortou o céu e as nuvens ficaram da cor de sangue, ouvia-se choro de crianças, mulheres gritando e gritos horríveis de agonia e tormento, o rapaz sentiu um calafrio e o medo lhe paralisou todo o corpo.

Bestas aladas rasgavam as nuvens, uma carruagem com cavalos em chamas corria por sobre as nuvens, eram guiados por uma besta metade homem, metade pássaro de olhos negros e mortos, ele erguia a mão e de súbito uma legião de demônios, com seios de mulheres e genitálias masculinas, apareceram rasgando tudo e todos que estavam em seu caminho, não poupavam nem as crianças. Os anjos voavam com lanças em direção ao exercito de demônios, raios e trovões se espalhavam num barulho ensurdecedor. O paraíso estava em guerra.

continua...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Primeira parte de meu conto "Mortos"



A morte sempre sopra no ouvi dos vivos antes de matar o corpo...

Era um dia lindo, crianças nascendo, noivas casando, batizados, muitos batizados e risos de alegria.

Mas como sempre existe um “Mas” em tudo, Nem tudo era perfeito.

- Não posso fazer mais nada, tudo está acabado.

O rapaz toma o maior número possível de comprimidos, engoli tudo e se deita em sua cama, com uma linda colcha cor de sangue vivo, minutos depois começa a se contorcer e a babar e, como quem tenta falar alguma coisa depois de cair com as costas ao chão, ele fica se esticando todo, olhando para o teto do quarto até seus olhos não apresentarem mais vida. Está morto. E por uns instantes tudo é escuridão absoluta e calmaria, mas na vida sempre vão existir os “Mas” e na morte também.

- Onde eu estou? - Pergunta o rapaz conseguindo sair de sua escuridão.

- Você não está nem no céu, nem no inferno – responde o ser meu homem meio animal alado.

- Quem é você? E o que eu estou fazendo aqui? – pergunta o rapaz meio perdido, olha para o horizonte infinito.

- Você não percebe o que aconteceu? – pergunta o ser.

- Eu estava no meu quarto e aí... Eu estou morto! É isso! Eu morri!? Achei que fosse falhar – diz o rapaz com um sorriso sombrio no rosto.

Ele não sabia, mas sua jornada só estava começando.

- E como foi meu enterro? Acho que não foi ninguém – falou.

- É você não tinha muitos amigos – disse o ser.

Continua...

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Reflexões de minhas fantasias

Reflexões de minhas fantasias
(Marcos Henrique)


Não consigo ter inspiração, minha musa dorme, ou morreu de tédio por ter ficado muito tempo perto de mim, dentro de mim. Não consigo enxergar mais nada que me atraia, talvez seja eu, talvez seja Vênus, talvez seja a vida.

Recortes de jornais, palavras repetidas, dor, raiva, ira. Faço uma auto-analise, não sei me analisar tão bem, confesso. Deixo, defeitos passaram e virtudes se esconderem. O real não me fascina mais, mas sinceramente a quem fascina?

Já falei de mais de minhas dores, angustias, dúvidas e dissabores. Analisado meu ciclo de vida, vejo que algumas células nunca desabrocharam, nunca desabrocharão porque meu tempo passou, meu futuro virou passado, antes mesmo de se tornar presente, antes mesmo de se tornar palpável. Agora, a única coisa que me deixa feliz são filas de lotéricas, poder ficar ali parado, vendo as coisas passarem, as coisas que ninguém nota, como, por exemplo, os apostadores que fazem caras e bocas ao marcarem seus cartões, marcam os números já sonhando com a vida que dificilmente terão. A vida que terão só faz sentido em suas mentes, porque ninguém suporta a realidade, ninguém suporta uma fila de lotéricas simplesmente para pagar contas reais. Ninguém suporta os juros, ou o ônus da vida.

Não consigo ter mais nenhuma inspiração, não consigo mais imaginar nada, o que será de minha insuportável vida agora? Sai da caverna e, não gostei do que vi. E essa ida, essa saída, é sem volta, pois provei o que todos evitam, provei o gosto amargo de não poder imaginar mais nada. Como era feliz quando apenas imaginava como seriam as sombras que passavam, passavam e nunca me notavam. Como era feliz, quando podia fantasiar minha salvação.

sábado, 26 de novembro de 2011

Céu de brigadeiro



Céu de brigadeiro
(Marcos Henrique)

Sons da perdição me guiem, me mostre à direção para o lado errado de minha vida. Sou um perdido com uma bússola que não sabe usar.

Meu pecado foi ter curiosidade, foi ter buscado respostas nas horas inconvenientes do dia, mas não me arrependo de ter te pedido abrigo, pois você foi o único que me estendeu as mãos, calorosamente sujas, verdadeiramente puras.

Quando todo o céu queimar e os anjos não tiverem para aonde ir, poderei ser o que sempre quis ser - um mensageiro de palavras falsas -, das graças que sempre me desgraçaram.

Não, não sei como ser o que você quer. Não consigo aceitar tuas verdades fracas e comprometidas com tua subserviência. Nunca poderei mudar o que me tornei. Nunca mais fecharei os olhos para mim.

Gostaria de compor, de ser um músico, ser um menestrel maldito que só revela coisas feias e fracas, mas não sei afinar meu instrumento, ou aquecer a voz. Fechei os olhos para o senhor razão, mas posso sentir o toque de seus dedos rosando em minhas mãos, em meu corpo.

Que todos os santos tenham piedade de minha índole;
Que todos os sábios possam me entender. Possam ouvir minha voz, meu clamor, ou melhor, não me ouçam, cansei de gritar ao vento.

Que todos os santos possam ouvir minha canção de ninar de morte, onde ponho o senhor morte para sonhar com crianças comendo algodão doce, brigadeiros quentes e, todas absolutamente todas, não sabem rezar nem um pai nosso, nem uma ave Maria.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Paradoxal



Paradoxal
(Marcos Henrique)


O que eu guardo em minha mente é o que restou de mim e um pedaço de papel em branco que olho, olho e olho e consigo ver tudo o que queria ver. Vejo a mim, vejo eles a me olhar, vejo o tempo passar por entre meus dentes e meu canal por fazer, mas o que mais vejo são os olhos adocicados dos que pedem esmolas e recebem miséria.

O guardador que me guarda a alma está de folga hoje, terei tempo para ser livre por uns instantes, pelo menos, até as correntes voltarem a me segurar e me impedir de poder voar.

Não sou bom com rimas, não sei rimar, não sei declamar poesias, não sei poetar, o que sei é que sonho em ser livre, ser um sonho bom e nunca mais dizer – está tudo bem –, sem saber o que significa essa palavra, sem saber pronunciá-la com todo o meu desdém.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O conto completo para vocês

Dívidas do passado


Pedro tenha 10 anos e um sonho, queria ganhar uma bicicleta, porém, seus pais não tinham condições de dar esse presente ao garoto. O pai de Pedro estava sem emprego, sua mãe trabalhava como costureira, seu salário estava todo comprometido com as responsabilidades da casa.

Pedro era um bom filho, obediente, respeitava os mais velhos, estudioso, sempre dizia a sua mãe que um dia iria se tornar astronauta, a mãe ria com o sonho do garoto, impossível em seu pensamento de se realizar, sua mãe coçava sua cabeça e dizia – se você se esforça e estudar muito, claro que vai conseguir meu filho – Pedro tinha esse sonho, mas o mais urgente era o sonho de ganhar uma bicicleta que vira em uma loja, ele iria completar 11 anos e ter uma bicicleta para poder ir ao colégio e passear com seus amigos seria o máximo para o garoto.

Pequenos bilhetinhos eram deixados em cantos estratégicos da casa, sua mãe fica sempre com os olhos marejados quando os lia, seu pai não dizia uma só palavra ficava apenas sentado numa poltrona que fora de seu pai, era uma poltrona muito velha, de cor verde, com a costura já gasta, no entanto, o pai de Pedro adorava ficar naquela poltrona velha sentado horas a fio, dizia que ali conseguia colocar as ideias no lugar, pois o cheiro da poltrona remetia a sua infância, época de fartura. Seu pai era um homem de posses que perdeu tudo devido a seu vício no jogo e foi dessa forma que o pai de Pedro veio para a cidade grande, fugido, junto com sua família devido as dividas do pai. Ou ganhavam a estrada e deixavam tudo para trás, ou seu pai morreria, devido às dividas contraídas pela a jogatina.

Pedro ainda sonhava com sua bicicleta, depois de conseguir a bicicleta, virar astronauta seria muito mais fácil, assim pensa o garoto com toda sua inocência, toda noite ele rezava e como seu aniversário era no mês de dezembro reforçava suas orações, pedido a Papai Noel que desse uma ajudinha.

Os dias se passaram e os pais de Pedro não conseguiam a tão falada bicicleta. Era noite faltavam apenas algumas horas para Pedro completar 11 anos, ele nascera às 03h47 da madrugada, o relógio marcava 24h50 da madrugada, Pedro dormia no silêncio da madrugada quando de repente uma luz se formou em seu quarto, sua cama tremeu e seu corpo estremeceu. Pedro acordou meio sonolento e ouviu uma voz doce a chamá-lo.

- Pedro, Pedro! Não tenha medo, não vou te machucar – dizia a voz.

- Quem está ai? Não é o Papai Noel, nem o menino Jesus? – disse o menino – quem é você?

- Sou a fada dos dentes e quero te presentear – dizia a voz doce sem revelar sua forma.

- Foi Papai Noel ou o menino Jesus que te mandou até aqui? – Perguntou Pedro em sua inocência de menino.

- Não, não foram eles, mas sei tudo o que se passa com você – continuou a voz – Sei o que você mais deseja nesse mundo e posso te dar...

- Pode...?! – falou o garoto excitado sentando-se na cama, pois a ânsia de ganhar sua bicicleta era maior que qualquer medo do escuro ou do sobrenatural, mas o que seria sobrenatural para um garoto que acreditava em Papai Noel?

- Você deseja uma bicicleta, não é verdade?

- É sim! É Sim! Você pode me dar? – fala Pedro quase em pé na cama.

- Calma Pedro, não queremos que seus pais acordem não é verdade? – fala a fada se revelando para o garoto.

- Você é linda dona fada dos dentes – fala o garoto embriagado com a beleza da fada.

- Obrigada Pedro, você também é um belo garoto e sei que é muito educado e estudioso – continua a fada – por isso vim até aqui para te conceder esse desejo, pois apenas faço isso para garotos bons iguais a você.

- Então quando poderei ganhar minha bicicleta? – pergunta o garoto já de pé na cama.

- Calma Pedro, as coisas não funcionam bem assim – responde a fada com um brilho em seus olhos – Sou uma fada dos dentes, então preciso de dentes para poder conceder desejos e o seu é muito difícil por isso precisarei de...

Pedro olha e escuta atendo, o mundo poderia estar acabando fora de seu quarto que o garoto não ouviria nada, apenas a voz da fada.

- ... Preciso de todos os seus dentes.

Pedro põe as mãos na boca e fica um pouco assustado – todos os meus dentes? – pergunta o garoto.

- Sim – continua a fada – Porém não fique preocupado, não os quero agora, só daqui a dez anos.

- Dez anos? – pergunta Pedro abrindo apenas uma brecha entre as mãos para poder falar e logo volta a cobrir sua boca.

- Em dez anos você poderá me dar seus dentes, e como já será um homem, “um astronauta”, poderá comprar novos dentes – a fada continua tentando persuadir o menino – seu pai não tem dentes que mandou fazer?

- Tem sim – responde Pedro.

- Então você pode fazer o mesmo e como já será um astronauta você terá muito dinheiro para poder comprar quantos dentes quiser – fala a fada dos dentes se aproximando revelando assim toda sua forma belíssima de se ver.

- Mas só daqui a dez anos né? – pergunta Pedro.

- Claro, dou minha palavra, mas tem uma coisa – a fada toca na mão do garoto de forma suave – você não poderá contar a ninguém.

- E se meus pais perguntarem o que vou dizer? – pergunta Pedro.

- Diga que foi o menino Jesus – responde a fada dos dentes.

Pedro olha para a fada sua cabeça diz que tem algo de errado, mas seu coração inocente de criança deseja tanto aquela bicicleta que se deixa seduzir e concorda com a fada selando seu compromisso com um beijo na testa da fada dos dentes.

- Agora durma – continua a fada – amanhã você terá sua bicicleta.

- Do jeito que eu quero? – pergunta Pedro se arrumando na cama.

- Será a bicicleta dos seus sonhos, mas daqui a dez anos não faça nenhuma viagem espacial antes de me dar seus dentes – fala a fada com um lindo sorriso.

- Não se preocupe nunca deixei de cumprir uma promessa – diz Pedro se cobrindo e fechado os olhos num sono mágico.

- Eu conto com isso Pedro, conto com isso – diz a fada dos dentes e desaparece como que por encanto.

O dia amanhece e logo que acorda o garoto corre para a sala e a bicicleta está lá como prometido.

- Mãe! Mãe! - grita o menino desesperado para que seus pais venham ver a maravilhosa surpresa.

Seus pais ainda meios tontos de sono e com trajes de dormir chegam na sala e se deparam com uma visão que para eles parecia uma miragem.

- Quem colocou isso ai garoto?! – pergunta o pai de Pedro.

- Foi o menino Jesus pai! Foi o menino Jesus! – grita Pedro já montando em sua bicicleta.

- Mais, mais... Isso é impossível! – fala o pai incrédulo.

A mãe de Pedro se ajoelha começa a chorar e a rezar – só pode ser um milagre! – fala a mãe do garoto com lágrimas nos olhos

- Tem algo de errado aqui – fala o pai de Pedro.

- Não tem nada de errado pai, foi o menino Jesus que ouviu minhas preces, as minhas e as da mamãe! – diz Pedro eufórico com o presente.

- Desça já daí garoto! Essa bicicleta deve ter um dono – continua o pai de Pedro puxando o garoto pelo braço o tirando de cima da bicicleta bruscamente – eu vou achar o dono dessa bicicleta. Você a roubo Pedro?

- Não pai eu juro que não!

- Você não ouviu o menino dizendo Carlos, foi Jesus que nos deu esse presente – fala a mãe de Pedro acreditando no milagre que o filho acabará de contar.

- Você só deve estar louca Sandrea, não está vendo que Deus ou Jesus, ou Buda ou o diabo iria se importar com um pedido desses – continua o pai de Pedro – o que pensa em mulher?! Porque Deus não curou seu pai quando morreu de leucêmica, ou fez crescer um novo braço no filho dos Almeidas?! O que nosso filho tem de tão especial que Jesus deu a ele uma bicicleta?!

- Eu vou ser astronauta pai! – fala Pedro chorando tentando tocar na bicicleta – Eu vou ser astronauta!

- Astronauta! – continua o pai de Pedro – olha aqui muleque chegou a hora de você crescer!

- Carlos não! – grita Sandrea.

- Olha bem nos meus olhos garoto, nada surge assim do nada, Jesus nunca te daria um presente desses e Papai Noel não existe, entendeu! Sempre fui eu quem te deu todos os presentes que você recebeu nos natais, eu Pedro! – esbraveja Carlos sacudindo o garoto pelo braço.

- Não! Não é verdade! – grita o menino em prantos – Não é verdade não é mãe?! Não é mamãe?!

Sandrea apenas olha o filho e chora sem saber o que dizer. Pedro se solta das garras do pai e vai chorando para o quarto onde fica trancado chorando aos prantos na cama, junto com suas lágrimas sua inocência é maculada.

- Precisava ter feito isso Carlos! – grita Sandrea.

Carlos apenas olha para a bicicleta, ele se desconecta por completo, não ouvi uma só palavra da esposa, na cabeça de Carlos só há lugar para uma coisa: Como aquela bicicleta foi aparecer ali.




Dez anos depois




O mês de dezembro chega mais uma vez, as lojas e o centro das cidades estão enfeitados com arranjos natalinos, em meio aos transeuntes, um jovem de semblante triste vai andando com os ombros baixos, mãos nos bolsos da calça já surrada e seu velho All Star azul, juta umas latas de coca-cola, é Pedro quem circula pela cidade fazendo hora para chegar a sua casa, hoje é dia de seu aniversário, está prestes há completar vinte anos.

Desde a discussão com seu pai há quase 10 anos atrás Pedro não é mais o mesmo, sua inocência se perdera naquele dia e seu pai hoje com 54 anos ainda se pergunta como aquela bicicleta foi parar em sua casa, Pedro nunca andou na bicicleta, então perdeu o interesse em tentar aprender a andar em qualquer bicicleta.

- É hora de ir pra casa enfrentar mais um dia com meu pai – pensa Pedro – eu poderia dormir na rua hoje, mas é muito arriscado e não quero ir para casa de nenhum amigo, não to com saco para ouvir aquela estúpida canção “Parabéns pra você”.

E assim Pedro segue para casa olhando as pessoas esbarrando umas nas outras com suas sacolas de presente, homens vestidos de papais Noeis, anões vestidos de duendes.

Pedro chega em casa, na há nenhum enfeite de natal, seu pai na mesma velha poltrona de sempre, hoje mais desgastada pelo tempo, só que agora Carlos está mais ranzinza do que nunca, sempre fica assim perto de Pedro fazer aniversariar, pois nunca saiu de sua cabeça a maldita chegada inesperada de sua bicicleta. Por um tempo Carlos achou que sua esposa o estava traindo e foi dessa forma que aquela bicicleta foi parar naquele dia na sala de sua casa, depois do acontecido à vida da família de Pedro não era mais a mesma, seu pai continuava desempregado e sua mãe teve progresso na vida profissional, conseguiu com muito esforço fazer um curso de técnica em enfermagem e hoje estava trabalhando em três empregos para manter a casa e custear os estudos do filho, o pai de Pedro no entanto só fazia bicos e passou a beber.

- Boa noite pai – diz Pedro e não ouvi nenhuma resposta de Carlos.

Carlos já estava bêbado como já era de costume, só que no dia do aniversário de Pedro ele sempre bebia um pouco a mais.

- E então muleque o que vai pedir dessa vez?! – continuou seu pai sarcasticamente – seria bom uma prostituta para tirar sua virgindade!

Pedro não da ouvidos e apenas o dar boa noite e segue para seu quarto, sua mãe estava de plantão, porém não esquecera do filho, deixou na gaveta de sua cômoda um presente, um canivete suíço, preto, e o melhor totalmente original.

Pedro quando abri a gaveta de sua cômoda deu um sorriso e pensou com sigo mesmo – ela nunca esquece, eu amo aquela mulher – desembrulhou com todo cuidado para danificar o mínimo possível o papel de presente, abriu a caixa toda feita com detalhes rupestres e quando viu o canivete adorou o presente. Só saiu do quarto uma única vez para fazer um lanche e tomar banho, mas antes se certificou que o pai já estava dormindo na velha poltrona.

Pedro se prepara e vai dormir com o canivete ao seu lado, como se fosse um urso de pelúcia dado por sua mãe a um garotinho. As 03:30 da madrugada uma luz a muito esquecida começa a se forma em seu quarto, mas com o mesmo azul embriagador de sempre.

- Pedro, Pedro – fala a voz chamando pelo rapaz que dorme profundamente - É hora de acertarmos contas Pedro, você tem uma divida comigo.

Pedro acorda meio tonto – Quem está ai? – pergunta abrindo os olhos.

- Já esqueceu de mim Pedro? – continua a voz – mas eu sempre pensei em você por todos esses anos e hoje é o grande dia.

Pedro desperta de vez e lembra do acordo que vez há dez anos atrás.

- É você fada dos dentes? – pergunta Pedro com a voz um pouco tremula.

- Quem bom que lembrou de mim, pois nunca esqueci de você – continua a fada dos dentes se revelando para Pedro com a mesma beleza de antes.

- Você continua linda e acho que hoje está ainda mais linda do que quando a conheci – continua Pedro – acho que meus olhos te veem mais linda hoje do que antes.

- Seus olhos são lindos, Pedro no entanto não são eles que quero – diz a fada se aproximando da cama.

Pedro se senta na cama e esconde o canivete que sua mãe deu de presente embaixo do travesseiro.

- Mas eu não virei astronauta ainda, você não poderia esperar um pouco mais? – pergunta Pedro tentando ganhar tempo.

A fada dos dentes ri – Vejo que cresceu, ficou lindo e engraçado, porém sinto muito fizemos um acordo além do mais se você se tornar astronauta quem me garante que, em uma de suas viagens especiais você não volte nunca mais e eu perca suas jóias – fala se aproximando da cama e tocando o pé de Pedro com uma mão tão fria quando a de um defunto, fazendo Pedro se arrepiar todo.

- Você não poderia me dar mais um tempo – continua Pedro tentando convencer a fada lhe dar mais tempo ou quem sabe desistir de seus dentes – eu não tenho dinheiro para comprar dentes novos e dessa forma como vou conseguir arrumar uma namorada?

- Sinto muito, mas temos um acordo e preciso dos seus dentes para continuar visitando mais pessoas – a fada se aproxima ainda mais e toca a coxa de Pedro.

Pedro a olha bem nos olhos como se estivesse hipnotizado, a fada se aproxima mais e de súbito Pedro reage, pega o canivete o arma e passa no rosto da fada num golpe certeiro. Com o golpe a fada se afasta e da um grito fino de dor que logo se transforma em gargalhada.

- Você acha que essa faquinha pode me ferir?! – diz a fada com um ar de deboche – Você é mesmo um imbecil! Me dê logo esses dentes moleque, pois estou morrendo de fome – fala a fada que se transforma num ser asqueroso, suas asas que antes se pereciam asas de borboleta se transformam em asas de morcego e seu rosto antes belo como um entardecer na praia fica desfigurado, seus dentes se transforma em prezas disformes, suas mãos ressecadas e enrugadas agarram as pernas de Pedro para tentar imobilizá-lo.

- Socorro! Pai! – grita Pedro desesperado.

Carlos acorda meio desorientado, escutando bem distante o chamado desesperado de seu filho.

- Pai! Pai! Socorro – Continua Pedro com a perna sangrando, as unhas da fada dos dentes o machucam com violência.

Carlos se levanta de uma vez só meio tonto – Muleque! – continua Carlos coçando a cabeça e assanhando seus cabelos.

Os gritos continuam e então Carlos desperta por completo – Pedro!? – diz Carlos e corre para o quarto do filho, o corredor parece mais longo do que antes, os gritos ficam mais altos e Carlos se desespera.

Aporta do quarto está fechada, Carlos arromba a porta com um chute, nem mesmo o velho Carlos imaginava ter tamanha força e para sua surpresa seu filho está todo ensanguentado morto deitado na cama.

- Pedro! Pedro! O que aconteceu meu Deus?! – grita Carlos abraçando o corpo do filho, ele não percebe, mas não está só no quarto.

- Valeu apena esperar todo esse tempo – diz a fada dos dentes se deliciando com sua refeição “os dentes de Pedro”, todos os dentes.

Carlos olha em direção ao guardaroupas do filho e para sua surpresa agachada bem distraída com sua refeição a fada nem nota Carlos a li olhar.

- Quem é você? O que é você!? – pergunta Carlos em choque.

A fada dos dentes se vira para Carlos e com um sorriso de satisfação, lambendo os dedos, se deliciando com a refeição que acabara de fazer.

Carlos olha ao redor do quarto e a única arma que consegue acha é o canivete suíço presente da mãe de Pedro.

- O que você fez sua maldita coisa?! – grita Carlos apontando o canivete para a fada que da uma gargalhada gelando a alma de Carlos.

- Agora ele é seu filho? – continha a fada – eu sou a prostituta que você queria dar de presente ao garoto, só que... – a fada olha para Carlos e volta a se transforma no ser asqueroso que aquele semblante belo esconde - ... Eu cobro antecipado e os dentes de Pedrinho eram tão lindos que não resisti, tive que come-los.

- Seu maldito demônio! Eu vou te matar – grita Carlos e parte para cima da fada, mas como a uma mosca Carlos é lançado ao chão.

- Humano idiota! - continua a fada – não sou um demônio, mas você é uma anta, anta não que é um animal inteligente apesar de sempre compararem um humano idiota feito você a um animal tão inteligente, é uma ofensa ao animal.

- Eu vou matar você, não importa o tempo, eu vou te destruir! – grita Carlos apontando o canivete para a fada que o olha tranquilamente.

- Você acabou de se incriminar estúpido – continua a fada – eu usei esse canivete para arrancar minha refeição da boca de seu filho, e como não tenho impressões digitais, que pena; você é quem vai pagar o pato pela morte do muleque.

- Eu vou acabar com você! – grita Carlos com ódio nos olhos.

A fada olha para Carlos com um olhar de superioridade – estou lhe esperando quando quiser seu trouxa, se pelo menos ele tivesse podido aprender a andar de bicicleta. Vamos ser sinceros era linda aquela bicicleta que eu dei a ele não era?

Como que por mágica a fada some após revelar o segredo de Pedro, Carlos fica atônito, ele não podia acreditar.

- Não, não, não; não!

Passos rápidos são ouvidos na casa – Pedro? Carlos? – uma voz um pouco aflita chama pelos homens da casa.

É a mãe de Pedro, ela conseguiu uma folguinha para comemorar o aniversário do filho e vinha com um lindo bolo para o ele, mas seu coração de mãe ficou apertado o dia inteiro como que prevendo algo de ruim que iria acontecer.

Sandrea entra no quarto já esperando o pior, ao ver o corpo do filho sem vida em cima da cama todo ensangüentado larga o bolo e começa a gritar. Carlos está no canto da cama, sentado com o canivete na mão e se balançando, ele não fala coisa com coisa, apenas se balança de um lado para o outro batendo com a cabeça na parede do quarto de tal forma que já começa a sangrar.

- O que você fez Carlos!? – grita Sandrea segurando Carlos pelos ombros e o sacudindo.

- Meu menino, meu... Ele só queria andar de bicicleta Sandrea – continua Carlos desnorteado – ele era um bom menino, ele era...

- Carlos! Carlos! Olhe para mim! – continua Sandrea pegando o rosto de Carlos e levantando-o para que possa olha para ela – O que você meu; Deus!?

Carlos respira fundo e olha para Sandrea com lágrimas nos olhos – Eu o amava Sandrea, eu o amava – Carlos larga o canivete o começa a chora.

Sandrea fica sem entender, tenta se recompor, olha para o filho ali, jogado sem vida na cama e sai do quarto, Carlos se estica para tentar alcançar as pernas de Sandrea, mas não consegue.

- Alô telefonista eu quero registrar um assassinato em minha casa – continua Sandrea com uma voz hora segura, hora vacilante e os olhos marejados.

- De quem senhora? Meu filho. Meu marido o matou.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Conto - Eles são reais



Eles são reais


Estava sem sono, já passava das duas da madrugada, a única coisa que ouvia nitidamente era o som do relógio da sala de minha casa, tic,TAC,tic,TAC. No mais, tudo era silêncio total, não um silêncio desconfortável e sim um silêncio tranqüilo, pura calmaria.

- Quase três horas da madrugada e eu aqui sem dormir – pensei enquanto cruzava os braços, estava um pouco frio.

Toda a cidade dormia pelo menos uma boa parte dela. Apenas, deveriam estar acordadas pessoas que tinha que vivar da noite para ganhar a vida, e não me reviro somente a prostitutas, muita gente vara a noite trabalhando para poder sobreviver nessa selva moderna.

- Mas o que é aquilo? – pensei, quando vi aquela luz no céu, não era um clarão normal e se movimentava com tanta destreza – só pode ser um balão meteorológico – pensei, coçando o queixo com a barba por fazer.

Muitas pessoas veem coisas estranhas no céu, mas nunca Henrique, ele era cético com o assunto que beiravam o desconhecido, era uma ateu convicto e um cético respeitado por seus amigos, pois sempre tinha respostas para mistérios que deixava seus amigos desconcertados, respostas dentro da razão.

- Só pode ser um balão ou um avião – pensou em vós alta, ele não poderia acreditar no que estava vendo, logo ele, que nunca acreditou nem em Deus, disco voador ou Papai Noel.

A luz foi ficando cada vez mais clara, cada vez mais perto de sua janela e uma forma arredondada se formou uma espécie de nave, sem janelas ou turbinas para lhe manter planando. Henrique gostaria de correr, porém alguma coisa o impedia de fazer isso – Salve sua vida seu idiota! – não parava de ecoar esse pensamente em sua cabeça, mas ele não podia fazer nada, nem mesmo piscar os olhos a única coisa que lhe passava pela cabeça era como se fazia mesmo a saudação vulcana de Spock do filme jornada nas estrelas, talvez isso pudesse salvar sua vida.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Última parte do conto - Contos e Retalhos




A fada dos dentes ri – Vejo que cresceu, ficou lindo e engraçado, porém sinto muito fizemos um acordo além do mais se você se tornar astronauta quem me garante que, em uma de suas viagens especiais você não volte nunca mais e eu perca suas jóias – fala se aproximando da cama e tocando o pé de Pedro com uma mão tão fria quando a de um defunto, fazendo Pedro se arrepiar todo.

- Você não poderia me dar mais um tempo – continua Pedro tentando convencer a fada lhe dar mais tempo ou quem sabe desistir de seus dentes – eu não tenho dinheiro para comprar dentes novos e dessa forma como vou conseguir arrumar uma namorada?

- Sinto muito, mas temos um acordo e preciso dos seus dentes para continuar visitando mais pessoas – a fada se aproxima ainda mais e toca a coxa de Pedro.

Pedro a olha bem nos olhos como se estivesse hipnotizado, a fada se aproxima mais e de súbito Pedro reage, pega o canivete o arma e passa no rosto da fada num golpe certeiro. Com o golpe a fada se afasta e da um grito fino de dor que logo se transforma em gargalhada.

- Você acha que essa faquinha pode me ferir?! – diz a fada com um ar de deboche – Você é mesmo um imbecil! Me dê logo esses dentes moleque, pois estou morrendo de fome – fala a fada que se transforma num ser asqueroso, suas asas que antes se pereciam asas de borboleta se transformam em asas de morcego e seu rosto antes belo como um entardecer na praia fica desfigurado, seus dentes se transforma em prezas disformes, suas mãos ressecadas e enrugadas agarram as pernas de Pedro para tentar imobilizá-lo.

- Socorro! Pai! – grita Pedro desesperado.

Carlos acorda meio desorientado, escutando bem distante o chamado desesperado de seu filho.

- Pai! Pai! Socorro – Continua Pedro com a perna sangrando, as unhas da fada dos dentes o machucam com violência.

Carlos se levanta de uma vez só meio tonto – Muleque! – continua Carlos coçando a cabeça e assanhando seus cabelos.

Os gritos continuam e então Carlos desperta por completo – Pedro!? – diz Carlos e corre para o quarto do filho, o corredor parece mais longo do que antes, os gritos ficam mais altos e Carlos se desespera.

Aporta do quarto está fechada, Carlos arromba a porta com um chute, nem mesmo o velho Carlos imaginava ter tamanha força e para sua surpresa seu filho está todo ensanguentado morto deitado na cama.

- Pedro! Pedro! O que aconteceu meu Deus?! – grita Carlos abraçando o corpo do filho, ele não percebe, mas não está só no quarto.

- Valeu apena esperar todo esse tempo – diz a fada dos dentes se deliciando com sua refeição “os dentes de Pedro”, todos os dentes.

Carlos olha em direção ao guardaroupas do filho e para sua surpresa agachada bem distraída com sua refeição a fada nem nota Carlos a li olhar.

- Quem é você? O que é você!? – pergunta Carlos em choque.

A fada dos dentes se vira para Carlos e com um sorriso de satisfação, lambendo os dedos, se deliciando com a refeição que acabara de fazer.

Carlos olha ao redor do quarto e a única arma que consegue acha é o canivete suíço presente da mãe de Pedro.

- O que você fez sua maldita coisa?! – grita Carlos apontando o canivete para a fada que da uma gargalhada gelando a alma de Carlos.

- Agora ele é seu filho? – continha a fada – eu sou a prostituta que você queria dar de presente ao garoto, só que... – a fada olha para Carlos e volta a se transforma no ser asqueroso que aquele semblante belo esconde - ... Eu cobro antecipado e os dentes de Pedrinho eram tão lindos que não resisti, tive que come-los.

- Seu maldito demônio! Eu vou te matar – grita Carlos e parte para cima da fada, mas como a uma mosca Carlos é lançado ao chão.

- Humano idiota! - continua a fada – não sou um demônio, mas você é uma anta, anta não que é um animal inteligente apesar de sempre compararem um humano idiota feito você a um animal tão inteligente, é uma ofensa ao animal.

- Eu vou matar você, não importa o tempo, eu vou te destruir! – grita Carlos apontando o canivete para a fada que o olha tranquilamente.

- Você acabou de se incriminar estúpido – continua a fada – eu usei esse canivete para arrancar minha refeição da boca de seu filho, e como não tenho impressões digitais, que pena; você é quem vai pagar o pato pela morte do muleque.

- Eu vou acabar com você! – grita Carlos com ódio nos olhos.

A fada olha para Carlos com um olhar de superioridade – estou lhe esperando quando quiser seu trouxa, se pelo menos ele tivesse podido aprender a andar de bicicleta. Vamos ser sinceros era linda aquela bicicleta que eu dei a ele não era?

Como que por mágica a fada some após revelar o segredo de Pedro, Carlos fica atônito, ele não podia acreditar.

- Não, não, não; não!

Passos rápidos são ouvidos na casa – Pedro? Carlos? – uma voz um pouco aflita chama pelos homens da casa.

É a mãe de Pedro, ela conseguiu uma folguinha para comemorar o aniversário do filho e vinha com um lindo bolo para o ele, mas seu coração de mãe ficou apertado o dia inteiro como que prevendo algo de ruim que iria acontecer.

Sandrea entra no quarto já esperando o pior, ao ver o corpo do filho sem vida em cima da cama todo ensangüentado larga o bolo e começa a gritar. Carlos está no canto da cama, sentado com o canivete na mão e se balançando, ele não fala coisa com coisa, apenas se balança de um lado para o outro batendo com a cabeça na parede do quarto de tal forma que já começa a sangrar.

- O que você fez Carlos!? – grita Sandrea segurando Carlos pelos ombros e o sacudindo.

- Meu menino, meu... Ele só queria andar de bicicleta Sandrea – continua Carlos desnorteado – ele era um bom menino, ele era...

- Carlos! Carlos! Olhe para mim! – continua Sandrea pegando o rosto de Carlos e levantando-o para que possa olha para ela – O que você meu; Deus!?

Carlos respira fundo e olha para Sandrea com lágrimas nos olhos – Eu o amava Sandrea, eu o amava – Carlos larga o canivete o começa a chora.

Sandrea fica sem entender, tenta se recompor, olha para o filho ali, jogado sem vida na cama e sai do quarto, Carlos se estica para tentar alcançar as pernas de Sandrea, mas não consegue. Ele liga para a polícia.

- Alô telefonista eu quero registrar um assassinato em minha casa – continua Sandrea com uma voz hora segura, hora vacilante e os olhos marejados.

- De quem senhora? Meu filho. Meu marido o matou.

Fim.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mais da continuação de meu conto - Contos e Retalhos



Dez anos depois


O mês de dezembro chega mais uma vez, as lojas e o centro das cidades estão enfeitados com arranjos natalinos, em meio aos transeuntes, um jovem de semblante triste vai andando com os ombros baixos, mãos nos bolsos da calça já surrada e seu velho All Star azul, juta umas latas de coca-cola, é Pedro quem circula pela cidade fazendo hora para chegar a sua casa, hoje é dia de seu aniversário, está prestes há completar vinte anos.

Desde a discussão com seu pai há quase 10 anos atrás Pedro não é mais o mesmo, sua inocência se perdera naquele dia e seu pai hoje com 54 anos ainda se pergunta como aquela bicicleta foi parar em sua casa, Pedro nunca andou na bicicleta, então perdeu o interesse em tentar aprender a andar em qualquer bicicleta.

- É hora de ir pra casa enfrentar mais um dia com meu pai – pensa Pedro – eu poderia dormir na rua hoje, mas é muito arriscado e não quero ir para casa de nenhum amigo, não to com saco para ouvir aquela estúpida canção “Parabéns pra você”.

E assim Pedro segue para casa olhando as pessoas esbarrando umas nas outras com suas sacolas de presente, homens vestidos de papais Noeis, anões vestidos de duendes.

Pedro chega em casa, na há nenhum enfeite de natal, seu pai na mesma velha poltrona de sempre, hoje mais desgastada pelo tempo, só que agora Carlos está mais ranzinza do que nunca, sempre fica assim perto de Pedro fazer aniversariar, pois nunca saiu de sua cabeça a maldita chegada inesperada de sua bicicleta. Por um tempo Carlos achou que sua esposa o estava traindo e foi dessa forma que aquela bicicleta foi parar naquele dia na sala de sua casa, depois do acontecido à vida da família de Pedro não era mais a mesma, seu pai continuava desempregado e sua mãe teve progresso na vida profissional, conseguiu com muito esforço fazer um curso de técnica em enfermagem e hoje estava trabalhando em três empregos para manter a casa e custear os estudos do filho, o pai de Pedro no entanto só fazia bicos e passou a beber.

- Boa noite pai – diz Pedro e não ouvi nenhuma resposta de Carlos.

Carlos já estava bêbado como já era de costume, só que no dia do aniversário de Pedro ele sempre bebia um pouco a mais.

- E então muleque o que vai pedir dessa vez?! – continuou seu pai sarcasticamente – seria bom uma prostituta para tirar sua virgindade!

Pedro não da ouvidos e apenas o dar boa noite e segue para seu quarto, sua mãe estava de plantão, porém não esquecera do filho, deixou na gaveta de sua cômoda um presente, um canivete suíço, preto, e o melhor totalmente original.

Pedro quando abri a gaveta de sua cômoda deu um sorriso e pensou com sigo mesmo – ela nunca esquece, eu amo aquela mulher – desembrulhou com todo cuidado para danificar o mínimo possível o papel de presente, abriu a caixa toda feita com detalhes rupestres e quando viu o canivete adorou o presente. Só saiu do quarto uma única vez para fazer um lanche e tomar banho, mas antes se certificou que o pai já estava dormindo na velha poltrona.

Pedro se prepara e vai dormir com o canivete ao seu lado, como se fosse um urso de pelúcia dado por sua mãe a um garotinho. As 03:30 da madrugada uma luz a muito esquecida começa a se forma em seu quarto, mas com o mesmo azul embriagador de sempre.

- Pedro, Pedro – fala a voz chamando pelo rapaz que dorme profundamente - É hora de acertarmos contas Pedro, você tem uma divida comigo.

Pedro acorda meio tonto – Quem está ai? – pergunta abrindo os olhos.

- Já esqueceu de mim Pedro? – continua a voz – mas eu sempre pensei em você por todos esses anos e hoje é o grande dia.

Pedro desperta de vez e lembra do acordo que vez há dez anos atrás.

- É você fada dos dentes? – pergunta Pedro com a voz um pouco tremula.

- Quem bom que lembrou de mim, pois nunca esqueci de você – continua a fada dos dentes se revelando para Pedro com a mesma beleza de antes.

- Você continua linda e acho que hoje está ainda mais linda do que quando a conheci – continua Pedro – acho que meus olhos te veem mais linda hoje do que antes.

- Seus olhos são lindos, Pedro no entanto não são eles que quero – diz a fada se aproximando da cama.

Pedro se senta na cama e esconde o canivete que sua mãe deu de presente embaixo do travesseiro.

- Mas eu não virei astronauta ainda, você não poderia esperar um pouco mais? – pergunta Pedro tentando ganhar tempo.

Continua...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Anjos

Anjos
(Marcos Henrique)


Qual o teu sexo;
Qual o teu clero;
Anjos são bons amigos, pois não te insultam, apenas observam tudo...
Qual o tamanho de tuas asas?
Qual o tamanho de teu amor?
Anjos ficam de vadiagem o dia todo, "que inveja";
Anjo não dizem adeus;
Anjos não me inspiram a fazer poesia.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Juntos, somos um todo, sozinhos sou nenhum!



Você que pensa igual a mim e acha que uma andorinha só não faz verão, visite o blog http://crowd.net.br/ é um blog de arte colaborativa, só nos unindo é que vão chegar a algum lugar.

Você escreve? Pinta? Desenha? Faz alguma coisa relacionada à arte? Então você vai gostar desse universo do Crowd - Artizing, Ativismo e Produção Coletiva. Junte-se a nós esse é o perfil no facebook: http://www.facebook.com/groups/crowdartizing/

Abraços virtuais a todos!
Marcos Hernique.

Continuação de meu conto - Contos e Retalhos


- Calma Pedro, não queremos que seus pais acordem não é verdade? – fala a fada se revelando para o garoto.

- Você é linda dona fada dos dentes – fala o garoto embriagado com a beleza da fada.

- Obrigada Pedro, você também é um belo garoto e sei que é muito educado e estudioso – continua a fada – por isso vim até aqui para te conceder esse desejo, pois apenas faço isso para garotos bons iguais a você.

- Então quando poderei ganhar minha bicicleta? – pergunta o garoto já de pé na cama.

- Calma Pedro, as coisas não funcionam bem assim – responde a fada com um brilho em seus olhos – Sou uma fada dos dentes, então preciso de dentes para poder conceder desejos e o seu é muito difícil por isso precisarei de...

Pedro olha e escuta atendo, o mundo poderia estar acabando fora de seu quarto que o garoto não ouviria nada, apenas a voz da fada.

- ... Preciso de todos os seus dentes.

Pedro põe as mãos na boca e fica um pouco assustado – todos os meus dentes? – pergunta o garoto.

- Sim – continua a fada – Porém não fique preocupado, não os quero agora, só daqui a dez anos.

- Dez anos? – pergunta Pedro abrindo apenas uma brecha entre as mãos para poder falar e logo volta a cobrir sua boca.

- Em dez anos você poderá me dar seus dentes, e como já será um homem, “um astronauta”, poderá comprar novos dentes – a fada continua tentando persuadir o menino – seu pai não tem dentes que mandou fazer?

- Tem sim – responde Pedro.

- Então você pode fazer o mesmo e como já será um astronauta você terá muito dinheiro para poder comprar quantos dentes quiser – fala a fada dos dentes se aproximando revelando assim toda sua forma belíssima de se ver.

- Mas só daqui a dez anos né? – pergunta Pedro.

- Claro, dou minha palavra, mas tem uma coisa – a fada toca na mão do garoto de forma suave – você não poderá contar a ninguém.

- E se meus pais perguntarem o que vou dizer? – pergunta Pedro.

- Diga que foi o menino Jesus – responde a fada dos dentes.

Pedro olha para a fada sua cabeça diz que tem algo de errado, mas seu coração inocente de criança deseja tanto aquela bicicleta que se deixa seduzir e concorda com a fada selando seu compromisso com um beijo na testa da fada dos dentes.

- Agora durma – continua a fada – amanhã você terá sua bicicleta.

- Do jeito que eu quero? – pergunta Pedro se arrumando na cama.

- Será a bicicleta dos seus sonhos, mas daqui a dez anos não faça nenhuma viagem espacial antes de me dar seus dentes – fala a fada com um lindo sorriso.

- Não se preocupe nunca deixei de cumprir uma promessa – diz Pedro se cobrindo e fechado os olhos num sono mágico.

- Eu conto com isso Pedro, conto com isso – diz a fada dos dentes e desaparece como que por encanto.

O dia amanhece e logo que acorda o garoto corre para a sala e a bicicleta está lá como prometido.

- Mãe! Mãe! - grita o menino desesperado para que seus pais venham ver a maravilhosa surpresa.

Seus pais ainda meios tontos de sono e com trajes de dormir chegam na sala e se deparam com uma visão que para eles parecia uma miragem.

- Quem colocou isso ai garoto?! – pergunta o pai de Pedro.

- Foi o menino Jesus pai! Foi o menino Jesus! – grita Pedro já montando em sua bicicleta.

- Mais, mais... Isso é impossível! – fala o pai incrédulo.

A mãe de Pedro se ajoelha começa a chorar e a rezar – só pode ser um milagre! – fala a mãe do garoto com lágrimas nos olhos

- Tem algo de errado aqui – fala o pai de Pedro.

- Não tem nada de errado pai, foi o menino Jesus que ouviu minhas preces, as minhas e as da mamãe! – diz Pedro eufórico com o presente.

- Desça já daí garoto! Essa bicicleta deve ter um dono – continua o pai de Pedro puxando o garoto pelo braço o tirando de cima da bicicleta bruscamente – eu vou achar o dono dessa bicicleta. Você a roubo Pedro?

- Não pai eu juro que não!

- Você não ouviu o menino dizendo Carlos, foi Jesus que nos deu esse presente – fala a mãe de Pedro acreditando no milagre que o filho acabará de contar.

- Você só deve estar louca Sandrea, não está vendo que Deus ou Jesus, ou Buda ou o diabo iria se importar com um pedido desses – continua o pai de Pedro – o que pensa em mulher?! Porque Deus não curou seu pai quando morreu de leucêmica, ou fez crescer um novo braço no filho dos Almeidas?! O que nosso filho tem de tão especial que Jesus deu a ele uma bicicleta?!

- Eu vou ser astronauta pai! – fala Pedro chorando tentando tocar na bicicleta – Eu vou ser astronauta!

- Astronauta! – continua o pai de Pedro – olha aqui muleque chegou a hora de você crescer!

- Carlos não! – grita Sandrea.

- Olha bem nos meus olhos garoto, nada surge assim do nada, Jesus nunca te daria um presente desses e Papai Noel não existe, entendeu! Sempre fui eu quem te deu todos os presentes que você recebeu nos natais, eu Pedro! – esbraveja Carlos sacudindo o garoto pelo braço.

- Não! Não é verdade! – grita o menino em prantos – Não é verdade não é mãe?! Não é mamãe?!

Sandrea apenas olha o filho e chora sem saber o que dizer. Pedro se solta das garras do pai e vai chorando para o quarto onde fica trancado chorando aos prantos na cama, junto com suas lágrimas sua inocência é maculada.

- Precisava ter feito isso Carlos! – grita Sandrea.

Carlos apenas olha para a bicicleta, ele se desconecta por completo, não ouvi uma só palavra da esposa, na cabeça de Carlos só há lugar para uma coisa: Como aquela bicicleta foi aparecer ali.

Continua...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Estou grato por tudo o que você não me fez.



Estou grato por tudo o que você não me fez
(Marcos Henrique)


Estou grato por tudo o que você não me fez;
Estou só, dentro de você.
todos respiram seus vícios, isso não é de tudo ruim.

Eu não acredito mais em você. Me faz voar num vou rasante por sobre minha alma, que talvez, talvez possa voltar a te sentir.

Todos os segredos secretos que você me contou me fizeram muito mal, mas te perdoo por tudo o que não sou.

A cadeira continua lá, sem você para sentar;
Meu espírito ficou bem aqui nessas marcas de sangue que seu fluxo sugou para o inferno.

Eu não acredito mais em você.

Jogo de xadrez, foi isso o que me tornei;
Ao sul, o belo está morto. Todos os dias eu rezo por você.

Meu parto já se aproxima, mas meu bebê morreu antes de sorrir, coloquem perto de meu rosto para que eu possa lhe sentir. Agulhas me furam sem parar, meus olhos olham o que ninguém conseguiu ver.

A cadeira continua lá, sem ninguém para sentar. Quanto a mim? Continuo, continuo, continuo com minhas vidas.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Estive dentro



Estive dentro

Estive dentro do chão, tenho pernas e não posso andar. Tenho bons sonhos, pois todos dizem adeus.

Fico sempre a espera, uma luz onde não há, mas, todos dizem adeus e não posso acenar.

Dentro do medo há mais medo;
Dentro do medo há mais medo;
Dentro do oco de meu pensar.

Não há mais lugar num corpo que não pode andar.

Me de uma morte lenta, um copo de eutanásia para gargarejar e, não finja que já fui bom, que todos possam sonhar e isso se aplica aqui nesse mesmo lugar inerte.

Dentro do medo há mais medo;
Estive dentro do impensado e tudo foi tão rápido que morri só, sem poder respirar.

Marcos Henrique

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sei que

Fumar pode F com sua vida

Sei que


Eu sei que você sabe que eu também sei, me desculpe, às drogas não me fizeram bem;

Os dias passam rápido, os tesouros terminam aqui, sem nunca terem sido enterrados;

Deus me ajuda para ser forte como nunca me senti, o passado me sacode, o horror me morde. Quero te ter em meus braços finos e fortes, quero poder te acolher, você me olha e me desmonta como tudo que sabe. Você me fez.

O horizonte é tão longo que não da para tocar e o céu fica no meio onde posso me olhar;

As paredes estão frias e a casa a se olhar com lembranças repentinas de uma vida que não há;

Eu sei que você sabe que eu também sei, eu sei que você sabe o que eu não sei;

Eu sei! Eu sei! Eu sei!!! Não, não sei.


Marcos Henrique.

sábado, 29 de outubro de 2011

Um dia ouvi Deus no rádio


Um dia ouvi Deus no rádio
(Marcos Henrique)

Um dia ouvi Deus no rádio e todos não escutaram;

Continuo andando em círculos sem poder para, sem poder parar...

Hei! Todos vocês, escutem Cristo, ele estava certo, o deserto não é lugar para se andar sozinho no escuro.

E todas essas coisas que só você mesmo para me dizer: Ser é melhor que ter.

Sou louco por dentro e o que sobra nada mais se aprova, minha mente não mais é minha. E todas essas cores. Onde ele está? Onde ele está?

Eterno tormento, pássaros que passam e se vão. Meu elo com o eterno ficou bem aqui onde não posso tocar. Todo louco tem razão e suas verdades são puras, não puritanas.

Quem definiu o que é loucura?
Quem definiu o que são as coisas?
Quem me projetou tão imperfeito?
Quem se mostra por inteiro, a não ser pela dor.


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Continuação de meu conto - Contos e Retalhos


Pedro ainda sonhava com sua bicicleta, depois de conseguir a bicicleta, virar astronauta seria muito mais fácil, assim pensa o garoto com toda sua inocência, toda noite ele rezava e como seu aniversário era no mês de dezembro reforçava suas orações, pedido a Papai Noel que desse uma ajudinha.

Os dias se passaram e os pais de Pedro não conseguiam a tão falada bicicleta. Era noite faltavam apenas algumas horas para Pedro completar 11 anos, ele nascera às 03h47 da madrugada, o relógio marcava 24h50 da madrugada, Pedro dormia no silêncio da madrugada quando de repente uma luz se formou em seu quarto, sua cama tremeu e seu corpo estremeceu. Pedro acordou meio sonolento e ouviu uma voz doce a chamá-lo.

- Pedro, Pedro! Não tenha medo, não vou te machucar – dizia a voz.

- Quem está ai? Não é o Papai Noel, nem o menino Jesus? – disse o menino – quem é você?

- Sou a fada dos dentes e quero te presentear – dizia a voz doce sem revelar sua forma.

- Foi Papai Noel ou o menino Jesus que te mandou até aqui? – Perguntou Pedro em sua inocência de menino.

- Não, não foram eles, mas sei tudo o que se passa com você – continuou a voz – Sei o que você mais deseja nesse mundo e posso te dar...

- Pode...?! – falou o garoto excitado sentando-se na cama, pois a ânsia de ganhar sua bicicleta era maior que qualquer medo do escuro ou do sobrenatural, mas o que seria sobrenatural para um garoto que acreditava em Papai Noel?

- Você deseja uma bicicleta, não é verdade?

- É sim! É Sim! Você pode me dar? – fala Pedro quase em pé na cama.

Continua...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A saga de Demétrius



Então disse Ponssius enfurecido olhando para o criado que caíra desfalecido

- Quem foi que tentou me envenenar?!

Se não fosse meu criado teria sucumbido até a morte, enterre-o com honras militares.

Ponssius era um rei bom para seu povo, famoso por sua coragem, temido por seus inimigos por sua crueldade e invejado por seu irmão Dionélio, que sonhava em deitar-se com sua esposa, filha e vê-lo morto.

- Os deuses me abençoaram mais uma vez – disse Ponssius erguendo seu cálice cheio de cidra.

Brindemos a vida e não choremos a morte de calíto, pois ele há de estar num paraíso, sem o fantasma da morte e o da velhice para lhe rodear; quanto ao meu algoz, falem a toda cidade que fuja antes que descubra quem o é, pois se puser as mãos sobre ele ira preferir estar morto...

continua...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um de meus contos (Contos e reatlhos)


Dívidas do passado

Pedro tenha 10 anos e um sonho, queria ganhar uma bicicleta, porém, seus pais não tinham condições de dar esse presente ao garoto. O pai de Pedro estava sem emprego, sua mãe trabalhava como costureira, seu salário estava todo comprometido com as responsabilidades da casa.

Pedro era um bom filho, obediente, respeitava os mais velhos, estudioso, sempre dizia a sua mãe que um dia iria se tornar astronauta, a mãe ria com o sonho do garoto, impossível em seu pensamento de se realizar, sua mãe coçava sua cabeça e dizia – se você se esforça e estudar muito, claro que vai conseguir meu filho – Pedro tinha esse sonho, mas o mais urgente era o sonho de ganhar uma bicicleta que vira em uma loja, ele iria completar 11 anos e ter uma bicicleta para poder ir ao colégio e passear com seus amigos seria o máximo para o garoto.

Pequenos bilhetinhos eram deixados em cantos estratégicos da casa, sua mãe fica sempre com os olhos marejados quando os lia, seu pai não dizia uma só palavra ficava apenas sentado numa poltrona que fora de seu pai, era uma poltrona muito velha, de cor verde, com a costura já gasta, no entanto, o pai de Pedro adorava ficar naquela poltrona velha sentado horas a fio, dizia que ali conseguia colocar as ideias no lugar, pois o cheiro da poltrona remetia a sua infância, época de fartura. Seu pai era um homem de posses que perdeu tudo devido a seu vício no jogo e foi dessa forma que o pai de Pedro veio para a cidade grande, fugido, junto com sua família devido as dividas do pai. Ou ganhavam a estrada e deixavam tudo para trás, ou seu pai morreria, devido às dividas contraídas pela a jogatina.

continua...

sábado, 22 de outubro de 2011

Bom dia a todos e a todas


Sou um escritor que tem como o lema: “Juntos somos um todo, sozinhos sou nenhum”. Sei que gramaticalmente esta frase não está 100% correta, mas se nós escritores, iniciantes, continuarmos dispersos, será muito mais difícil, praticamente impossível de sermos ouvidos, ou melhor, lidos.

Pensado nisto, comecei a desenvolver um trabalho de divulgação de todos os escritores que estou conhecendo pelo facebook ou em sites relacionados à literatura, blogs e afins. Tenho divulgado em meu blog estes escritores, mas uma andorinha só não faz verão. Além de divulgar os trabalhos dos amigos, também estou garimpando concursos literários para avisá-los, como muitos já devem ter visto o da Biblioteca Nacional que coloquei no blog. Tenho uma lista enorme de editoras brasileiras e de Portugal que ao longo dos anos pesquisei e mandei meus livros para analise. Esses endereços não são a garantia de que seremos publicados, mas pelo, menos, as editoras vão saber que existimos e quem sabe um de nós não consegue ser lançado por uma delas. Não digo que devemos esperar pelas editoras. Não, devemos continuar nos divulgando e ajudando uns aos outros amigos do mundo das letras a serem lidos e conhecidos. Quem quiser esta lista que eu tenho, pode me mandar um e-mail pedindo. Por favor, coloque no título: “Quero os endereços das editoras”. Para que eu saiba que não é vírus e assim possa mandar os endereços para vocês. São 11 páginas repletas de e-mails e endereços eletrônicos das editoras.

Faça a sua parte também, divulgue um escritor nacional.

Meu e-mail: marcosescritor@yahoo.com.br

Abraços virtuais a todos.