Faz-me um bem
Não se explicam poemas;
Se sentem poemas;
Se sente a poesia.
Se você tem que explica-los, o poema não fez sua função social, que é a de virar poesia, que é a de transmutar-se em sentimentos, em palpitações, em lágrimas cristalizadas nas íris, num respirar quebrado de tanta emoção contida dentro do peito, dentro da alma.
Não se explica uma poesia;
Não se explica os caminhos que levaram o poeta a escrever – externar – sua poesia, pois a poesia faz parte da alma do poeta, que ele deixa partir de si, para dentro de ti.
Não, não se pode explicar o que faz um homem escrever e sentir-se livre; escrever e sentir-se vivo, mesmo que o poema ou poesia seja triste – Há vida neles –.
Há coisas que não se explicam;
Há coisas que não se devem explicar. Sinta... Sinta... Sinta!
Poesia vem, vem e me salvar.
Marcos Martins.
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